Afrodite

The True

Às vezes, a sua existência é questionada, de todas as formas, e você precisa provar que está ali, que existe. Eu precisava provar para mim mesma a minha existência. Precisava repensar tudo o que tinha vivido até agora, pois foi uma farsa. As cortinas se abriram agora. É como se minha vida finalmente tivesse começado, e a verdade estava vindo a tona.

"Pra onde vamos agora?" Pergunto ao Percy, que está alguns passos á minha frente.

"Vamos ao acampamento falar com Quíron." Ele me responde. Quem é esse?

"Quem é Quíron?"

"Ele foi meu mentor. Você irá gostar dele."

"Espero que sim." Sorrio, enquanto passamos por algumas árvores enormes. Grover quebra alguns galhos atrás de nós.

"Teve sorte." Percy diz, logo a minha frente, mas sua atenção está em algo mais além.

"Como assim?"

"Afrodite sentiu que estava correndo perigo. Pediu para Quíron te salvar. Ela não costuma ser assim com os filhos."

"Na verdade, ela tem fama de ser uma péssima mãe." Grover diz. Dou alguns passos para trás, e fico ao seu lado.

"Como assim?"

"Afrodite não costuma dar muita atenção aos filhos. Ela prefere os amantes." Percy conclui.

"Então, como se sente sendo uma semideusa?" Annabeth surgi do nada e caminha na minha frente, rodando meu corpo.

"Eu me sinto..." Eu me sinto muito burra por não saber nada no que diz respeito ao passado deles, e de certa forma, do meu. Mas a culpa não era minha. Se eu soubesse sobre a mitologia grega, sabe-se lá o que seria de mim agora. "Dá pra parar de rodar a minha volta?"

"Isso te deixa tonta, filha de Afrodite?" Ela roda mais rápido. Isso me pertuba tanto! Aperto meus olhos com força, força o suficiente para não saber nem da claridade. Me encolho devagar, como um instinto de defesa.

"Annabeth, pare." Escuto a voz distante do Percy.

Faça ela parar.

"Já chega, Annabeth!" As folhas ao meu redor se movem, enquanto o que eu suponho ser uma mão, cai ao meu lado.

Abro os olhos devagar, tentando me adaptar com a claridade. Annabeth está jogada no chão a minha frente, e Percy está ajoelhado ao lado dela, balançando-a pelos ombros.

"O que houve?"

"Invocou sua mãe?" Percy levanta o olhar para mim.

"Eu..."

"INVOCOU SUA MÃE, ARABELLA?" O que eu fiz?

"Eu... Não sei." Ele se levanta, e toma Annabeth em seus braços. Tento segurar a mão dela, mas ele me empurra um pouco para trás, me fazendo soltar a mão dela.

"Arabella, venha para cá." Jenna diz, um tanto longe de mim. Me viro e a encaro intrigada. "Só venha."

"O que aconteceu?" Pergunto quando já estou ao seu lado, longe de Grover e de Percy.

"O que pensou, exatamente?"

"Eu... Só pedi para fazê-la parar."

"Grover, venha aqui." Grover vem até nós duas.

"Um semideus pode invocar a mãe ou o pai, quando não está em uma missão?"

"Pode sim, mas isso não significa que será correspondido, ou então na velocidade que Arabella foi."

"Eu... Não estou entendendo."

"Vamos perguntar a Quíron, talvez ele saiba de alguma coisa."

"Alguma coisa sobre o que?"

"Você tem um propósito para estar aqui, Arabella. E todas as coisas apontam para isso."

Chegamos ao acampamento. Percy havia descrito ele em um momento curto enquanto estávamos no carro, da maneira que ele era exatamente como eu esperava. Percy sumiu de vista quando eu, Jenna e Grover paramos e nos sentamos em um banquinho. Todas as luzes estavam apagadas, já era tarde, e por isso não vi ninguém andando, ninguém mesmo. Só haviam as luzes de lamparinas espalhadas pelo campo. A direita vi várias arvores, e uma movimentação estranha. Quis perguntar a Grover sobre isso, mas me mantive calada.

"Pensando na vida?" A sombra da Jenna entrou no meu campo de visão.

"E no que mais vou pensar?"

"Ah, Arabella! Eu acho que a partir de agora vai ser bem melhor." Jenna sorriu. Mesmo no escuro, consegui ver os lábios da minha amiga se curvar em um sorriso.

"Eu não sei nada sobre a minha vida, Jenna!"

"Você aprende. Vou pedir para o Percy te ajudar com a mitologia grega." Assenti, olhando para além. A movimentação estava cada vez maior na floresta.

"Grover, o que é aquilo?" Apontei para longe, onde se encontravam as arvores.

"Eu não sei. Talvez as ninfas estejam dando uma festa. Mas fica caladinha, ou o Sr. D pode castigá-las."

"E quem diabos é Sr. D?"

"Ele é como o Reitor do acampamento."

"Acampamento?"

"Acampamento meio-sangue, onde nós estamos." Jenna esclareceu. Vi a silhueta de Percy caminhar até nós.

"Annabeth dormiu. Quíron deu a ela néctar. Ele já vem falar com você, Arabella." Percy disse indiferente, sentando-se ao meu lado com certa distância.

"Sinto muito pelo que aconteceu hoje mais..."

"Tudo bem, Arabella. Não foi culpa sua." Ele me interrompeu, sorrindo.

"Mentira. Eu sei que foi, Percy. Por isso estou me desculpando."

"Foi culpa da Annabeth, também." Sorri com sua resposta. Ele parecia hipnotizado e eu não sabia como me sentir em relação a isso.

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Estou tão feliz por terem me perdoado. Mas enfim, só tenho a dizer que: cap curto pois preciso estudar para as provas. Não pensem que parei de escrever ou algo do tipo, foi só um bloqueio criativo que permaneceu até ontem.Sei que está uma bosta, mas eu desejo imenso que leem ate o fim e o cap três já está quase pronto, só nn sei quando postar. Amo-vos.