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2 meses depois.
Joyce levantou.Estava ansiosa para comer as panquecas da sua mãe,mas ela sentiu a cabeça rodar,e não sabia o motivo.Ela saltou da sua cama e correu até o banheiro de seu quarto.Se sentia péssima.De repende,vômito em toda a pia."Oh não",ela pensou.Isso já ocorria a semanas e suas regras menstruais não vinham a tempos.O desespero tomou conta da garota.Não podia ser!Isso não poderia estar acontecendo com ela.Não era possível.
Joyce levantou-se.Não podia chorar o dia todo no chão do banheiro.Mas sua cabeça ainda doía.Doía de medo e desespero.Não podia ser,não o que ela estava pensando.Ela viu seu corpo no espelho sujo procurando alguma mudança.O medo tomou conta dela.
Ela encara seus olhos vermelhos de choro no espelho e lembra das coisas estranhas que tinham acontecido com seu corpo nas últimas semanas.Lembrou-se da noite que tinha tido com Lonnie.Tudo parecia se conectar.
Ela enxugou as lágrimas e forçou um sorriso.Foi até a cozinha e usou suas poucas habilidades teatrais para fingir alegria,ou ao menos,calmaria.Felizmente,seus pais não eram tão bons em ler emoções.
Ela correu para fora,fingindo que iria para a escola,mas pedalou até a clínica mais próxima.Foi tudo tão rápido,sua mente ainda não tinha processado tudo.Será que aquilo era real?Joyce mal sabia onde sua mente estava.
A médica a encarou com nojo.
"tão jovem,essa geração está perdida."
Joyce não podia ouvir muito bem,mas tinha certeza que havia ouvido alguém dizer aquilo.Ela fez vários exames rápidos,se abaixou e chorou.A angústia tomou conta da garota.O que mais lhe preocupava eram seus pais.Como ela iria contar para eles?
Uma voz doce e feminina interrompeu seus pensamentos.
—Oi minha jovem,aqui está seu resultado.Você está grávida.Ela se debrulhou em lágrimas.A ficha não tinha caído.Ela sentiu a angústia rodando dentro de sua cabeça.A garota sentou no chão desesperada.Sua cabeça girava e seu corpo parecia querer desmaiar.Ela entiu braços inesperados envolta dela.A moça da clínica a abraçou.
—Hey,tá tudo bem! —a moça da voz doce a confortou —Vai dar tudo certo,vai ter um neném!Não é um bicho de sete cabeças,tá?...sabe quem é o pai?
Joyce assentiu com a cabeça.
—Então,tá tudo bem!Tudo vai ficar bem.—a funcionária disse.—Vou marcar uns exames pra você.
A funcionária da clínica a confortou.Joyce sorriu.Pensando assim,um neném não seria tão ruim assim.Suas lágrimas de tristeza viraram de alegria.Na verdade,ela sempre quis ter uma criança.Só não imaginava o quão cedo seria.Joyce era nova e ainda estava terminando a escola.Temia a reação de seus pais e de Lonnie.
Ela guardou seus documentos e pedalou rapidamente até em casa.O trajeto até em casa foi pertubador.Pôs a cabeça erguida,como sempre fazia quando precisava de coragem.Ela decidiu consigo mesma que não iria esconder a gravidez.Uma hora não daria mais e sua barriga e enjoos a entregariam.
Enquanto andava lentamente para a porta da frente,vários pensamentos negativos rodavam em sua mente.Ela pensava sobre com que palavras deveria dar a notícia,pensava sobre como eles reagiram e que palavras deveria usar.Queria contar da maneira mais direta e suave possível,mas Joyce era péssima em palavras.
—Mãe.Pai.Precisamos conversar urgente.
( a garota forçou um sorriso.)
Ela decidiu que seria direta.Assim,aquele peso sairia mais rápido.—Estou grávida.Vocês vão ter um neto ou neta.
o sr.Horowitz não teve reação. Sra.Horowitz chorava e gritava com a garota,clamando pra que ela dissesse que era mentira.Seu pai começou a gritar em seguida,amaldiçoou a menina com palavras brutas que fizeram Joyce chorar.A sua mãe chorou ainda mais ao descobrir o nome do pai.Joyce teve que implorar para que seu pai não fizesse nem um mal a Lonnie.Seus pais tiveram as piores reações possíveis,e Joyce desejou nunca ter se deitado com Lonnie.Pela primeira vez depois de algum tempo,Joyce percebeu que deveria ter escutado seus pais.
—CHEGA,CHEGA!—Joyce gritou com a voz trêmula —Eu vou me casar com Lonnie!Será suficiente?
ela se ajoelhou e se debrulhou em lágrimas.Não era fácil para uma jovem lidar com aquela situação toda.Era assustador e perturbador.E seus pais fizeram a situação parecer ainda pior.
Sua mãe a abraçou,enquanto lhe sussurava coisas como "por que fez isso?".Seu pai parecia mal.Ele gritava "Eu avisei!Maldição,maldição!Aborte isso!"
Ela chorou.Deveria ter ouvido seus pais.O que mais chocava seus genitores é que o pai da criança era o quem eles mais detestavam.Lonnie Byers era a última pessoa em que seus pais queriam ter como genro.
Ela correu até a casa de Lonnie.O vento levava suas lágrimas salgadas enquanto ela pedalava.Bateu naquela porta como se não houvesse amanhã.
—Precisamos conversar.
Joyce contou e Lonnie ouviu tudo.Ele se desesperou.Tentou negar que a criança era dele.
—Lonnie!Você foi o único cara que esteve comigo!Em toda minha vida!Por favor,Lonnie...Você vai mesmo me usar?—A garota choramingou.
Lonnie suspirou fundo.Joyce ajoelhou-se e implorou em lágrimas para que eles se casassem,ou teria que conviver com o desgosto dos seus pais pelo resto da vida.
—Você me ama,não é?Então case comigo!Assuma de vez esse filho!Lonnie a abraçou.Ela chorou no peito dele.Não tinha escapatória,não havia escolha.Se não se casassem por opção,seus pais obrigariam o jovem.Ao menos,Lonnie finalmente teria Joyce só para ele,como sempre quis.Iria possuir aquela moça como sua propriedade.Esse era seu desejo.
O dia nublado em que Lonnie Byers soube que seria pai.Que Joyce Horowitz teve que virar Joyce Byers e aceitar seu destino aos braços de Lonnie.Onde o arrependimento consumiu o coração frágil da garota.
Joyce se sentiu perdida.Ela não tinha os seus próprios pais agora.Ela se viu sozinha no mundo,visto que Lonnie não ligava muito para sentimentos.Quem a confortaria nesse momento terrível?Seus pais tinham a rejeitado,então quem lhe daria o ombro para chorar e ouviria seus desabafos?
Jim.Como contaria isso para Jim?Ainda mais depois daquele baile de inverno?
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a teenager in love - Jopper
Fanfictionsome people fall in love off the wrong people sometimes... some mistakes can make,thats all right,that's ok,you can think you're in love,when you really just in pain. -the moral of story