Joyce se viu no espelho.Seu corpo estava diferente e sua barriga tinha diminuído.Agora tinha um menino em seus braços.
Um menino lindo.Jonathan era o pedacinho de si mesma que ela tinha.
Ela não sabia como,mas ela o amava mais que ela mesma mesmo o conhecendo só a algumas horas.Para a sorte de Joyce,o menino era calmo e mal chorava.
Ela se sentiu tão bem e realizada em ter aquela criança nos braços.Sem duvidas não estava em seus planos ter um filho aos 19 anos,mas Jonathan veio de surpresa e iluminou a escuridão da vida de Joyce.Ela prometeu protegê-lo pra sempre.
Porém,desde que o menino tinha nascido,Lonnie havia começado a lhe tratar diferente.O amor quase exagerado que Lonnie lhe dava esfriava a cada dia.Ele chegava mais tarde do trabalho e brigava por coisas super fúteis.Ele dizia que deveria trocar a cor amarela do quarto de Jonathan,no qual Joyce tinha passado semanas pintando,pois Jonathan viraria "bichinha" com aquela cor "de garotinha".
Coisas fúteis como as coisas fora do lugar ou as cores dos brinquedos de Jonathan incomodavam Lonnie de uma forma absurda,e ele descontava tudo aquilo em Joyce.Ela chorava quase toda noite de arrependimento por um dia ter se apaixonado por Lonnie.As semanas se passaram,e ainda sim,tinha esperanças de ter uma família feliz com ele.
—Joyce,está em casa? —Hopper bateu na porta rústica dela.
Joyce atende.Hopper observa a mulher quase irreconhecível na sua frente.Cabelos armados e desordenados,suada e claramente cansada.Olheiras profundas e marcas no rosto.Seu busto enxarcado de leite materno.
Hopper fez uma feição preocupada.
—Oh,Joyce,onde está Lonnie?—Trabalhando.—ela hesita—Só...trabalhando.
—Hoje não tem bar aberto,Joyce!—Hopper diz com desgosto—Onde está Lonnie?Pra te ajudar?Ele é seu marido!
—Oh,Hop...eu não sei.Deve estar ocupado.
—Joyce...—Hopper envolve o rosto da mulher —Lonnie não tem sido muito presente,né?Você tá acabada!
—É normal,Hop...eu tenho um bebê!
—Claro que não é normal,Joyce,que merda!Porr@!Não consegue entender que Lonnie não tá nem aí pra você? —Jim gritou,seguido de diversos xingamentos.
Joyce chorou,apenas chorou.Estava cansada e não queria admitir que estava errada.Tudo era confuso demais para uma garota de 19 anos.
Hopper sentiu pena da menina.Devia ser difícil passar por tanta coisa e tomar decisões.Ele lhe deu um abraço de surpresa.Um abraço longo.
—desculpa.Eu só...Tô estressado porque me importo com você,Joyce.—Tudo bem,Hop.Eu que devia te pedir desculpa.
—Não Joyce.Eu que me meti no seu relacionamento.Desculpa.Você quer...algum cigarro?
—Não dá.Tenho que me manter saudável pra dar leite ao Jonathan —ela sorriu sem graça —Quem sabe,daqui a uns meses...
—Então,por que não toma um banho,e...sei lá,descansa?Eu fico com o Jonathan.
—Não precisa Hop-
—Vai.Relaxa.Tenho certeza que ele vai amar o titio Jim,não é,garotão? —Hopper fez careta para o bebê,recebendo risadas de Joyce.
Ele a fazia feliz até mesmo em seus piores momentos.Hopper era seu conforto desde sempre.
Joyce pôde finalmente respirar.Enquanto ela tomava um bom e longo banho,Jim admirava o pequeno bebê.Jonathan,como Jim tinha sugerido.
Ele sabia que ali havia um pedacinho de Joyce.
E doía nele saber que nunca teria um pedacinho de Jim e Joyce.
Que aquela criança pertencia a Lonnie Byers,apesar dele não dar a mínima.
era uma criança adorável como a mãe.Hopper se preocupava se aquele garoto ia crescer com o mínimo de saúde mental,ou destruído igual a Joyce.
Joyce chegou na sala.Ela tinha seu brilho de volta.Parecia viva de novo como antes de tudo isso acontecer.
—Hop,obrigada! —Joyce agradeceu—Eu não sei o que faria sem você hoje!
Ela pôs o bebê na cama.Jim envolveu os braços nela,com receio,afinal agora ela era casada.Joyce correspondeu ao abraço,como sempre fazia.
—Qual foi a de Lonnie agora?
—Ele briga comigo pelas cores das coisas do Jonathan.Sabe,ele diz que é coisa de...bicha.A cor das roupas,brinquedos,quarto...(ela revirou os olhos)—diz que estou criando um "viado" e coisa assim.É só um bebê com brinquedos coloridos,Hop...
—Hey,Joyce.Não liga pra essas babaquices.Ele quer briga,tá?
Joyce assentiu com a cabeça.Ela repousou no peito dele,fechando os olhos.Esquecendo tudo que tinha passado.
—Joyce...tá acordada?ela assentiu.
—Que tal você pedir divórcio do Lonnie?Você sabe que ele não te faz bem.Você sabe.—Hop,tá doido?eu não teria onde morar!
—Joyce,você pode ficar comigo!Você e seu filho.Sai dessa desgraça!Lonnie não merece você e Jonathan!Sabe,eu vou estudar em Nova York,posso levar você e...
Joyce fez uma expressão de indignação e surpresa.
—N-nova York?Você não falou nada sobre isso!—Vou estudar pra ser policial,Joyce.Venha comigo!Vou daqui a 2 meses e...
—Hop!Eu não vou!Não saio sem ele.Lonnie me ama! —Joyce grita
—Porra,claro que ele não te ama,Joyce!Olha pra você! —Ele explode
—É só um tempo ruim,Jim!Ele vai voltar a me amar!Ele me ama,e...
—Joyce!CHEGA!Larga esse cara! —Hopper grita em lágrimas —Eu digo isso porque me preocupo com você,Joyce!Porque eu...
O silêncio paira no ar.Joyce o encara assustada.Jim suspira.
—Porque eu te amo,entende?Eu te amo pra cacete,eu gosto de você e quero seu bem,Joyce!Mas você não tá nem ai!Você nunca ligou!
Hopper saiu com o rosto vermelho e en lágrimas.
Ele bate a porta forte,toda aquela discussão passa como um filme na cabeça de Joyce,de modo que o coração dela acelera e Jonathan chora de medo.De modo que lágrimas salgadas escorrem dos seus olhos e molham seu rosto.
Mas dessa vez,não há ninguém para enxuga-las.
Jim Hopper não está mais ao seu lado para dividir cigarros,fazer piadas idiotas e conforta-la.Ninguém está vendo,então ela grita escandalosamente.
Ela desaba.Ela chora no chão da sala.Ela grita e deixa tudo sair porque ela está cansada de esconder.
Porque o amor é difícil.Porque a vida real é assustadora demais para dois jovens de 19 anos.Porque a realidade é dura demais pra ser engolida.
A vida real machuca e quebra.
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mds,que dor.
prox cap é o último 💔
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a teenager in love - Jopper
Fanfictionsome people fall in love off the wrong people sometimes... some mistakes can make,thats all right,that's ok,you can think you're in love,when you really just in pain. -the moral of story