Capítulo: 1

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Alan Narrando 

Quando eu tinha 15 anos de idade minha mãe recebeu uma proposta de emprego aqui na cidade de são Paulo, tivemos que nos mudar do Brasil pois precisavamos. Hoje estou aqui no meu quarto, completo 16 anos e estou totalmente isolado do mundo. Geralmente minha mãe passava a tarde e a manhã inteira trabalhando naquela escola, eu simplesmente detestava esse emprego dela. Minha mãe não gosta muito da ideia de que eu possa ficar sozinho em casa, eu nasci com deficiência em uma das pernas e por isso ela tem medo de que eu caia e não tenha ninguém para me levantar.

AO ANOITECER

quando escureceu, peguei minhas muletas no lugar onde havia deixado, desci as escadas lentamente e segui para a cozinha. Chegando lá coloquei uma água, estava realmente querendo comer um miojo, quando terminei de preparar, escutei a voz da minha mãe na sala, corri até ela é a Abracei

- como está o meu menino lindo ?- perguntou passando a mão sobre meus cabelos

Notei que ela estava com alguma coisa nas mãos, o objeto estava coberto por um pano branco

- estou bem, acabei de comer - sorri para ela

Ela se abaixa para Ficar da minha altura

- meu príncipe, hoje e seu aniversário então. Eu estava saindo do serviço e passei na loja de animais, e comprei uma coisa que você pode amar - falou me entregando o objeto com o pano branco

Peguei o objeto da mão da minha mãe, e alegremente coloquei em cima do sofá, retirei o pano e acabei ficando chateado

- o que foi querido, não gostou do presente ?

Tentei disfarçar ao máximo a minha insatisfação

- não, eu adorei. Só não era o que eu esperava - sorri para ela

- oh meu amor, você sabe que o salário da mamãe e pouco para poder fazer uma festinha para você, mas ano que vem eu prometo que vou planejar isso um pouco antes - falou ela me abraçando

O objeto oculto que minha mãe segurava na mão, se tratava de uma arará azul. Abracei fortemente minha mãe e subi para meu quarto junto com minha que levava a arará na mão. Ela colocou a gaiola que não era tão grande, emcima da minha escrivaninha,e logo saiu, ela da meia volta e reaparece na porta

- bebê da mãe. Amanhã alguns homens virão montar o suporte da gaiola, eu não consegui trazer por que era grande e muito pesado. Beijo dorme com os anjos - falou ela fechando a porta do meu quarto

Nesse momento a arará começa a fazer barulho, acabei me estressando e explodi

- fica quieta, arará idiota - gritei vendo a arará se calar

Caminhei até minha janela, e fiquei olhando as estrelas como toda noite fazia

- o que tem de errado comigo ?, Por que eu não posso estudar ?, Por que eu não posso ter amigos ?, O mundo é tão cruel comigo - falei sentindo uma lágrima cair

Deitei em minha cama, e fechei os olhos adormecendo logo em seguida, no meio da madrugada sou acordado pela arará idiota fazendo barulho. Me levantei da cama pulando numa perna só, joguei o pano branco sobre o pássaro e me deitei novamente.

NO DIA SEGUINTE

Acordei com a arará fazendo barulho novamente, levantei estressado, segui para o banheiro pulando igual saci, fiz minha higiene matinal, e desci para a sala, me sentei no sofá e fiquei assistindo aos desenhos que tanto amo. Um pouco mais tarde quase perto da hora do almoço a campainha toca, segui até a porta e havia um homem parado nela. Ele se agaicha para ficar da minha altura

- boa tarde garotinho, eu vim instalar o suporte da gaiola - falou mostrando alguns ferros

Olhei aquele homem de cima a baixo, e fiz a minha melhor cara de antipático

- me siga por favor - comecei a caminhar sendo seguido pelo homem

Entrei em meu quarto e logo o homem entra atrás de mim

- pode ficar à vontade, leve quanto tempo precisar - falei saindo do quarto

Voltei para a sala é continuei assistindo os meus desenhos, depois de tanta demora o homem desce as escadas

- esta tudo pronto garotinho, agradeça a sua mãe - falou ele abrindo a porta para sair

Subi para meu quarto e tinha um lindo e belo suporte para a gaiola. Estava com uma ideia na cabeça, mas estava com medo de executa-la. Decidi que iria fazer o que pensava, fechei a janela e a porta do banheiro e do quarto, abri a gaiola e a arará começou a rodear o quarto, acho que estava conhecendo o ambiente. Depois de tanto rodar, ela pousa em meu ombro

- você até que é bonitinha - falei acariciando as penas do animal

Pensei por um momento, e concluí o que pensava

- bom, o seu nome vai ser André, espero que goste - a arará começa a barulhar no meu ouvido - ok,ok eu sei que talvez você não tenha gostado, mas eu gosto desse nome é eu sou o seu dono, então eu decido qual vai ser - eu literalmente dei uma patada na arará, acho que estou ficando louco.


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