Alan Narrando
Continuei assistindo aos meus desenhos junto com André, quando escureceu escutei o barulho da porta, rapidamente André se transforma em arará e pula em meu ombro
- boa noite meu príncipe, como que foi o primeiro dia de aula ?- perguntou ela sorrindo
- foi muito legal, eu já até fiz uma amiga
- OK, espero que você tome muito cuidado - falou ela seguindo em direção a cozinha, segui atrás dela
- mãe, o pai ligou hoje
- e o que ele disse ?- perguntou ela se virando bruscamente
- ele perguntou se eu não queria ir na casa dele amanhã. E eu confesso que estou meio confuso
- Alan meu querido, siga o seu coração, se ele está pedindo para você ir, apenas vá
Abracei minha mãe, e ela retribuiu, depois de jantar subi para meu quarto com junto com André, e cai na minha cama
- você vai para a casa do seu pai amanhã ?- perguntei André em sua foram humana
- acho que vou, todos merecem uma segunda chance
- então eu vou com você
- como você quiser - falei dando de ombros
- mas eu vou como humano - falou ele me surpreendendo
- e como você vai sair daqui sem a minha mãe te ver ?, esqueceu que amanhã é sábado, ela vai estar de folga
- não tem problema eu vou dar o meu jeito - falou ele se transformando em arará novamente
- boa noite André - falei vendo a arará piar
Arrumei a minha cama, e me deitei fechei os olhos e logo entrei em sono profundo
NO DIA SEGUINTE
abri os olhos, mais uma vez fui acordado por André barulhando no meu pé do ouvido
- aí André, toda manhã você me acorda desse jeito. Você não tem o modo mudo não ?- perguntei colocando o travesseiro no rosto
- vamos Alan, se levante e deixe de preguiça. O seu pai está te esperando - falou ele puxando a minha coberta
- aí você é muito chato passarinho - falei impaciente
Levantei da cama, com a minha cara amassada e raivosa, segui para o banheiro escovei os dentes, logo em seguida me arrumei, quando terminei André estava me encarando de boca aberta. Essa arará era o único tarado que já me viu pelado
- André, André - falei estalando os dedos para que ele despertasse do transe
Eu tinha que concordar, eu não era de se jogar fora, eu tenho olhos cor de mel, cabelos loiros e uma bunda levemente empinada
- oi, ainda estou aqui - falou ele piscando rapidamente os olhos
- como você vai fazer para minha mãe não te ver ?
- vou sair pela janela, te encontro na frente da casa de seu pai
- mas você sabe o endereço ?
- não
- Rua Washington Gonçalves número 1221 - falei vendo André já na janela pronto para sair
Sai do quarto e tranquei colocando a chave em meu bolso, desci as escadas, dei um beijo na bochecha da minha mãe e ela me olhou sorridente
- boa sorte com o seu pai, meu príncipe
- precisarei de sorte mesmo, tchau. Não precisa cuidar do André eu já cuidei, e deixei comida o suficiente até eu voltar
- Ok, se cuida
Abri a porta e fechei logo em seguida, caminhei para o ponto de ônibus e peguei um que passava na rua do meu pai. Depois de alguns minutos com o cú pregado naquele assento, enfim cheguei ao meu destino, desci do ônibus e André já me esperava do outro lado da rua, acenei para ele que se aproximou sorrindo
- está pronto ?- perguntou sorrindo
- sim, vamos encarar esse problema - falei tocando a campainha
Não havia percebido mas André havia pegado em minha mão, o portão foi aberto por uma mulher que estava vestindo um uniforme preto e branco
- bom dia senhora, eu sou filho do Eduardo - falei encarando a mulher
- bom dia querido, eu me chamo Gertrudes e sou a governanta da casa, podem entrar eu irei avisar ao senhor Eduardo sobre sua presença- falou ela fechando o portão assim que entramos
Adentramos a casa que parecia mais um castelo de tão grande, no sofá estava sentado uma mulher lixando as unhas
- essa é a senhora melissa, que no caso é a sua madrasta - falou Gertrudes apresentando a mulher que somente empinou o nariz ao me ver
- ai que bom, meu bebe apareceu - falou meu pai brotando na sala
- oi Eduardo, o que você tanto queria comigo ?- perguntei tentando ser o mais esnobe possível
- vamos conversar lá no jardim, lá temos mais privacidade
Saímos da casa e ele nos acompanhou até um banco que havia ali
- eu fico tão feliz que você veio me visitar, e ainda trouxe o namorado para me conhecer- falou ele apontando para as nossas mãos que estavam juntas
- ahh, não somos namorados. Ele e apenas meu amigo, o nome dele é André - falei ainda segurando a mão de André
Não sei o motivo, mas não sentia nenhuma vontade de soltar a mão dele. Pareceu que tinha passado cola antes de sair de casa.
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My Bird
FanfictionAlan um jovem garoto que nasceu com deficiência em uma das pernas, se vê totalmente isolado em seu quarto. no seu aniversário de 16 anos o menino recebe um presente de sua mãe, ele super alegre retira o pano que cobria a surpresa. mas ele não imagi...