Capítulo: 7

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Alan Narrando

Continuei assistindo aos meus desenhos junto com André, quando escureceu escutei o barulho da porta, rapidamente André se transforma em arará e pula em meu ombro

- boa noite meu príncipe, como que foi o primeiro dia de aula ?- perguntou ela sorrindo

- foi muito legal, eu já até fiz uma amiga

- OK, espero que você tome muito cuidado - falou ela seguindo em direção a cozinha, segui atrás dela

- mãe, o pai ligou hoje

- e o que ele disse ?- perguntou ela se virando bruscamente

- ele perguntou se eu não queria ir na casa dele amanhã. E eu confesso que estou meio confuso

- Alan meu querido, siga o seu coração, se ele está pedindo para você ir, apenas vá

Abracei minha mãe, e ela retribuiu, depois de jantar subi para meu quarto com junto com André, e cai na minha cama

- você vai para a casa do seu pai amanhã ?- perguntei André em sua foram humana

- acho que vou, todos merecem uma segunda chance

- então eu vou com você

- como você quiser - falei dando de ombros

- mas eu vou como humano - falou ele me surpreendendo

- e como você vai sair daqui sem a minha mãe te ver ?, esqueceu que amanhã é sábado, ela vai estar de folga

- não tem problema eu vou dar o meu jeito - falou ele se transformando em arará novamente

- boa noite André - falei vendo a arará piar

Arrumei a minha cama, e me deitei fechei os olhos e logo entrei em sono profundo

NO DIA SEGUINTE

abri os olhos, mais uma vez fui acordado por André barulhando no meu pé do ouvido

- aí André, toda manhã você me acorda desse jeito. Você não tem o modo mudo não ?- perguntei colocando o travesseiro no rosto

- vamos Alan, se levante e deixe de preguiça. O seu pai está te esperando - falou ele puxando a minha coberta

- aí você é muito chato passarinho - falei impaciente

Levantei da cama, com a minha cara amassada e raivosa, segui para o banheiro escovei os dentes, logo em seguida me arrumei, quando terminei André estava me encarando de boca aberta. Essa arará era o único tarado que já me viu pelado

- André, André - falei estalando os dedos para que ele despertasse do transe

Eu tinha que concordar, eu não era de se jogar fora, eu tenho olhos cor de mel, cabelos loiros e uma bunda levemente empinada

- oi, ainda estou aqui - falou ele piscando rapidamente os olhos

- como você vai fazer para minha mãe não te ver ?

- vou sair pela janela, te encontro na frente da casa de seu pai

- mas você sabe o endereço ?

- não

- Rua Washington Gonçalves número 1221 - falei vendo André já na janela pronto para sair

Sai do quarto e tranquei colocando a chave em meu bolso, desci as escadas, dei um beijo na bochecha da minha mãe e ela me olhou sorridente

- boa sorte com o seu pai, meu príncipe

- precisarei de sorte mesmo, tchau. Não precisa cuidar do André eu já cuidei, e deixei comida o suficiente até eu voltar

- Ok, se cuida

Abri a porta e fechei logo em seguida, caminhei para o ponto de ônibus e peguei um que passava na rua do meu pai. Depois de alguns minutos com o cú pregado naquele assento, enfim cheguei ao meu destino, desci do ônibus e André já me esperava do outro lado da rua, acenei para ele que se aproximou sorrindo

- está pronto ?- perguntou sorrindo

- sim, vamos encarar esse problema - falei tocando a campainha

Não havia percebido mas André havia pegado em minha mão, o portão foi aberto por uma mulher que estava vestindo um uniforme preto e branco

- bom dia senhora, eu sou filho do Eduardo - falei encarando a mulher

- bom dia querido, eu me chamo Gertrudes e sou a governanta da casa, podem entrar eu irei avisar ao senhor Eduardo sobre sua presença- falou ela fechando o portão assim que entramos

Adentramos a casa que parecia mais um castelo de tão grande, no sofá estava sentado uma mulher lixando as unhas

- essa é a senhora melissa, que no caso é a sua madrasta - falou Gertrudes apresentando a mulher que somente empinou o nariz ao me ver

- ai que bom, meu bebe apareceu - falou meu pai brotando na sala

- oi Eduardo, o que você tanto queria comigo ?- perguntei tentando ser o mais esnobe possível

- vamos conversar lá no jardim, lá temos mais privacidade

Saímos da casa e ele nos acompanhou até um banco que havia ali

- eu fico tão feliz que você veio me visitar, e ainda trouxe o namorado para me conhecer- falou ele apontando para as nossas mãos que estavam juntas

- ahh, não somos namorados. Ele e apenas meu amigo, o nome dele é André - falei ainda segurando a mão de André

Não sei o motivo, mas não sentia nenhuma vontade de soltar a mão dele. Pareceu que tinha passado cola antes de sair de casa.

My BirdOnde histórias criam vida. Descubra agora