10 | Esta circunstância perdida

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"Você está assustado, eu estou nervosa

Mas eu acho que nós fizemos isso de propósito

Amor, eu sei que é estranho, mas vale a pena

Porque eu acho que nós fizemos isso de propósito" - On Purpose (Sabrina Carpenter)

Porque eu acho que nós fizemos isso de propósito" - On Purpose (Sabrina Carpenter)

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Genevieve

Saint-Tropez, França

A Psicologia diz que o tempo de reação é a o espaço de tempo entre uma pessoa sofrer um estímulo e ter uma resposta motora em relação a este.Os processos que acontecem neste breve período de tempo permitem que os nossos cérebro perceba o ambiente ao redor, identifique o objeto de interesse e decida uma ação em respostas. Emitindo, assim, um comando motor para a execução da ação. Estudiosos dizem que normalmente esse tempo de reação é de 200 milésimos.

Mas, eu tenho certeza que demorei mais do que isso para entender o que estava acontecendo no momento em que Charles pediu para que eu confiasse nele e no segundo seguinte, estava sentindo seus lábios nos meus.

Entretanto, demorei bem menos tempo ao sentir suas mãos se apoiarem em minha cintura e fechar os meus olhos. Entreabri os meus lábios lhe dando a passagem para que pudesse aprofundar o nosso beijo e no momento em que fiz isso, senti um frio subir pela minha espinha.

Charles me beijava como se sua vida dependesse daquilo.

Eu o beijei de volta, porque parecia certo e era como se nunca... 

Nunca...

Arregalei os olhos ao me dar conta do que estava prestes a pensar com aquele gesto.

Genevieve, o que você está fazendo?

Foi a repreensão a mim mesma que fez com que me separasse de Charles. Não de um jeito brusco, mas de uma maneira desconcertada.

Suas orbes verdes, que só naquele momento percebi que continham algumas pontinhas cor de âmbar mais próximas de sua pupila, me observavam, espelhando a minha expressão.

O que havíamos acabado de fazer?

Sacudi a cabeça levemente. Dei um passo de trás, me afastando dele e saindo do salão que acontecia o jantar de noivado de Thomas e Camille. Eu não sabia qual rumo estava tomando ao percorrer os corredores do hotel. Apenas parei quando adentrei ao quarto que estava hospedada e apoiei as mãos na grade da varanda. 

Puxei o ar com dificuldade para o pulmões. Até fazer o gesto estava sendo complicado, pois a minha cabeça estava em um turbilhão e sentia meu coração bater rapidamente em meus ouvidos.

Charles e eu realmente havíamos feito aquilo? Havíamos realmente nos beijado? E por quê?

Não havíamos discutido sobre termos que nos beijar quando fechamos o nosso acordo, mas era porque fazer aquilo nunca chegou perto de passar pelas nossas mentes quando definimos o que deveríamos fazer para que aquele relacionamento parecesse verdadeiro. A ideia de termos que nos beijar parecia ser extrema demais.

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