20 | Eu vi tudo em sonhos de papel

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"Perdê-lo foi um triste azul, como eu nunca tinha sentido

Sentir saudades dele era cinza escuro, totalmente sozinha

Esquecê-lo foi como tentar conhecer alguém que você nunca encontrou

Mas amá-lo era vermelho" - Red (Taylor Swift)

Mas amá-lo era vermelho" - Red (Taylor Swift)

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Genevieve

Nova York, Estados Unidos da América

Eu sabia que fugir nunca seria as respostas para os meus problemas.

Mas, quando a oportunidade de ficar longe desses mesmos problemas por alguns dias apareceu, eu não pensei duas vezes em aceitar.

Era o tempo que eu precisava para colocar as minhas ideias no lugar, entender o que eu faria dali em diante, o que eu faria em relação a Charles Leclerc.

Quando eu lhe confessei os meus sentimentos, não me surpreendi ao não receber nenhuma reação de Charles, era como se no meu subconsciente eu já soubesse sobre aquilo...

Mas, é claro que eu sabia.

Sempre dissera que naquela história eu havia me apaixonado sozinha, sabia que não era mútuo desde o primeiro momento em que entendi quais eram os meus sentimentos pelo piloto da Ferrari.

Eu apenas tinha esperanças, no fundo, que aquilo não fosse verdade.

Foi por essa razão que confessei tudo naquela noite em Monza quando Charles me pressionou ao dizer o que estava acontecendo comigo. Foi por essa razão que também lhe disse que mataria aquele sentimento que tinha por ele assim que eu não obtive nada além do silêncio como resposta.

Mas, como era difícil fazer aquilo acontecer.

Como era difícil matar um sentimento.

Já fazia um pouco mais de três semanas que tudo havia desmoronado entre nós, e não havia um dia no qual não pensasse no que poderia ter acontecido se Charles tivesse esboçado alguma reação.

Também me perguntava se durante todos os dias desde que havíamos começado com aquele relacionamento encenado se havia existido alguma coisa em Charles que não fisse apenas fingimento...

As coisas que ele me dissera foram verdadeiras? Ou foram inventadas?

A nossa conexão em alguns momentos foi um fingimento da parte dele?

A amizade que construímos foi uma farsa?

O que eu senti em nosso último beijo não foi recíproco? Então, por que ele me beijou mesmo comigo dizendo que não deveríamos?

Bufei com aquelas perguntas sem respostas, enquanto andava por entre as pessoas das ruas movimentadas de Nova York, onde estava com minha irmã e minha mãe. Aquela cidade foi meu ponto de escape, quando Madelyn perguntou se eu não gostaria de acompanhar as duas em alguns eventos que a M&G Hathaway participaria naquela semana na "cidade que nunca dorme".

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