boa leitura
votem e comentemMais um dia em que o alarme tocou e nós acordamos, dessa vez obriguei Shawn a ir para a clínica.
— você vai almoçar comigo hoje?- perguntei no meio do banho
— não, tenho uma rino para fazer
— ah
— te espero hoje à noite para jantarmos no Ulisses- assenti, Ulisses o dono do restaurante em que tivemos nosso primeiro encontro e o pedido de casamento— vai sair que horas hoje?
— horário de sempre
— eu vou te deixar na clínica e te busco, pode ser?- franzi a testa, já que tem meses que ele não faz isso
— tá bom, você vai passar o dia na cirurgia?
— não
— ah claro
— você está bem?
— estou, eu te avisei, mas acho que você não escutou que vou viajar sexta com meus pais
— não lembro de você ter dito, tinha planos com você
— deixa para o final de semana que vem
— você volta que dia?
— madrugada de segunda- ele desligou o chuveiro dele por ter terminado e eu continuei
— estou com dor de cabeça, vida
— você precisa parar de beber, vai ficar doente desse jeito
— parece minha mãe falando, credo
— não leve na brincadeira, poxa
Terminei meu banho e nos arrumamos, tomamos café e no carro tentei novamente conversar com ele.
— Shawn, vamos conversar
— estou ocupado, estou pensando em um negócio já eu falo com você
Shawn mesmo tendo um pensamento NUNCA fez isso, então acabei chorando e ele não percebeu.
— tchau, bom trabalho- ele disse quando eu saí
— tchau, te amo
Entrei na clínica segurando novamente meu choro. Recebi uma mensagem dele.
você estava chorando?
Filho da puta, esperou eu sair para perguntar
não, Shawn
Homem lerdo.
Trabalhei o dia todo e esperei o Shawn, como ele havia dito, porém deu 20:00, 20:30, 21:00, 21:30 e a minha secretária entrou na minha sala.
— doutora, são nove e meia, meu horário já deu tem uma hora
— ah, pode ir, eu fecho hoje
— uma boa noite para a senhora- ela saiu
Desatei em chorar, liguei várias vezes para Shawn e decidi ligar para a mãe dele.
— oi querida, tudo bem?
— não, dona Karen eu preciso conversar com a senhora e me desculpe o horário, mas apenas você vai poder me ajudar
— está em casa?
— no consultório, estou sem carro
— vou te buscar, beba uma água
— tá bom
Em vinte minutos ela chegou e me abraçou.
— o que houve?- perguntou quando me acalmei