O quarto estava com poucas luzes acesas, aquele era um hotel cinco estrelas com inúmeros objetos caros. Estava usando um lindo vestido marsala de linho, um salto preto e um colar de pérolas inglês. Em meu pescoço, umas gotas do perfume mais caro da Irlanda, a quem dissesse que minha aparência era de uma linda princesa britânica. Enquanto olhava para o relógio que estava grudado na parede logo de frente para a cama, a porta se abriu devagar dando visão á alguns fios de cabelo platinado e uma mão coberta uma luva preta de tecido fino. A mulher a minha frente me surpreendeu com um sorriso largo de ponta a ponta e sem exitar me encaixou em seu abraço que era quente e confortável. Enquanto suas mãos enrrugadas acariciavam minha nuca, pude sentir seus beijos que iam de encontro a minha bochecha, ela realmente parecia estar repleta de saudade.
- Minha querida, quanto tempo. - essas foram suas primeiras palavras, o que fez meu coração saltitar de felicidade. - Você está lindalinda, não imaginei que estaria viva para viver isso novamente.
- Obrigada, Polly! - retribui com um sorriso e um beijo longo na testa da mais velha.
- Eu vim na frente dele pois não queria perder essa oportunidade de reencontrar você, nem posso acreditar que veio depois de tantos anos. - enfatizou a mais velha. - Já vou indo, não quero que ele me veja aqui.
- Tudo bem. - concordei beijando a mão da mulher. - Prometo que nos veremos em breve.
Assim que ela deixou o quarto, sentei-me na cama pegando uma taça e em seguida derramando um pouco de champagne na mesma. Sentia minhas mãos soarem, meu corpo se aquecer, meu coração palpitava rápidamente. Foi ai então que ouvi o ruído da porta se abrindo novamente, sem demorar, me levantei colocando-me a disposição de quem iria adentrar por aquelas portas. Era ele. Com aquele lindo par de olhos azuis que não se cansavam de me admirar.
- Quem diria que depois de todos esses anos você estaria aqui na minha frente novamente. - o mais velho acendeu seu cigarro e trancou a porta ainda de frente para mim. - Os anos só lhe fizeram bem, Ana.
- Thomas. - respirei fundo. - Eu fico feliz que esteja bem. Não pude deixar de recusar o convite para o casamento do seu filho, ele foi uma parte muito importante, mesmo que talvez não se lembre de muita coisa.
- Ele lembra sim, perfeitamente. - Thomas sabia como sorrir com os olhos, e aquilo ainda me deixava sem estrutura. - Bem, o casamento é daqui a algumas horas, o que acha de tomarmos uma bebida antes?
Eu assenti mostrando minha taça cheia para o moreno, voltei a sentar-me sobre a cama esperando ele se servir do champagne.
- Trouxe a Penélope, você nunca a conheceu, agora ela já é auma moça. - meu sorriso naquela hora era orgulhoso. - Namora com um grande empresário de New York, está feliz.
- E você? Não trouxe nenhum acompanhante? - Thomas deu uma piscada e logo em seguida soltou um sorriso ladino.
- Se estou namorando? Não, não estou, Sr Shelby. - respondi sarcasticamente e em seguida dei uma golada no líquido dentro da minha taça. - Eu casei, fiquei com ele por seis anos mas infelizmente morreu, foi doloroso mas já faz muitos anos.
Thomas fitou seu olhar em mim como nunca antes, seus olhos brilhavam, sua língua molhava a ponta de seus lábios, ele estava focado. O homem sentou-se ao meu lado, deixando sua taça juntamente com a minha em cima do criado-mudo. Sua mão destra veio de encontro á alguns fios de cabelo meus, os colocando para trás da minha orelha.
- Eu sabia que um dia voltaria pra mim. - sussurrou ele com os lábios próximos do meu.
O Shelby passeou com a ponta de seus dedos sobre meu ombro exposto, e sem pensar duas vezes aproximou seus lábios dos meus finalmente os selando com um beijo intenso e cheio de saudades. Nossas línguas travavam uma batalha, enquanto ambos meus braços entrelaçavam sua nuca. Minhas duas pernas passaram por cima de seu colo, encaixando nossas intimidades.
Com força, joguei o tronco do homem contra a cama, desabotoando o colete que estava vestindo. Aproximei minha boca de seu pescoço e pude sentir cada pedacinho de seu corpo que estava fervendo assim como o meu. Fui retirando meu vestido delicadamente por fim deixando minha lingerie exposta totalmente. Thomas retirou seu blusão e me jogou contra a cama, ficando com seu corpo sobre o meu. Nossa respiração já estava no mesmo ritmo, nosso sangue fervia de desejo mútuo.
Thomas iniciou uma série de beijos por todo meu colo visando as minhas áreas mais sensíveis, e ele sabia qual era o ponto certo de cada uma. Sua mão fazia uma viagem entre minhas coxas, alisando cada parte delas. Fui surpreendida com dois de seus dedos sendo introduzidos em minha intimidade com minha calcinha de lado e seu polegar massageava meu ponto erógeno.
- Thomas... - suspirei em meio aos gemidos enquando sentia um prazer de extensões enigmáticas, ele soltava um sorrisinho satisfeito.
Sua boca foi de encontro a um de meus seios, que já estava totalmente a mostra depois de ele mesmo retirar a parte de cima com os dentes. Enquanto saboreva meus seios, coloquei ambas as mãos contra suas costas, arranhando com força o local, provavelmente aquilo deixaria marcas.
- Eu quero ouvir os seus gemidos pedindo mais, Anastácia. - sua voz rouca invadiu todo o ambiente fazendo-me derreter completamente, e obviamente eu o obedeci.
O de olhos azuis retirou seu cinto juntamente com a calça, deixando seu membro exposto totalmente, lambi os beiços ao ver aquela cena. Ele segurou em meu pescoço e deixou alguns chupões próximo ao local, sem pedir permissão introduziu seu membro em minha abertura e na mesma hora arfei, arqueando minha coluna contra seu corpo.
- Ahh. - soltei em forma de gemido enquanto sentia aquele intenso movimento de vai e vem.
Senti meu corpo tremer, meus olhos reviravam-se, parecia que já não havia mais cama ou muito menos um chão, sentia-me levitando pelo céu, já fazia tanto tempo desde a última vez que me senti assim. Logo atingi meu ápice de prazer e como sempre alinhados, ele juntamente comigo deixou seu líquido cair dentro de mim.
- Olha... - iniciei pausando entre cada palavra. - Isso foi tão...
- Incrível. - ele completou com sua respiração ofegante.
- Thomas, o casamento. - na mesma hora me lembrei de meu propósito naquele lugar e sempre em um péssimo momento.
- É verdade. - ele levantou-se já ajeitando suas roupas apressadamente. - Depois da festa, venha comigo por favor, Anastácia, eu sempre amei e sempre vou amar você.
Thomas pediu sem nem ao menos esperar uma resposta minha e já saiu correndo do quarto ainda sem seu colete ou blusão completamente vestido.
Sentei-me na cama ainda sem minhas peças de roupa, mal podia acreditar no que acabara de acontecer, será que finalmente eu encontrei meu caminho? Será que depois de quase dezessete anos quando caminhos e vidas estão ligadas, elas sempre retornam ao seu lugar? Não importando quanto tempo demora, ou o quanto você relute pra não voltar? A realidade é que depois de quarenta anos e seis anos de vida: Não tenho essa resposta.
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Oi meus amores, como a Ana e o Thomas não tiveram nenhum momento assim, pensei em fazer esse especial em comemoração aos 100k de visualizações, É ISSO MESMO, SOMOS 100K! Quando escrevi essa história estava sem perspectiva nenhuma, minha história foi UMA DAS primeiras em português sobre PB, me lembro de ter poucas e por isso a motivação em fazer mas jamais sonharia em chegar tão alto! Obrigada por tudo pessoal! Vocês são incríveis.Espero que tenham gostado.
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✓ ESPELHOS QUEBRADOS | Thomas Shelby (EM REVISÃO)
FanfictionApós a cruel morte de sua amada esposa Grace, Thomas Shelby acabou se afundando cada vez mais em drogas e bebidas, na tentativa de esquecer completamente o que lhe havia acontecido. Quando finalmente se viu no fundo do poço, percebeu que era a hora...