A Janela

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Vejo a luz que vem da janela

Iluminando os cabelos dela

Trespassado a pele dura

Ela não teme a censura


Vejo o mar nos olhos teus

E a bravura destes céus

Ao julgar que nesse mar

Não irias sufocar


Vejo a escuridão nascer

E a luz desaparecer

Contou-me o dito mar

Que ela teme regressar


Vejo um pássaro numa borda

Como que numa fina corda

Daquela janela graciosa

Que se abre mariposa


Vejo o momento que passou

O que é que dele ficou?

O que passou é passado

Ressuscitado e enterrado


→ 7 Novembro 2021

Night Wet RainOnde histórias criam vida. Descubra agora