Eu odeio todos os que me obrigaram a isto, incluindo os meus pais e os pais da pessoa estupida com quem vou ser obrigada a casar, mas eu vou fugir, fugir de um lugar que eu nem conheço e de uma pessoa que não quero conhecer.
16 anos e ainda não vejo cores, todas as outras princesas estão apaixonadinhas por príncipes que apareceram montados num cavalo branco e que as fizeram ver cores, eu não acredito nisso, não acredito que possa existir uma pessoa perfeita para mim, resumindo não acredito no amor, e agora muito menos que me vão obrigar a casar com um completo estranho.
Vou quase parecendo ser arrastada, até o sítio de transporte para sermos transportados para um tal de Heimdall em que nos irá dar as boas vindas.
O transporte quase que me faz vomitar, menos 1 ponto para esta situação toda, mas pelo que todos aqui querem eu nunca mais vou andar nisto, já que não querem que eu saia mais deste planeta estúpido.
Assim que chegamos o tal de Heimdall dá-nos as boas vindas e anuncia a nossa chegada, já disse que odeio publico? Pois é, eu odeio e como este brutamontes anunciou-nos há mais publico do que eu esperava que haveria, parece que toda a gente quer que o herdeiro de Asgard case.
Vamos em direção ao enorme castelo que parece feito de tubos, o meu plano era ir com a cabeça baixa para ninguém me poder ver mas a minha querida e adorada mãe arruinou-os ao me obrigar a levantar a cabeça e sorrir, de todos os sorrisos falsos no mundo nenhum nunca foi mais falso do que o que eu sou obrigada a dar agora, odeio que as pessoas me vejam, elas vêm a aparência e julgam as pessoas por isso, eu posso ter uma aparência de princesinha mas eu estou longe de ser uma, eu sei lutar com diversas armas ou usando os meus próprios punhos, sei livrar-me de situações sem ter de recorrer a nada mais que a minha mente e o meu corpo e nunca vou amar ninguém, todas as pessoas são repugnantes e egoístas.
Quando entramos no palácio vejo um homem baixo, com uma pala no olho, deduzo logo que seja Odin e que ao seu lado esteja Frigga, a sua esposa, uma mulher alta e com cabelos compridos. Percebo que me perdi em pensamentos quando ouço uma grande porta a abrir e por ela passar a pessoa que eu menos quero ver neste universo, o canalha com quem vou ser obrigada a casar: Thor Odinson.
- Estás atrasado - diz Odin ao ver o filho chegar.
Olho para ele e ele olha para mim, mas como imaginava não há cores nenhumas, isto é tudo uma palhaçada.
- Desculpe pai, estava a celebrar a chegada da minha noiva, tenho de aproveitar antes do casamento - diz ele e só agora é que me apercebo que o idiota vem a apertar as calças, e é com ele que me querem obrigar a casar? Ele parece um porco.
- Uau - eu digo enquanto bato palmas - que cavalheiro, vem receber a noiva depois de fuder com outra qualquer.
- Não fales assim com o teu marido - diz a minha mãe.
- Futuro marido, infelizmente, e eu falo como eu quiser para ele - digo desafiando-a, ela odeia isso, mas eu odeio ser forçada a coisas que não quero e aqui estou eu.
- Eu acho que é melhor darmos início á discussão dos preparativos para o casamento real - A rainha Frigga tenta aliviar o ambiente, mas não tem grandes resultados entre mim e a minha mãe, mas os dois reis começo logo a falar do bem que esta cerimónia vai fazer para os reinos.
A rainha Frigga começa uma conversa com a minha mãe sobre o vestido e as flores do casamento como se eu não estivesse aqui, Frigga ainda me tenta incluir, mas a sua tentativa falha pois para a minha mãe sou só um objeto de troca que nem do próprio casamento pode tratar.
- Thor - Chama Odin - Leve a princesa a passear para se conhecerem melhor, tenho a certeza que ela irá adorar - Era só o que me faltava ter de ir passear com este porco.
- Vamos princesa? - olho para a minha mãe que está com o olhar "diz que não e eu mato-te" então a minha única escolha é ir com o brutamontes. Ele estende-me a sua mão e eu ponho a minha por cima, então ele leva-me para os jardins do palácio, se não fosse toda esta situação eu até aproveitaria este passeio porque os jardins do castelo são lindos mesmo para quem não consegue ver cores.
Nós caminhamos por todo o imenso jardim sem dizer uma palavra, e eu como sou uma pessoa inquieta não consegui deixar isso por muito mais tempo.
- Príncipe Thor?
- Sim princesa?
- Porque estava com outra mulher mesmo antes de se encontrar com a minha família? Eu não o julgo, nunca me conheceu e não deve estar entusiasmado para um casamento, quanto mais um que seja arranjado, mas porquê fazer logo uma alegação de que não me respeita?
- Mil desculpas princesa, eu realmente não tinha estado com nenhuma mulher, só estava a acabar de me vestir pois saí dos meus aposentos á pressa para a conhecer a si e á sua família, eu só quis deixar claro para o meu pai que não estava feliz com tudo isto, me perdoe por a ter humilhado assim em frente aos seus pais e aos meus, mas gostei da sua resposta.
- Pois é melhor não me irritar mais nenhuma vez ou eu vou ser o seu pior pesadelo - digo a sorrir para ele.
- É um pesadelo muito bonito, se me permite dizer.
- Obrigada pelo elogio - eu digo e continuamos a caminhar até um banco onde nos sentamos para apreciar o imenso jardim florido. Continuamos a falar por algum tempo sobre coisas normais, contar o nosso dia a dia e como era em cada um dos reinos.
- Thor, posso te perguntar uma coisa? - Claro, tudo o que quiseres, de qualquer maneira vamos ter de conviver um com o outro se a vontade dos nossos pais se realizar.
- Pois, uhm eu queria perguntar se tu vês as cores?
- Estou a ver que alguém ainda não as vê - eu respondo com um aceno de cabeça - Respondendo á sua pergunta, sim eu vejo as cores.
- Mas se vê as cores e definitivamente não é por mim, porque não está com a outra pessoa? Se me permite a curiosidade claro.
- A mulher que me fez ver as maravilhosas cores já não está mais entre nós. Ela era uma guerreira, lutou comigo em várias batalhas, sempre deslumbrantemente corajosa, até á sua última batalha onde morreu nos meus braços - Uma lágrima rolou pela minha cara, mas Thor logo a enxugou - Não chore princesa, a menina é bonita demais para chorar.
- Eu peço imensa desculpa por ter tocado no assunto.
- Não precisa de se desculpar, a senhorita não sabia, e já não me afeta tanto. Mas chega de falar sobre estas coisas melancólicas, já que vamos ter de passar o resto das nossas vidas juntos - eu reviro os olhos e ele ri - Vá lá eu não sou uma companhia assim tão má.
- És suportável.
- Vou levar isso como um elogio, mas continuando eu quero que conheças uma pessoa - eu olhei para ele com um olhar de interrogação - O meu irmão Loki.

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Fire and Flame
Fiksi PenggemarEu não quero isto, eu não o vou fazer. Foi o que pensei antes de conhece-lo, antes de a minha vida virar de pernas para o ar e antes de o meu coração voltar a bater. (Nesta história tem aquela coisa de só conseguires ver cores quando encontrares a t...