Papel Amassado

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-Basicamente... Precisamos de um plano bem articulado. - Explico com minhas mãos nervosas passeando pela planta do prédio de Danzou enquanto minha perna não para de balançar. - Kakuzu, manda uma ideia. - Declaro virando para o verso da folha e pegando uma caneta para anotar.

-Precisamos de uma isca. Alguém para distrair e chamar o foco para si e assim facilitar nossa invasão. - Kakuzu diz sem ao menos pensar. - Mas como os homens de Danzou são conhecidos por serem bem treinados, precisamos de algo que ou não necessariamente vá atrair esse tipo de atenção, ou que saiba lidar com os seguranças.

-Anotado. - Anuncio ao terminar de escrever o que ele disse.

-Ei, eu tive uma ideia! - Diz Hidan, animado como uma criança e balançado o braço erguido.

-Diga, Hidan. - Permito.

-E quanto as visitas dele?

-Visitas? - Indago.

-Tipos, um dia desses eu 'tava conversando com Yamato, e ele me disse que o Danzou tem várias casas de putas por toda cidade, e que ele visita regularmente. - E ele só fala isso AGORA?!

Esse foi meu momento de maior "Eureka!" de toda minha vida. Eu sei até onde fica esses estúdios de programa, era só...

-Precisamos de dois braços, uma prostituta, um mestre dos disfarces, um escuta e um... Motorista de fuga. - Declaro após refletir um pouco, e assim vejo a expressão de confusão se estampar no rosto de cada um presente. - Precisamos de um disfarce para podermos entrar se sermos reconhecidos, além dos braços para ficarem do meu lado na hora, pois eu serei um "negociante". - Explico a primeira parte já me levantando do meu lugar e começo a rodar de um lado para o outro. - Precisamos de um escuta para ser um "reforço" para os braços. Uma prostituta é para entrarmos com ela e não atraímos a atenção por sermos três caras entrando que nem falam com a secretária. Um motorista de fuga, é... O nome é bem autoexplicativo.

-Bem... Então seremos selecionados para entrar em UMA das casas, que nem sabemos qual é, em um dia e horário aleatórios? Ótimo plano. - Eu sei que era apenas sarcasmo da parte de Kakuzu, mas ele tinha um ponto.

-Kakuzu, não se preocupe, pois eu tenho meus contatos assim como você.

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O empurro contra a parede dos corredores no horário de "intervalos" entre tarefas. Não tinha como ele escapar.

-Me conta! Eu sei que você sabe! Você foi por muito tempo um desses capangas que acompanhava o Danzou nessas visitas e deve saber de algum padrão.

-Kakashi-senpai, eu juro que não tem um padrão! Deve até haver, mas é um padrão que alguém por fora, como eu, nunca repararia.

-Yamato... - Passo delicadamente minha mão pelo maxilar do acastanhado, a fim de ver se ele "lembrava" de algo.

-Bem... - Engoliu a seco, ganhando um tom avermelhado em seu rosto. - Ele costuma visitar a casa que mais rende pelas quartas-feiras, mas não é garantia. Ele apenas visita pelo meio da semana.

-A casa que mais rende? E que casa é essa?

-Pleasure Treasure.

-A... Pleasure... Pleasure Treasure? Você tem certeza, Yamato?

-Sim, Kakashi-senpai. É que a mais rende. - Yamato sai bruscamente e fixa seus intensos olhos nos meus. - Se me der licença, é o turno da minha equipe de estar no Casino esta tarde. Eu... - Suspirou pesadamente, talvez cansaço ou algum pensamento conflitante. Fechou os olhos e virou-se de costas, já caminhando em direção ao seu dever. - Eu te mando mensagem quando precisar de algo.
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Foi Um Erro Meu... (Obikaka/Kakaobi)Onde histórias criam vida. Descubra agora