Não O Machuque!

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Obedeci minha mãe e fui ver o que estava acontecendo com o meu pai. Era estranho porque eu nunca fui o motivo de suas reclamações, eu era o orgulho de meu pai, mas só quando ele estava sóbrio, o que eram raras as vezes.

Fui até a cozinha e o vejo sentado na mesa, com a cara séria e os ombros cruzados. Dava para se notar que ele só estava um pouco mais solto e não bêbado, então tinha realmente um motivo para ele reclamar de mim.

-Pai, tem algum problema? - Perguntei e nesse momento, meu pai me fitou com o olhar sério.

-Eu ouvi boatos. - Respondeu, voltando seu olhar para a mesa.

-Que boatos, pai? - Pergunto novamente tentando arrancar uma resposta de verdade.

-Eu ouvi dizer que está namorando, filho... - Engoli seco após ouvir aquilo, sabia o que estava por vir.

-Sim, pai, eu estou. - Respondo, não poderia simplesmente mentir assim.

-Como ela se chama?

-Ela se chama Shizune. - Pego o primeiro nome que me vem a cabeça. - Ela é uma garota morena da sala 3.

-Entendido... Você gosta muito dela?

-S-sim, pai... Sabe? No nosso primeiro encontro, eu e ela fomos tomar sorvete e ela me contou que sempre quis ser uma enfermeira quando terminasse o colégio e-... - Estava inventando tudo até ser interrompido por uma risada baixa do meu pai.

-Sabe... Eu já sei a verdade. - Revelou e meu coração começou a bater rápido e forte e eu suava frio.

-Sabe... O quê? - Fingia de sonso, só para ver se eu tinha a mínima chance de escapar de toda aquela situação.

-Que você está namorando um garoto! - Gritou se levantando em um pulo e batendo o punho forte na mesa.

-Pai! Calma! - Tentava de alguma forma apaziguar enquanto dava passos para trás.

-Não me chame de 'pai'! Eu não quero ser pai de um viadinho como você! - Pegou a garrafa que trouxe consigo, eu já sabia onde isso iria me levar.

-Calma! Calma!

-Eu pensei que ano passado era só um boato para sujar o nome da família Hatake, mas agora eu ouço outro assim?! Não pode ser coincidência, não é?! - Com a garrafa na mão, bateu a na pia, o que fez os cacos voarem para todos os lados.

-Pai! Fica cal-...! - Fui interrompido de repente quando ele usou a garrafa, tentando me acertar, para cortar meu olho esquerdo. - ARGH!

-Errei! - Gritou antes de vir com a garrafa quebrada para cima de mim. Com as pontas afiadas vindo em minha direção, eu caído no chão, sem defensa, fechei meus olhos esperando o golpe final.

Foi quando meu mundo acabou. Fechei meu olhos, mas não senti o golpe final. Abri meu olhos e vi minha mãe na minha frente, a única coisa que eu pensei foi a palavra "não!" ecoando na minha cabeça.

Me levantei e consegui ver a cena direito. As pontas da garrafa quebrada foram direto em seu pescoço, não conseguiu fazer nada a não ser soltar gemidos de dor. Meu pai tirou a garrafa do pescoço da minha mãe, o que fez ela cair no chão.

Eu, sem esperar mais, fui correndo para o meu quarto e tranquei por dentro e ainda fui para o banheiro onde Obito estava para também trancar por dentro.

-KAKASHI! - Obito gritou assim que me viu. - Eu ouvi barulhos e liguei para polícia. Está tudo bem?!

-Era o que eu precisava ouvir! - Disse me virando para ele e o abraçando.

-Kakashi, seu olho! Vamos cuidar disso agora! - Ordenou e foi só quando Obito mencionou que eu realmente comecei a sentir dor.

-Tem algodão e bandagens debaixo da pia. - Disse apontando para o local.

Foi Um Erro Meu... (Obikaka/Kakaobi)Onde histórias criam vida. Descubra agora