Capítulo 2

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Esses acontecimentos ocorreram em uma pequeno espaço de tempo, o que deixou o garoto um pouco confuso sobre o que acabara de acontecer. Ele tentou se lembrar de tudo o que tinha acontecido até o momento em que se levantara do fundo do lago.

Ele se lembrava de ter procurado a caverna para esconder uma das Horcruxes de Voldemort, mas, depois de entreouvir uma conversa entre o Lorde das Trevas e um de seus comensais, mudou de ideia. Se lembrava de que tinha levado uma cópia do medalhão e de que o tinha escondido dentro do pequeno caldeirão no pedestal.

Ele se lembrava de quando tinha acabado de entrar na câmara do lago, e de ter puxado a corda e entrado no barco. Se lembrava também da ordem de Voldemort para que bebesse toda a poção antes de colocar o medalhão no caldeirão. Enquanto segurava o medalhão com uma das mãos, começara a beber o conteúdo da tigela que estava em cima do pedestal. Depois de beber uma quantidade considerável da poção, ele começou a se contorcer em agonia. Acabou conseguindo colocar o medalhão dentro da bacia, mas a agonia era tanta que ele caiu de joelhos e socou as águas do lago.

O simples ato de tocar no lago fez com que vários Inferi se levantassem e começassem a atacá-lo. Os morto-vivos o cercaram por todos os lados. O garoto havia tentado se defender, mas estava  drogado pela poção e seus reflexos estavam lentos. Os Inferi eram maiores em número, então foi fácil arrastar sua vítima para as profundezas do lago com eles.

O que ninguém sabia, é que a água do lago tinha propriedades mágicas. Quando os Inferi atacaram o garoto, eles fizeram cortes em sua pele. Quando o corpo dele foi mergulhado no lago, a água entrou nos cortes e passou a fazer parte de seu corpo. A água havia ficado circulando em sua corrente sanguínea durante todo o tempo que ele passou dentro do lago da Caverna de Cristal. Como a água era mágica, ela preservou seu último suspiro dentro de seu peito, fazendo com que ele permanecesse vivo, mas em coma.

A poção que havia sido derramada pelo impacto do barco no pedestal fez com que a água saísse de dentro do jovem, liberando seu último suspiro. E, como ele nunca havia verdadeiramente morrido, ele acordou de seu coma.

O coração do garoto estava batendo rapidamente, como não batera durante todo o tempo que passara no lago. Ele entrou de volta no barco e saiu de dentro da caverna. Quando estava na entrada do penhasco, o garoto respirou fundo, aliviado por novamente poder sentir o ar fresco em seus pulmões.

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Estou.....Vivo? (Régulos Black) Onde histórias criam vida. Descubra agora