Capítulo 2 - Prisioneira

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Acordo lentamente, ouço o barulho de chamas e sinto cheiro de velas que acompanham um calor reconfortante. 

Ainda não abri os os olhos, pareço estar sentada, tento me mexer mas não consigo, meus braços estão imobilizados.

— O que...? — Abro os olhos assustada e olho para trás. Noto que as minhas mãos estão atadas.

— Você dorme muito — Ouço uma voz a minha frente.

Olho em direção a essa voz e vejo que pertence ao homem que me ajudou com o monstro que invadiu meu quarto. Gojo “não sei do que”.

— Por que eu estou algemado? — Perguntei amedrontada, quase chorando. 

— É apenas uma questão de segurança — O homem de cabelos platinados me mirava por baixo do pano grosso que cobria seus olhos, pelo menos era o que parecia. 

— Segurança?... do que você está falando? — Eu estava apavorada, tinha medo que ele me fizesse alguma mal.

— Bom, você engoliu o dedo do Sukuna... e sobreviveu — Ele tinha um sorrisinho sutil nos lábios 

— Quem... quem é Sukuna? Espera aí... era venenoso? — Me desesperei.

— Digamos que sim — O platinado levantou e espreguiçou-se, fazendo menção de que ia se aproximar.

— Fique aí mesmo!!! — Levantei uma perna e estiquei na sua direção, mantendo um espaço entre nós dois — Não se aproxime de mim!

— Calma, se eu fosse fazer alguma mal pra você, teria aproveitando enquanto estava desmaiada, não acha? — Com o mesmo sorriso sutil ele tocou meu tornozelo e deslizou sua mão até o meu joelho, pressionando levemente para baixo, me fazendo abaixar a perna por inteiro. 

O vendado ajoelhou-se na minha frente, de modo que ficou praticamente do meu tamanho. 

— Agora me fala, o que você tá sentindo?

— Já te disse, não sinto absolutamente nada — Corei com a proximidade do homem. 

— Isso é muito estranho... — Levantou e levou a mão ao queixo. 

De baixo eu o olhava, sua voz era grave e suave, ele tinha uma postura perfeita o que é difícil para uma pessoa tão alta.

— O que é isso que eu comi? — Perguntei receosa

— Já disse, você comeu um dedo... para ser mais exato, o dedo de Ryomen Sukuna.

— Então era mesmo um dedo, um dedo humano? — Senti nojo.

— Não exatamente. Ele era um demônio que viveu há cerca de 1000 anos. Após sua morte, seu corpo foi destruído, mas sobraram seus dedos. 

— De... demônio? — Eu não sei se ria da história ou se chorava por que um louco havia me sequestrado — Meu Deus, você é louco.

— Todos pensam iss...

— Socorro!!! — Gritei enquanto me debatia tentado me soltar.

— Pare! — Em um instante ele estava ao meu lado, tapando a minha boca com sua mão.

Tentei falar, mas não conseguia sua mão não permitia a saída de nada que fizesse sentido. Ele então tirou a mão.

— Por favor, não me machuque!!! — falei chorosa. 

Gojo apenas deu mais um passo e desatou o nó das minhas mãos, me fazendo segurar os pulsos que doíam. 

— Eu já te disse, não vou te machucar.

Fragmentos ( Satoru Gojo x leitora x Nanami Kento )Onde histórias criam vida. Descubra agora