Capitulo 3

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SADIE SINK POV

- fale sobre você. - bebo um pouco da minha bebida e a olho.

- não tenho nada de muito interessante para falar sobre mim. - ela dá de ombros.

- como não? - continuo - todos temos algo de interessante. Enfim, quantos anos você tem?

- 24! - ela diz e desvia o olhar para a janela - e você?

-22! - respondo. - você trabalha com o que?

- eu não trabalho! - ela diz simples e me olha - não preciso!

- ah, então você é o tipo de garota milionária? - brinco.

- sou o tipo de garota que se pudesse escolher, não teria nascido! - ela diz e sorri fraco.

- ah, eu... você está bem? - pergunto ao processar sua resposta. Ela apenas da de ombros novamente. Suspiro e a vejo beber mais um pouco de seu milkshake antes de olhar as horas em seu celular.

- você vai se atrasar! - ela continua olhando a tela do celular.

- como? - a olho confusa e ela vira o celular em minha direção, me permitindo ver que horas são. Arregalo os olhos e olho para a janela vendo que a chuva lá fora só piorava. - ah, merda!

- não se preocupe! - ela fala e digita alguma coisa no seu celular e logo depois colocou o mesmo com o visor para baixo encima da mesa e me olha com uma sobrancelha arqueada. - aceitaria uma carona de um estranho? Bem, uma estranha? - ela corrige.

- bem, eu estou sentada na mesa de uma estranha! - sorrio e vejo ela abrir um pequeno sorriso de canto. Não deixa de ser lindo.

- o meu motorista está vindo me buscar. Posso te dar uma carona até seu trabalho? - ela suspira.

- eu adoraria! - sorrio - eu realmente não posso faltar hoje!

- ótimo, senhorita Sink! - ela sorri sem mostrar os dentes.

[...]

Após s/n me deixar na empresa, eu ando à procura de meu namorado, apenas para me certificar de que ele estava bem. Entro no elevador e aperto no botão que me levaria ao décimo andar. Quando chego, caminho até sua secretária que estava anotando alguma coisa no computador e sorrio quando ela percebe minha presença.

- Bom dia, pode avisar o Colin que quero falar com ele, por favor? - sorrio gentilmente.

- sim, tudo bem! - ela diz um pouco nervosa e pega o telefone.

Espero por alguns segundos até ela colocar o telefone de volta no gancho e me permitir a passagem para a sala do meu namorado. Quando chego em frente à porta, bato três vezes até o ouvir um "entre." Abro a porta e o vejo mexendo em vários papéis.

- está tudo bem? - pergunto o vendo preocupado.

- sim, está sim! - ele sorri e me olha - porque não estaria?

- você parece preocupado. - respondo.

- ah, só estou resolvendo alguns assuntos chatos, nada de mais. - ele sorri e eu retribuo - e você?

- estou bem! - suspiro - só vim ver se estava bem. Vou para a minha sala agora! - ele assente  e eu me viro para a porta, mas me viro para ele novamente - sua secretária parece estar nervosa!

- deve ser problemas familiares! - ele fala um pouco nervoso e me envia um sorriso que percebo por ser forçado. Apenas assinto desconfiada e volto a me virar para a porta, saindo de sua sala, passando pela secretaria e caminhando de volta para o elevador, onde aperto o botão que me levaria ao último andar.

[...]

S/N POV

Estava sentada em frente a mesa do escritório da minha casa enquanto digitava algumas coisas no meu notebook. Arrumo os meus óculos e suspiro, encostando minhas costas na cadeira. Ouço batidas na porta e desligo o meu notebook, fechando o mesmo e tirando meus óculos.

- entre! - grito para que a pessoa atrás da porta possa ouvir. Maria abre a porta e percebo medo estampado em seu rosto, me levanto e caminho até ela - Ei, o que houve? - puxo uma cadeira para que ela poça se sentar.

- ele atacou de novo! - ela se senta e me olha.

- onde? - pergunto.

- na casa ao lado! - ela fala com pesar. Suspiro e caminho até minha mesa, pegando meu casaco e o colocando. Fecho o zíper e olho para ela. - onde vai?

- fique aqui, está bem? - caminho até ela e me agacho em sua frente - eu só vou dar uma olhada.

- tome cuidado! - assinto e me levanto, caminhando em direção a porta.

[...]

Quando saio de casa, vejo varias viaturas espalhadas pela rua, já não chovia como antes, apenas algumas gotas ainda caiam. Me aproximo da casa ao lado, onde um policial tentava interrogar uma mulher desesperada. Coloco minhas mãos no bolso da frente do meu casaco e tento passar por uma fita amarela, onde dava acesso a cena do crime.

- Ei, não pode entrar aí! - um policial me para e eu me viro para olhá-lo.

- ah, qual é, só quero dar uma olhada! - aponto com a cabeça para a casa.

- como eu disse: não pode entrar aí. - suspiro e acabo cedendo.

- tudo bem, mas pode me falar o que aconteceu? - ele suspira e guarda o bloco de notas que usava para interrogar pessoas no bolso de sua calça.

- o marido aquela senhora - ele aponta para a mulher que ainda chorava enquanto o policial tentava acalma-la - foi encontrado por ela com o pescoço perfurado com arame farpado. Infelizmente, já morto! - ele diz sério.

- qual o nome dele? - pergunto.

- deveria saber, ele era seu vizinho! - ele sorri irônico.

- com todo respeito, senhor policial, mas não é porque moro aqui que devo saber o nome de cada um que vive ao meu redor. Tenho coisas mais importantes para fazer do que sair perguntando o nome de cada um. - suspiro em irritação.

- o homem de 45 anos se chama Arthur Worren. - ele fala por fim - olha, não quero ser rude, mas tenho que trabalhar.

- vá em frente! - faço um gesto com a mão para que ele continuasse.

- SENHOR! - um policial que estava dentro da casa sai de lá com uma folha - ele novamente deixou isso! - ele entrega a folha para o homem que ainda estava ao meu lado e eu posso ver um desenho de caveira desenhado a sangue no papel. Suponho ser o sangue da vítima.

- merda! - ele diz e passa a mão no queixo. - desgraçado, eu vou pegar você!

Olho uma última vez para a casa e logo depois para a mulher que estava um pouco mais calma. Volto a fazer meu caminho para casa e entro, fechando a porta e me encostando na mesma.

- como foi? - Maria pergunta aparecendo na sala - pela sua cara, foi péssimo. - assinto.

- ele foi asfixiado com arame farpado! - caminho até ela que me olhava horrorizada - é, eu sei. É assustador!

- isso é bem mais que assustador. Isso é... é... é... eu não sei, mas isso não é apenas assustador! - ela fala rápido.

- Maria, controle-se! - coloco minhas mãos em cada lado de seus braços - estamos seguras aqui!

- seguras? - ela ri nervosa - aconteceu um assassinato na casa ao lado e acha que estamos seguras? Poderia ter sido uma de nós!

- olhe, se isso te tranquiliza mais, eu irei contratar seguranças para trabalharem aqui, ok? - ela me olha por alguns segundo e assente devagar - ótimo, agora eu tenho que voltar para o escritório! - beijo sua bochecha - me chame se precisar de alguma coisa. - termino e saio da sala indo em direção ao meu escritório.

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Votem e cometem, o cap tá em revisão. Vocês estão suspeitando de alguém?

O LADO QUE VOCÊ NÃO CONHECE (SADIE SINK)Onde histórias criam vida. Descubra agora