S/N POV
-- me ligou? -- pergunto, entrando na sala de computadores de Finn.
Ele para de mexer no computador e me olha.
-- pegamos ele! -- diz, se referindo ao outro assassino.
Meus olhos brilham.
-- me conte tudo. --
-- Ryan Torres, 28 anos, solteiro. -- ele vira a tela do computador para mim, onde havia a foto do sujeito -- trabalhava como gerente em uma filial. Foi demitido após ser pego estuprando a secretária do CEO em sua sala. Sumiu com as provas e não foi preso, mas deixou bem claro que iria se vingar. Vendo sua fixa de assassinatos, o primeiro caso foi o CEO, o segundo...a secretária. --
Bato a mão na mesa com força.
-- desgracado! --
Finn continua digitando.
-- só isso? Eu quero tudo completo! -- esbravejo -- eu quero endereço. Eu quero até o tipo sanguíneo!
-- é para isso que sou pago. -- ele sorriu convencido, anotando algo em um papel e me entregando -- de acordo com o que sei, esse é o hotel onde ele está hospedado. Mas seja rápida, ele muda dia após dia de lugar. --
-- você vem comigo. -- digo, saído da sala e esperando que ele me siga.
[...]
Finn e eu estávamos sentados no restaurante do hotel que Ryan estava hospedado. Olhavamos por todos os lados a procura do sujeito, mas nada dele. Eu estava começando a ficar impaciente.
-- que demora! -- digo, bufando.
-- sua impaciência vai acabar estragando o plano. -- diz Finn, de olho no lugar.
Reviro os olhos e pego meu celular no bolso do casaco assim que ouço uma notificação.
-- fique de olho. --
-- alguém tem que ficar. -- ele diz, revirando os olhos.
Ao ligar o celular, sorrio minimamente ao ver uma mensagem de Sadie.
" Terminei com ele."
" Essa é minha garota." Respondo.
-- S/n...-- guardo o celular ao ouvir Finn me chamar. Ele aponta discretamente com o queixo para a mesa ao lado. Lá estava ele.
-- desgraçado. -- digo, baixo.
-- para de ficar olhando assim, vai estragar o plano. -- Finn me repreende.
-- que se foda o plano. Eu quero matar esse filho da puta! --
-- fica quieta aí, caralho! -- Finn chuta minha perna embaixo da mesa.
Após me recuperar da dor, digo:
-- se fizer isso novamente, você será minha próxima vítima! -- ele arregala os olhos e volta a olhar para o homem que almoçava sozinho -- ah, o que vou fazer com ele vai ser terrível!
-- eu sei que vai...---
[...]
Após o almoço que Finn e eu resolvemos ter enquanto esperávamos o sujeito, o seguimos para fora o hotel. Ele vai em direção a um carro e entra, Finn e eu andamos mais rápido. Me coloco ao lado da janela aberta e digo:
-- com licença...-- o homem se assusta -- desculpe, não queria assustar.
-- o que quer? -- pergunta de uma forma grosseira.
-- o meu namorado e eu queríamos perguntar se poderia nos dar uma carona. -- aponto para Finn, que acena para o homem.
-- tenho cara de Uber, por acaso? --
-- desculpe. Não temos dinheiro para um porque meu namorado esqueceu a carteira em casa. -- continuo -- prometo que é aqui perto. --
O homem revira os olhos e olha para frente, parecendo pensar um pouco. Eu sabia no que ele pensava. Próximas vítimas fácil. Ele sorriu e nos olhou.
-- vamos. -- destravou o carro.
Finn e eu entramos. Me sento ao lado do motorista e Finn se senta atrás, colocando o cinto.
-- obrigada, de verdade. -- digo, sorrindo.
-- disponha. -- ele me olha com um olhar malicioso. Senti nojo, mas continuei sorrindo. -- para onde querem ir?
-- pode ir direto por essa rua. -- Finn diz.
Logo estávamos em movimento.
-- então, o que fazem andando por essas ruas? -- ele puxa assunto.
-- resolvemos almoçar fora, mas esqueci a carteira em casa. -- Finn diz.
-- acontece. -- diz, simplesmente.
-- e você? -- pergunto.
-- estava indo visitar minha mãe doente. -- nem mãe esse desgraçado tem mais.
-- sinto muito. Melhoras para ela! --
Ele olha para o retrovisor.
-- como conseguiu conquistar essa belezinha aqui? -- ele pergunta para Finn, sorrindo para mim.
Senti nojo novamente, mas sorri.
-- foi difícil. -- ele responde -- ela não me queria, mas eu insisti.
-- você ganhou o prêmio máximo, hum? -- ele sorriu de um jeito malicioso.
-- posso ligar o rádio? -- pergunto e ele assente. Coloco a mão em sua coxa e ligo o rádio com a outra. Sorrio ao ver que ele sorria.
"As buscas continuam em Nova York. Sem notícias do paradeiro dos assassinos. Sem vítimas. Sem suspeitos, o que dificulta o trabalho da polícia. "
A notícia continua passando no rádio quando pergunto:
-- uau...será que algum dia isso irá acabar? -- olho para o homem -- toda essa violência.
-- eu espero que sim. -- responde e tenho que me segurar para não revirar os olhos.
-- o senhor não tem medo desses assassinos? Está andando tão despreocupadamente. -- Finn diz. -- vire a esquerda.
-- nessa? -- Finn murmura um "sim."
-- respondendo sua pergunta: não. -- ele deu de ombros -- do que vale a vida se não houver morte? -- ele limpa a garganta -- quero dizer, irei morrer algum dia. E vocês? No que tem medo, mocinha? -- ele coloca a mão em minha coxa. Senti que fosse vomitar.
-- sabe do que não tenho medo? -- pergunto.
-- do que? --
-- do assassino que nunca foi pego! -- olho para ele, sorrindo largo.
Ele logo entende, mas é tarde demais quando Finn coloca um pano com um líquido em seu nariz. Tomo controle da direção enquanto Finn ainda pressionava o pano em seu nariz, com ele lutando para se soltar.
-- relaxa, caralho! -- grito, guiando o carro para uma rua deserta que Finn e eu estávamos o levando desde o começo. Estaciono o carro.
-- ele não dorme! -- Finn exclama.
-- ah, ele vai dormir! -- pego minha arma que estava na parte de trás do cós da minha calça e dou um tiro em sua perna.
Ele grita e conforme esvaziava seus pulmões, também sugava o ar de volta, ingerindo todo o perfume do líquido.
-- idiota, nojento e asqueroso! -- digo, saindo de dentro do carro. Finn faz o mesmo, abrindo a porta do motorista e pegando o corpo desacordado do homem, o colocando no banco de trás do carro. Ele tira sua mochila das costas e pega uma corda que usa para amarrar as mãos do homem. Pega mais uma que usou para amarrar os pés. Por último, ele pega uma mordaça que usou para que o homem fosse impedido de gritar.
Coloco a arma no cós da calça novamente e substituo o lugar do homem no banco do motorista. Finn se senta ao meu lado.
-- o que acha de um passeio? -- me viro para olhar o homem desacordado. -- sim? Ah, ótimo!
Sorrio para Finn, dando partida no carro em seguida.
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Resolvi não colocar ninguém conhecido para ser o assassino, pq ia dar trabalho d+.
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O LADO QUE VOCÊ NÃO CONHECE (SADIE SINK)
FanficUma série de assassinatos começam a acontecer repentinamente em uma cidade que era vista como a mais tranquila desde antes do acontecimento. Uma assassina em massa a solta e uma vizinhança assustada. Sem deixar rastros por onde passa, apenas dificul...