capítulo 13

1.4K 219 85
                                    

S/N POV

-- me ligou? -- pergunto, entrando na sala de computadores de Finn.

Ele para de mexer no computador e me olha.

-- pegamos ele! -- diz, se referindo ao outro assassino.

Meus olhos brilham.

-- me conte tudo. --

-- Ryan Torres, 28 anos, solteiro. -- ele vira a tela do computador para mim, onde havia a foto do sujeito -- trabalhava como gerente em uma filial. Foi demitido após ser pego estuprando a secretária do CEO em sua sala. Sumiu com as provas e não foi preso, mas deixou bem claro que iria se vingar. Vendo sua fixa de assassinatos, o primeiro caso foi o CEO, o segundo...a secretária. --

Bato a mão na mesa com força.

-- desgracado! --

Finn continua digitando.

-- só isso? Eu quero tudo completo! -- esbravejo -- eu quero endereço. Eu quero até o tipo sanguíneo!

-- é para isso que sou pago. -- ele sorriu convencido, anotando algo em um papel e me entregando -- de acordo com o que sei, esse é o hotel onde ele está hospedado. Mas seja rápida, ele muda dia após dia de lugar. --

-- você vem comigo. -- digo, saído da sala e esperando que ele me siga.

[...]

Finn e eu estávamos sentados no restaurante do hotel que Ryan estava hospedado. Olhavamos por todos os lados a procura do sujeito, mas nada dele. Eu estava começando a ficar impaciente.

-- que demora! -- digo, bufando.

-- sua impaciência vai acabar estragando o plano. -- diz Finn, de olho no lugar.

Reviro os olhos e pego meu celular no bolso do casaco assim que ouço uma notificação.

-- fique de olho. --

-- alguém tem que ficar. -- ele diz, revirando os olhos.

Ao ligar o celular, sorrio minimamente ao ver uma mensagem de Sadie.

" Terminei com ele."

" Essa é minha garota." Respondo.

-- S/n...-- guardo o celular ao ouvir Finn me chamar. Ele aponta discretamente com o queixo para a mesa ao lado. Lá estava ele.

-- desgraçado. -- digo, baixo.

-- para de ficar olhando assim, vai estragar o plano. -- Finn me repreende.

-- que se foda o plano. Eu quero matar esse filho da puta! --

-- fica quieta aí, caralho! -- Finn chuta minha perna embaixo da mesa.

Após me recuperar da dor, digo:

-- se fizer isso novamente, você será minha próxima vítima! -- ele arregala os olhos e volta a olhar para o homem que almoçava sozinho -- ah, o que vou fazer com ele vai ser terrível!

-- eu sei que vai...---

[...]

Após o almoço que Finn e eu resolvemos ter enquanto esperávamos o sujeito, o seguimos para fora o hotel. Ele vai em direção a um carro e entra, Finn e eu andamos mais rápido. Me coloco ao lado da janela aberta e digo:

-- com licença...-- o homem se assusta -- desculpe, não queria assustar.

-- o que quer? -- pergunta de uma forma grosseira.

-- o meu namorado e eu queríamos perguntar se poderia nos dar uma carona. -- aponto para Finn, que acena para o homem.

-- tenho cara de Uber, por acaso? --

-- desculpe. Não temos dinheiro para um porque meu namorado esqueceu a carteira em casa. -- continuo -- prometo que é aqui perto. --

O homem revira os olhos e olha para frente, parecendo pensar um pouco. Eu sabia no que ele pensava. Próximas vítimas fácil. Ele sorriu e nos olhou.

-- vamos. -- destravou o carro.

Finn e eu entramos. Me sento ao lado do motorista e Finn se senta atrás, colocando o cinto.

-- obrigada, de verdade. -- digo, sorrindo.

-- disponha. -- ele me olha com um olhar malicioso. Senti nojo, mas continuei sorrindo. -- para onde querem ir?

-- pode ir direto por essa rua. -- Finn diz.

Logo estávamos em movimento.

-- então, o que fazem andando por essas ruas? -- ele puxa assunto.

-- resolvemos almoçar fora, mas esqueci a carteira em casa. -- Finn diz.

-- acontece. -- diz, simplesmente.

-- e você? -- pergunto.

-- estava indo visitar minha mãe doente. -- nem mãe esse desgraçado tem mais.

-- sinto muito. Melhoras para ela! --

Ele olha para o retrovisor.

-- como conseguiu conquistar essa belezinha aqui? -- ele pergunta para Finn, sorrindo para mim.

Senti nojo novamente, mas sorri.

-- foi difícil. -- ele responde -- ela não me queria, mas eu insisti.

-- você ganhou o prêmio máximo, hum? -- ele sorriu de um jeito malicioso.

-- posso ligar o rádio? -- pergunto e ele assente. Coloco a mão em sua coxa e ligo o rádio com a outra. Sorrio ao ver que ele sorria.

"As buscas continuam em Nova York. Sem notícias do paradeiro dos assassinos. Sem vítimas. Sem suspeitos, o que dificulta o trabalho da polícia. "

A notícia continua passando no rádio quando pergunto:

-- uau...será que algum dia isso irá acabar? -- olho para o homem -- toda essa violência.

-- eu espero que sim. -- responde e tenho que me segurar para não revirar os olhos.

-- o senhor não tem medo desses assassinos? Está andando tão despreocupadamente. -- Finn diz. -- vire a esquerda.

-- nessa? -- Finn murmura um "sim."

-- respondendo sua pergunta: não. -- ele deu de ombros -- do que vale a vida se não houver morte? -- ele limpa a garganta -- quero dizer, irei morrer algum dia. E vocês? No que tem medo, mocinha? -- ele coloca a mão em minha coxa. Senti que fosse vomitar.

-- sabe do que não tenho medo? -- pergunto.

-- do que? --

-- do assassino que nunca foi pego! -- olho para ele, sorrindo largo.

Ele logo entende, mas é tarde demais quando Finn coloca um pano com um líquido em seu nariz. Tomo controle da direção enquanto Finn ainda pressionava o pano em seu nariz, com ele lutando para se soltar.

-- relaxa, caralho!  -- grito, guiando o carro para uma rua deserta que Finn e eu estávamos o levando desde o começo. Estaciono o carro.

-- ele não dorme! -- Finn exclama.

-- ah, ele vai dormir! -- pego minha arma que estava na parte de trás do cós da minha calça e dou um tiro em sua perna.

Ele grita e conforme esvaziava seus pulmões, também sugava o ar de volta, ingerindo todo o perfume do líquido.

-- idiota, nojento e asqueroso! -- digo, saindo de dentro do carro. Finn faz o mesmo, abrindo a porta do motorista e pegando o corpo desacordado do homem, o colocando no banco de trás do carro. Ele tira sua mochila das costas e pega uma corda que usa para amarrar as mãos do homem. Pega mais uma que usou para amarrar os pés. Por último, ele pega uma mordaça que usou para que o homem fosse impedido de gritar.

Coloco a arma no cós da calça novamente e substituo o lugar do homem no banco do motorista. Finn se senta ao meu lado.

-- o que acha de um passeio? -- me viro para olhar o homem desacordado. -- sim? Ah, ótimo!

Sorrio para Finn, dando partida no carro em seguida.

____________________________________________

Resolvi não colocar ninguém conhecido para ser o assassino, pq ia dar trabalho d+.

O LADO QUE VOCÊ NÃO CONHECE (SADIE SINK)Onde histórias criam vida. Descubra agora