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Coronel: Como vão, tenentes? —Escutei a voz grave do Coronel atrás de mim, respirei bem fundo antes de me virar para ele.

Lara: Coronel. — Falei ficando em posição de saudação.

Rafael: Coronel, gostaríamos de fala sobre um assunto realmente importante, com o senhor. — Falou tomando a frente da situação.

Coronel: Novidades sobre a investigação?— Perguntou e o Rafael afirmou com a cabeça. — Venha os dois para a minha sala.

O Rafael me olhou de relance, e eu sorri para ele em agradecimento.

Caminhamos até a sala do Coronel, que ficava a poucos centímetros da minha mesa.

Assim que entramos na sala o Coronel começou a falar.

Coronel: Vou ir direto ao assunto, quero que vocês parem agora mesmo com essa investigação. — Falou fazendo eu arregalar os meus olhos surpresa.

Rafael: Como assim encerar? É tudo o que a gente descobriu até agora sobre o envolvimento dessa mulher no tráfico, alguns políticos estão envolvidos com ela. — Falou deixando a sua indignação visível em seu tom de voz.

Coronel: Que eu saiba ser prostituta ou até mesmo dona de um bordel ainda não é crime, tenente. — Rodrigo falou gesticulando as mãos.

Rafael: Mas ter envolvimento com o tráfico é!

Lara: É todo o tempo que nós gastamos nessa investigação? Não podemos simplesmente apaga tudo.  — Falei e o Coronel me olhou como se tudo aquilo fosse um saco.

Coronel: A decisão está tomando. Larissa, você deveria se conforma com a prisão do seu ex marido. — Falou me fazendo sentir nojo dele.

Lara: Quando for se referir a mim não vincule o meu nome com o do meu "ex marido".  — Falei fazendo aspas com as mãos na parte de "ex marido", e abrindo um sorriso falso para ele.

Rafael: Espero que estejam te pagando bem por isso, saiba que você escolheu o lado errado. Coronel. — Falou saindo da sala antes que o Rodrigo, pudesse dizer algo.

Coronel: Tenente você sim, é uma mulher inteligente, tire essa ideia da cabeça dele se quiser que ele continue vivo.

Lara: Babaca. — Sussurrei saindo da sala.

(...)

Estávamos num café ao lado do quartel.

Rafael: Isso ia acontecer uma hora ou outra, só não sabia que ele ia se vender para uma cafetina. — Rafael falou tomando um pequeno gole de seu café.

Lara: Desembuchar! — Falei achando o comportamento dele muito estranho.

Ele pegou o seu celular em cima da mesa, começando a mexer nele aparentemente tentando achar algo.

Rafael: A cafetina é ninguém menos do que a mãe do.Branquinho. — Falou me mostrando uma foto da cafetina na tela do celular.

Lara: Como você descobriu isso? — Falei tentando não mostra interesse.

Rafael: Eu tenho os meus contatos, o fato é que aparentemente eles não se dão bem... — Revirei os olhos percebendo onde ele queria chega.

Lara: Aí você viu a oportunidade perfeita, para fazer o Branquinho de marionete, e ajuda você a pega ela. — Falei percebendo o seu plano mirabolante.

Rafael: Você esqueceu da parte em que eu te uso para chegar até ele. — Falou colocando os dois braços sobre a mesa.

Lara: Não conte comigo, eu estou fora. Eu não quero volta a me envolve no meio disso, a minha vida está perfeita e tranquila o suficiente. — Falei gesticulando as mãos.

Rafael: Você me deve isso, por eu não ter te entregado para o departamento. — Falou e eu franzi a testa.

Lara: É incrível como a conta sempre chega. — Falei olhando pros lados buscando por ajuda.

Lara: Eu aceito, mas com uma condição. Eu não irei enganar ele, eu contarei ao Branquinho cada passo do seu plano. E se ele aceitar é só consequência.

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