Seu silêcio

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[ FRANÇA: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ]

Nayeon estava sentada novamente no local, ao qual no dia anterior teve a maior decepção de sua vida. Ela sabia que Tzuyu era fechada e com dificuldades em seus demonstrar sentimentos, mas forçar um relacionamento, forçar uma história, forçar um amor? Isso era demais para ela suportar. Apoiava o rosto nas mãos, estava em lágrimas. Suas pernas estavam dobradas, recebiam todo o líquido que escorriam de seus pequenos olhos.

   Sentia seu estômago revirar, nem sabia como conseguiu dormir ao lado de sua falsa amada na noite passada. Ela precisaria conversar com a Chou, mas não tinha coragem. Seriam palavras duras demais para serem ditas pela garota e encarar o rosto de Tzuyu por uma última vez assim era muito.

— Chega disso! É muita melancolia. Nayeon, você não é assim! — Falou alto para si mesmo, saindo de sua posição de dar dó. Levantou-se e foi tomar um banho.

A água escorria por seu corpo parecendo limpar toda a tristeza que sentia no momento. A temperatura baixa acalmava sua alma. Ela adorava um bom banho frio. Porém, quando terminou ficou estática, apoiava-se na parede com um dos braços e o outro acariciava sua própria nuca.

"Então, é assim! Ela nunca me amou! Mas por quê? Por que fingir, Chou? O que te fez pensar que isso seria bom para mim?"

Mal ela sabia que nem ao menos Tzuyu saberia responder essa pergunta. Não havia um motivo concreto, mas sim pequenas motivações. Na cabeça de Nayeon, naquele momento, Chou Tzuyu era apenas uma psicopata sem emoções. Sua mágoa estava tão forte. Ela precisava se afogar em algo... bebida!

Foi no bar mais escondido da cidade para que não chamasse a atenção de ninguém. Haviam poucas pessoas no lugar, aliás, ainda era meio dia. Sentou-se e logo um barman se aproximou.

— Boa tarde, senhorita! No que posso ajudar? — Sorria. — Tão cedo assim já bebendo?

— boa tarde. — Riu da própria situação. — Nem eu sei direito o que estou fazendo, apenas preciso sair de mim um pouco! O que você recomenda?

— Talvez uma terapia ou algo assim! — Gargalhou. — Estou brincando! Indico um vinho branco. Sei que parece pobre da minha parte, mas se é para esquecer algo, é melhor um vinho para não perder a classe!

— Talvez tenha razão... Pode ser isso mesmo.

O homem pegou a garrafa e colocou um pouco em uma taça, deu na mão da mulher e ela engoliu em apenas uma virada.

— Está querendo esquecer a guerra por acaso?

— Se bem que seria uma boa, meio que ela é a causa de tudo mesmo!

— Realmente, essa guerra está acabando conosco. Nem sei como na nossa região ainda podemos viver um pouco normalmente. Parece até que sorte demais.

— Sorte é a última coisa que estou tendo! Eu pensei que tivesse tudo, mas descobri que eu não era nada. — Rodou o dedo pela borda da taça.

— Uau, que paradoxo interessante. Quer contar mais? — Ele realmente parecia interessado no assunto. Até porquê um garçom de bar 24 horas não tem muito o que fazer em um horário como aquele.

— Não há muito o que dizer... Parece que a sorte não está ao meu favor, apenas isso! Nada da certo desde que me entendo por gente e quando parecia estar indo no caminho, uma grande pedra surgiu. Preferia que o mundo explodisse. — Simulou uma explosão com as mãos.

— Cuidado com o que deseja, senhorita...

[ FRANÇA DIAS ATUAIS ]

   O banco tinha fechado mais cedo por causa de algum ferido religioso. Sana não fazia ideia de qual era, já que não seguia nenhuma religião, apenas acreditava que a Rihanna era superior à todos.

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⏰ Última atualização: Jan 04, 2022 ⏰

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