Esse era o famoso presente de aniversário, sem dúvidas eu não sabia como agir naquela situação. No outro dia precisava colocar o bonitão pra funcionar e com a ajuda de Caio, consegui terminar de configurar o androide.
O rapaz teve a brilhante ideia de escolher o sotaque e o jeito do robô, eu só fiquei sentada observando.
— Bom, acho que era só isso que faltava... Faça um bom aproveitado e aguardo o seu relatório. — O garoto falou terminando de ajeitar suas coisas numa mochila. — Daqui a três minutos ou menos, o Lucas já vai está funcionando normalmente.
— Bom, obrigada Caio. — Dei um leve sorriso. — Eu te levo até a porta.
— Vai na frente que te sigo. — Ele diz ajeitando o óculos.
Levei o garoto rapidamente a saída da minha casa, antes de sair por completo ele ainda ganhou uma marmita com doce da festa anterior, Aparecida adorava o Caio de graça, aliás quem não gostava daquela criatura doida?.
Voltei para o meu quarto normalmente, eu ia esperar o androide carregar toda a configuração para o seu funcionamento. Ao abrir a porta do meu quarto, vejo ele de pé observando os polaroids que tinha perto do meu computador.
Nervosismo, era o que eu senti naquele momento.
— Olá, você deve ser o Lucas. — Dei um sorriso. — Eu me chamo... — Sou interrompida.
— Eduarda Collins, mais conhecida como a burguesa da classe alta. — Escuto a voz dele pela primeira vez.
Que bela voz.
— Burguesa? Na onde você tirou isso?. — Falei colocando a mão no peito, nem fiquei ofendida graças a Deus.
— Nas minhas pesquisas. — Ele continuava de costas. — Os jornais gostam de te chamar de a queridinha de São Paulo.
Eu imaginava isso, o pessoal da imprensa adorava me chamar de senhorita mimada, a herdeira de um império, a queridinha da cidade, filhinha de papai, entre outros.
— Bom, mas quem me conhece sabe que não sou assim. — Falei tentando me justificar.
— Eu sei que você não é assim. — Lucas fala e se vira para mim. — Tenho certeza que vamos nos conhecer perfeitamente.
Ele da um sorriso e pela primeira vez fiquei paralisada, sem saber o que fazer ou falar. Gostaria de entender como esse pessoal da CyberLife conseguiu desenvolver algo com uma beleza surreal?.
— Tá tudo bem? Você precisa de alguma coisa?. — O androide fala com um voz preocupante.
— Que? Na-nada. — Quero me matar por conta dessa gagueira. — Eu só estou impressionada.
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𝐑𝐨𝐛𝐨𝐭 𝐇𝐞𝐚𝐫𝐭 | 𝐋𝐳𝐢𝐧𝐧
Fanficonde Eduarda ganha do seus pais um robô com características humanas. Mas com o tempo ela percebe que por trás daquela máquina, existe um sentimento a ser descoberto. 𝒍𝒐𝒏𝒈-𝒇𝒊𝒄 || 𝒑𝒍𝒂𝒈𝒊𝒐 𝒆 𝒄𝒓𝒊𝒎𝒆 capa por @loudshine