Ivy Williams
Passei a maior vergonha da minha vida, que dia ótimo.
Imagina, abraçar um desconhecido pensando que é o seu melhor amigo?
Vejo Reggie atrás do garoto que acabei de praticamente amassar de tão forte que o apertei.
Encontro meu olhar com o desconhecido, ou talvez conhecido pois seu rosto é muito familiar.
Ele me encarava com uma expressão confusa, e eu me perdi nos olhos castanhos, agora que percebi o quando ele é lindo.
Depois de alguns segundos desvio o olhar, sentindo minhas bochechas corarem. Ótimo, ele está rindo de mim agora, que vergonha.
O sorriso dele seria minha perdição.
Cala a boca consciência, você nem conhece ele.
Dou um sorriso falso e olho para minha mãe, que segurava o riso, vendo minha cara envergonhada.
Finalmente encaro Reggie, que está sorrindo e vem em minha direção. Dessa vez abracei o garoto certo. Cumprimento a Maria e o Nate, pais do meu amigo e minha mãe os convida para entrar.Nossos pais se sentam na mesa da cozinha, ainda esperando a lasanha ficar pronta. Sim, lasanha mesmo, é minha comida favorita.
– Filha – minha mãe me chama – por que não se senta no sofá e coloca o assunto em dia com o Reggie? – pergunta.
– Claro, vamos? – aceno com a cabeça para o garoto, que me segue e chama o desconhecido.
Nos sentamos os três no sofá, e eu no meio, odeio isso, me sinto espremida.Sou uma pessoa espaçosa, infelizmente.
Reggie percebe meu desconforto, pegando minha perna e colocando no colo dele. Não reclamo, apesar de ficarmos longe muito tempo, não vou brigar sendo que ele está apenas tentando me ajudar.
– Então, como foi viver sem mim por tanto tempo? – pergunta convencido como sempre.
– Foi muito bom, ninguém mais roubou meus bombons que escondia na caixinha de joias – respondo, percebendo sua carinha triste, continuo – estou brincando, senti muito sua falta, não é bom morar longe de você e das duas chatinhas lá – explico.
– Também senti muito sua falta – me puxa para dar um abraço de urso, e sinto meu vestido subindo atrás, dando uma visão não muito agradável ao sujeito do meu outro lado.
Pigarreio, e Reggie nota o que quis dizer, logo me solta e eu arrumo minha roupa novamente.
O loirinho me encara, com um sorrisinho de lado, e finalmente se pronuncia:
–
Eaí gatinha – passa o braço sobre meu ombro, me fazendo arregalar os olhos – que foi? – gatinha? Nem te conheço garoto, que intimidade é essa?
– Eu que pergunto, quem é você? Por que tá falando comigo como se tivéssemos intimidade? – retruco, tirando seu braço de perto de mim.
Ele ergue uma sobrancelha, e encara Reggie atrás de mim, tentando entender o que eu disse.
Os dois se olham e caem na gargalhada, deixando-me confusa.
– Você não se lembra de mim? – faz uma cara magoada, e olho assustada para o meu amigo.
– Quem é ele? – sussurro.
– Meu irmão, o Vinnie – nome meio familiar – Como assim você não lembra dele? Brincamos nossa infância toda Ivy – ele fala, meio decepcionado por eu não entender nada.
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PROVOCATIONS - Vinnie Hacker
RomanceIvy Williams volta para sua cidade natal, Seattle, depois de 10 anos morando em Londres. Em sua mente as coisas por lá estavam iguais desde que foi embora. A diferença é que tudo estava muito diferente. Com "tudo" quero dizer que agora Vinnie Hacker...