Shivers

I'm the Only One Who Can Save You

N/A: GENTE, EU SEI! MAS CHEGOU NUM PONTO QUE EU NÃO CONSIGO MAIS SEGURAR MINHA CRIATIVIDADE. Entonses, espero que aproveitem, essa história tem uma leve inspiração no livro Neon Gods, é um livro ótimo tem bastante p0taria. Eu acho que isso descreve um livro bom kkkkkkkkkkk

—Não dá mais! Desde que seu pai sumiu eu não tenho mais condições para custear essa casa sozinha....— Minha mãe falou seriamente desesperada passando a mão pelo cabelo

— Ué faz mais um emprestimo...— Falei tirando a atenção da tela do celular

—Você ficou maluca menina? Claro! E assim a gente vai para na rua, pois se eu não tenho dinheiro para pagar as contas desse mês, eu não terei do próximo e muito menos um "empréstimo", caso a mocinha "sabe tudo" não saiba todo o empréstimo que é feito no banco tem uma taxa de juros e conforme o tamanho do empréstimo os juros aumentam e a gente tem que pagar...— Minha mãe bufa em decepção

—Ta e você quer que eu faça o que? — Perguntei largando o celular na mesa

—A primeira coisa arranjar um trabalho meio período, estão procurando aqui na escolinha primária aqui perto de casa... A segunda, as suas joias, me de todas vou penhorar junto com as minhas... Nós temos que nos ajudar S/N...—Minha mãe falou pegando a calculadora novamente

—Ewww, trabalhar com criança...— Falei fazendo uma cara de nojo

—É isso ou eu te vendo para mafia sua insolente zinha, já recebi uma oferta enorme de ienes por você. — Minha mãe falou — Não me custa nada ligar para o Sr. Shun para dizer que eu aceito a oferta e me livro de todas minhas dívidas...— Minha mãe falou em um tom ameaçador

— Credo mãe...— Falei com medo

—Então a Srta esteja ciente que amanhã tem que ir com o uniforme "normal" para pedir emprego ali na primeira hora do dia...e não essa coisa que você chama de uniforme. — Minha mãe falou — Aproveite e chame sua irmã mais nova aqui para baixo... Quero conversar com ela.— Minha mãe falou ao me ver subindo em silêncio

Eu sou a filha "perfeita" da minha mãe, minhas irmãs nada mais são do que problema para ela. A única que não dá dores de cabeça e se livrou desse inferno é minha irmã mais velha, que casou com um homem capacho, que faz tudo por ela... Aquele maldito do meu pai, ele esperou só minha irmã mais velha casar para dar no pé e desde então eu tenho apoiado minha mãe nas loucuras dela, minha mãe é uma pessoa carinhosa, ou pelo menos era. Até descobrir que meu pai trocou ela por uma menina da minha idade praticamente, mas vocês devem estar se perguntando "Mas S/N, quem é o Sr. Shun?" Ele é um velho rico, nojento que fica olhando para mim como se eu fosse um pedaço de carne andando por aí, é bem típico dele aquele tipo de proposta, mas acho que minha mãe não me venderia para ele. Eu acho. Bati na porta do quarto da minha irmã mais nova e logo a porta se abriu, a cara de sono da minha irmã mais nova entregava que ela não estava estudando e sim dormindo em cima dos livros

—Mamãe quer falar com você!— Falei e sai da frente dela e fui para o meu quarto e assim que fechei a porta, bufei. Crianças nunca foram meu tipo favorito de evolução humana, mas por mais inacreditável que pareça elas se dão bem comigo... Falta só mais uns meses para acabar a escola e eu fugir desse inferno, mas para isso eu tenho que continuar obedecendo minha mãe cegamente. Ouço uns berros de briga, mas não me importo em olhar, as duas estão sempre brigando, dessa vez não seria diferente. Pego minhas jóias que tinham mais valor organizo, depois pego um dos meus uniformes que eu ainda não havia customizado e ponho esticado para que não amasse. Mando mensagens para minhas amigas, e vou dormir. No outro dia o despertador toca e eu vou para minha rotina normal, apenas deixando as minhas jóias na frente da minha mãe, que estava apagada na mesa em cima das contas, não é fácil ter sido deixada para trás assim, sem nem ter como sustentar as filhas menores, e ainda por cima com um trabalho que humilha a existência da minha mãe. Olhar aquela cena me deprime... Saio de casa o mais rápido que posso e vou em direção a escolinha primária, e escuto alguém me chamando...

— Sabe que sua mãe te vendeu para mim, não é?—A voz daquele velho odioso aparece na minha cabeça

— O que?— Perguntei sem entender com um meio sorriso simpático pensando que aquilo seria apenas uma brincadeira de mal gosto

— Ela me ligou faz umas semanas, eu já paguei o que ela pediu por você! Olhando você assim, tão arrumadinha me faz querer te colocar contra essa parede e te ter aqui mesmo...— Sr. Shun falou enquanto chegava perto de mim

—Não, minha mãe me ama, você deve estar enganado...— Falei com medo e já caminhando para trás meu coração estava na minha garganta. Até que um homem berra

—POLÍCIA! TEM UM ABUSADOR AQUI...— E o Sr. Shun se distrai e eu saio correndo em direção a porta que estava aberta, meus olhos estavam abertos o suficiente para saltarem do meu cranio, minha respiração estava ofegante. Minhas pernas tremiam, aquele horário da manhã só tinha eu e o Sr. Shun na rua quando olho para cima, um homem com feições gentis me olhava com preocupação, olhei em volta e haviam muitos desenhos infantis. — Moça, você está bem? — O homem com cabelos acinzentados falou gentilmente, minha visão me abandonou e eu desmaiei... acordei um tempo depois coberta por uma jaqueta de couro preta e em um sofá. —Aleluia você acordou...— O homem novamente falou comigo — Eu estava preocupado com você! Olha, você vai ter que voltar para casa, você não tem condições de continuar assim...— O moço falou se sentando na mesa que estava na frente daquela salinha

—Moço, eu não posso voltar para casa...— Eu falei sentada no sofá

—O que? — O homem arregala os olhos

—Minha mãe me vendeu para aquele velho nojento... para manter o estilo de vida confortável dela... — Falei tremendo

—Olha, pode ser que ele estivesse falando aquilo para te desestabilizar e poder fazer o que quiser com você...— O homem estava tentando ser racional

—Minha mãe me ameaçou ontem em me vender para esse homem, logo eu que sou a filha mais obediente dela... eu não tenho para onde correr...— Falei desesperada e lágrimas corriam pelos meus olhos — Eu preciso fugir...— Falei minha adrenalina estava nas alturas

— E vai se sustentar como? — O homem falou em um tom de deboche

—Eu vou ver...— Falei ainda trêmula

—Fica aqui até o final do dia, se ainda estiver com vontade de "fugir" eu tenho uma proposta para te fazer...— O homem falou e saiu da salinha me deixando sozinha com os meus pensamentos e escuto as crianças rindo felizes