The Deal

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Tomo coragem para olhar pelo vidro que separava a sala do corredor e percebo que eu realmente consegui entrar na escolinha na minha rua, mas eu não poderia ficar aqui parada pensando em mil e uma teorias. Peguei meu celular e digitei o numero da minha irmã mais velha

"O que você quer pirralha?" Minha irmã mais velha não era das mais carinhosas, mas com certeza sabia de algo

"Eu tô escondida daquele velho nojento aqui na escolinha primária da nossa rua..." Falei séria e escutei a minha irmã suspirar

" O que foi dessa vez?" Minha irmã suspirou

"Aquele velho nojento falou que a mamãe me vendeu para ele..." Falei, e a vontade de chorar voltou aos meus olhos

"Mamãe não seria louca de fazer isso com a filha preferida dela..." Minha irmã pareceu chocada

"Mas ele falou com tanta certeza, a mamãe me falou ontem sobre a proposta que ele tinha feito para ela e você sabe..." Falei abraçando minhas pernas

"Calma, ok? Vou tentar falar com a louca da nossa mãe e você não inventa de sair sozinha. Tá bom? Isso é muito sério..." Minha irmã falou tentando me acalmar, mas em vão "Ei, fica calma, você está segura aí, certo? Fica aí até o final do dia e espera para eu te retornar." A voz da minha irmã adocicou quando ouviu meus soluços

"Ta bom, te amo!" Falei desesperada

"Eu também te amo, sua pirralha..." Minha irmã falou e desligou

Ouvi pequenas batidas na porta e abri uma frestinha para ver quem estava batendo na sala do diretor da escolinha, quando olho para baixo vejo uma menininha doce com maria chiquinhas prendendo seu cabelo

—Nee-chan, Porque você tá chorando?— A menininha perguntou, ela aparentava ter uns cinco anos mais ou menos

—Por motivos pessoais da nee-chan, o que você tá fazendo bisbilhotando pelo corredor?— Perguntei abrindo mais a porta e secando rápido minhas lágrimas

— Não chora nee-chan, minha mãe falou que qualquer que seja o motivo do choro ele já está no passado.— A menina falou e puxou minha saia — Toma!— A menina me entregou uma bala — Doces me ajudam a ficar calma...— A menina falou um pouco nervosa, de certo modo ela me lembra a peste da minha irmã mais nova, quando tinha a idade dela.

—Obrigada por sua gentileza, mas agora vai para aula ou a sua professora vai ficar brava...—Falei e a menina sorriu e saiu correndo para a sala, fechei a porta e olhei para aquele doce na minha mão... Suspirei. Ando nervosa por aquela sala e recebo várias mensagens das minhas amigas

"Onde você está?" MariBitch

"Deu para faltar aula?" AkemiNerd

"Estou com problemas, depois eu conto para vocês..." S/N

Bloqueei meu celular e me sentei na cadeira onde aquele homem com feições delicadas, mas atitudes heroicas estava sentado quando abri meus olhos. Que proposta aquele homem tem para me fazer... Bufei em impaciência, mas não demorou muito para que minha irmã mais velha me retornasse

"É verdade, eu pressionei a mamãe e ela me contou tudo..."Minha irmã falou com uma voz séria

"Então eu tenho que fugir..." Falei preocupada

"Sim, vá o mais longe que puder daí. Eu não posso te receber aqui porque meu marido é chato com essas coisas, então tenta ver alguma amiga e foge. Menti para mamãe dizendo que você estava na aula..." Minha irmã falou "Agora mais tarde liga para ela e faz de conta que está tudo indo conforme ela planejou, ok?" Minha irmã falou

"Obrigada por tudo irmã!" Falei e desliguei

Parece que o destino estava me empurrando novamente para o desespero, mas o homem que me salvou entrou na sala e sorriu

—Que bom te ver em pé...— O homem falou — Ah, meu nome é Koshi Sugawara! Sou o diretor dessa escola primária. — Sugawara falou e eu me curvei

— Prazer Sugawara senpai! Me chamo S/N...— Falei me curvando

— Ah quanto tempo eu não escuto a palavra senpai...— Sugawara pareceu um pouco nostálgico

— Sobre a proposta que você tinha a me fazer...— Falei mudando de assunto

— Ah! Estou precisando de gente para ficar na minha casa, eu acabei comprando uma casa grande de mais para uma pessoa só... Mas você terá de fazer as tarefas domésticas, tipo lavar, cozinhar, limpar a casa. Em troca eu deixo você morar lá na minha casa, e posso levar você para sua escola...— Sugawara falou descontraído

— Só isso?— Perguntei, para mim aquilo era fácil, eu já fazia isso lá em casa mesmo...

—É, praticamente isso... — Sugawara falou — Então temos um trato?— Sugawara perguntou erguendo a mão

— Sim!— Falei e logo que nossas mãos tocaram pude sentir uma eletricidade passando pelo meu corpo

ShiversOnde histórias criam vida. Descubra agora