CAPÍTULO VINTE E CINCO

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Louis saiu de sua casa o mais rápido que conseguiu, sentindo seu corpo tremer e seu cérebro implorar para se esconder. Sua garganta doendo como o inferno de tanto segurar o choro. O vento batendo em seu rosto com tanta força quanto seu coração batendo em seu peito, que ansiava por um pouco de paz e cuidado. Que ansiava por parar de sentir saudade, mesmo que fosse impossível.

Entrou como um furacão no carro de Harry, tentando impedir suas lágrimas e soluços, deixando claro para Styles que havia algo errado.

— Tudo bem, Lou? — Harry aproximou seu rosto, preocupado.

— Bem. — Louis sussurrou, sentindo que se falasse mais alto, choraria. — Podemos só ir?

— Claro. — Styles abaixou sua voz ao mesmo tom de Louis, decidindo não insistir e deixá-lo quietinho, partindo com o carro. — Vou pegar uns lanches para nós no Mc, e então vamos ao lugar que te falei. — Tomlinson apenas assentiu, encostando a cabeça na janela, tremendo suas pernas e brincando com seus dedos.

Harry se preocupava e sabia que Louis estava prestes a chorar. Queria saber o que estava acontecendo e cuida-lo, mas não insistiria no assunto se não era o que Louis desejava.

Quando eles pararam no Drive Thru do restaurante, Styles ainda podia ouvir Louis ofegante sem encará-lo. Ele foi rápido ao levar sua mão a dele, entrelaçando elas.

— Louis, respire, por favor. — Pediu, aflito.

E Tomlinson tentou. Tentou ao mesmo tempo que tentava segurar o choro e as palavras e a dor e a raiva. Tentou segurar tudo ao mesmo tempo e sentiu que não aguentaria. Levou sua cabeça até o ombro de Harry, temendo desabar quando ele entrelaçou suas mãos, encostando a testa no ombro dele e fechando fortemente os olhos, querendo gritar com a dor do nó em sua garganta.

E ele não se deixou chorar por nenhum segundo. Não deixou uma lágrima cair. Porque estava cansado de decepcionar seu pai. Estava cansado de ser um peso para sua mãe e um péssimo exemplo para sua irmã. Chorar só o faria sentir pior, ele não choraria. Não ali.

Harry levou sua outra mão até os cabelos de Louis, acariciando eles, preocupado e angustiado, aproximando seu rosto da cabeça dele e cheirando-o.

— Você quer contar o que aconteceu? — Tentou outra vez, baixinho e meigo, agoniado como a respiração desregulada de Louis, que apenas negou com a cabeça, tentando se manter firme como deveria. Ele só se afastou do corpo de Harry quando a vez deles na fila chegou, e voltou a descansar a cabeça na janela enquanto Styles pegava o saco de papel.

Harry dirigiu até seu lugar importante, que não era perto do centro da cidade, então eles ficaram algum tempo no carro. Louis não disse nenhuma palavra, quieto sobre a janela, ainda com sua mão entrelaçada a de Harry, que voltou a apertar a sua assim que colocou o saco com os lanches no banco de trás.

— Vem comigo, Lou. — Eles saíram do carro quando Harry parou em o que parecia um parque sem portões e pouco iluminado. Andou com Louis por dentro do lugar, e o de olhos azuis mal conseguia focar para observar, atordoado demais, se mantendo em pé com a mão de Styles na sua.

Mas Harry pediu que ele olhasse. E a visão que teve até o distraiu por alguns minutos.

Depois de passar por muitas árvores altas e cheias, Harry levou Louis a um espaço limpo delas, pequeno um pouco para frente, acabando no início de um lago grande e bonito que refletia sob a luz da noite. Era muito limpo e devia ser maravilhoso com a luz do dia, mas a noite deixava aquele lugar mais incrível ainda. Tomlinson respirou fundo o cheiro da natureza, tentando não se sentir um caos.

Count The Stars With Me || l.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora