"Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente." (William Shakespeare)
Henrique Foster, vinte e oito anos. Esse era eu, antes do meu trágico acidente acontecer e eu vir parar em uma maldita cadeira de rodas.
Eu sempre levava a vida com leveza, vivia como se não houvesse o amanhã. Não tinha medo de se arriscar, adorava coisas radicais. Tenho uma coleção de carros esportivos e motos, eram minha paixão, a velocidade era tudo pra mim, sentir o vento, a brisa batendo em nosso rosto, droga!
Sou CEO da revista Foster de New York, meu pai passou a empresa pra mim faz uns cinco anos. Sim, sou um bilionário e tinha tudo na vida, uma noiva perfeita aos meus olhos, luxos e sem medo de ser feliz, mas infelizmente a felicidade dura pouco.
Sofri um grave acidente de moto, perdendo os movimentos das minhas pernas e junto, minha noiva. Carrego esse fardo já há quatro meses, eu me tranquei pro mundo, quando ela descobriu que eu iria ficar em uma cadeira de rodas, me abandonou e até hoje, nunca tive uma notícia dela. Ela me acompanhava nas minhas loucuras, pra mim era a mulher da minha vida.
Nós estávamos juntos a sete anos, eu enrolei, enrolei muito pra pedi-la em casamento, sou um espírito bem livre e queria aproveitar a vida, até o dia que ela me colocou contra a parede e por medo de perda-la, fiz oque tanto desejava, a pedi em casamento.
Minha família nunca me apoiaram com Nathalia. Me diziam que ela apenas estava comigo por conta do nosso dinheiro, porque eu era assim, ela queria, eu comprava e a dava. Eu a mimava mesmo, amava e ainda amo aquela mulher, mas infelizmente, minha família tinha razão. Eu posso contar nos dedos, as pessoas que continuaram do meu lado após esse acidente.
Meu pai contratou vários fisioterapeutas, tanto homens quanto mulheres, mas todos correram de mim facilmente, me tornei uma pessoa terrível, onde não há mais esperanças, vontade de viver. Apenas quero ficar aqui, no meu canto, morrendo aos poucos.
– Henrique, já chega meu filho, a empresa precisa de você e você precisa se reerguer nessa vida. - meu pai adentra porta a dentro do meu quarto, eu estava pela janela, observando aquele jardim enorme, o sol estava forte e o céu limpo, eu não havia mais colocado os pés naquele jardim, claro que ironia.
– Eu já disse que daqui eu só sairei quando for pra um caixão.
– Não diga isso, sua mãe está sofrendo por sua culpa. Você está nos matando aos poucos Henrique. Sua irmã precisa de você, ela não está dando conta daquele lugar sozinha e eu estou velho, aposentado, não queria que eu vá fazer o seu trabalho não é?
Suspiro impaciente e apoio minhas
mãos na roda da cadeira, me afastando e me virando pra poder encara-lo. Meu pai arqueia a sobrancelha, ele era um homem saudável, bem apresentado e muito, muito melhor que eu.
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Amor e Superação
RomanceHenrique sofreu um acidente com oque mais gostava de fazer, ficando assim, paraplégico e se trancando pro mundo. Seu diagnóstico médico diz que é possível a voltar a andar, com procedimentos certos e com um profissional na área. O que ele não sabia...