Capítulo 6

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Harry

Nos separamos e levantamos rapidamente e nos olhamos antes de cair na gargalhada, um trovão corta o céu e nós corremos até a porta que da no hall. Ainda estamos rindo igual idiotas enquanto esperamos o elevador, entramos e estamos totalmente ensopados.

- Puta que pariu, da onde veio aquela chuva? - Louis diz ainda rindo.

Ele passa a mão no cabelo, transformando a tigelinha natural em um topete molhado com uma mechinha caindo em sua testa, seus olhos estão ainda mais azuis e ele retirou o moletom ensopado, a camiseta branca gruda em seu corpo, seus cabelos mais escuros destacam seus olhos e acho que nunca o vi tão lindo.

- Foda-se. - Eu digo e agarro sua cintura com uma das mãos, levo a outra a seu pescoço e colo nossos lábios.

Não estou pronto para as borboletas voando pelo meu corpo e tenho quase certeza que um raio da tempestade passou por mim, eu peço passagem com a língua e sua boca é quente diferente da água gelada em nossos corpos.

O beijo é lento e perfeito, ele explora minha boca e segura os fios da minha nuca, sua cintura encaixa em minha mão e eu o prenso na parede. Me abaixo para que ele não fique muito na ponta dos pés, eu sei que estamos chegando no térreo mas seu beijo é viciante, sua boca tem gosto de chiclete de hortelã e seu cheiro de maçã verde está misturado com a chuva o deixando ainda melhor.

Quando escuto o barulho do elevador eu afasto nossos lábios, Louis está lindo, seus lábios rosados inchadinhos e molhados mas então noto que ele estava tremendo.

- Meu Deus, você está gelado. - eu tento afastar meu corpo para sairmos do elevador.

- Não! Não sai de perto ou eu vou ter uma hipotermia, mesmo todo molhado você é quente. - Ele abraça meu tronco e eu dou um sorriso de lado.

- Vamos, eu vou te levar pra casa e fazer um chocolate quente pra você. - Ele apenas acena com a cabeça.

Eu dou um breve aceno para Luke e não perco tempo em colocar Louis no carro e ligar o aquecedor, ele está encolhido no banco e eu quero morrer porque mesmo com o aquecedor a água em nossas roupas está muito geladas. Eu dirijo o mais rápido que posso e chegamos ao seu apartamento, ele recolocou o moletom encharcado e posso vê-lo tremer, o abraço e vamos até o elevador.

Ele nem precisou pedir para que eu suba, apenas o levo e tento esquenta-lo ao máximo. Tento não marcar ele com meu cheiro porque isso seria extremamente desrespeitoso, então não consigo lhe dar feromônios calmantes e o aromatizar.

(Esqueci desse detalhe na explicação sobre o mundo ABO, os alfas e ômegas podem marcar um ao outro com seus cheiros, usam o termo "aromatizar" é muito comum entre parceiros então se você faz isso sem a permissão do outro é desrespeitoso, assim como marcar um ômega ou alfa que já tem um par é desrespeitoso)

Entramos no pequeno apartamento, tudo tem a cara de Louis e cheira a ele.

- Vai tomar um banho Lou, eu espero, coloque a água bem quente, huh? Se você quiser eu pego uma roupa pra você. - Ele acena e me diz onde ficam as coisas no guarda roupa.

Seu quarto é maior do que eu pensava, uma cama com um edredom preto está no meio do quarto, em frente um pequeno aparador com porta-retratos em cima, do lado esquerdo tem um escrivaninha cheia de papéis e canetas e uma luminária de lua, do lado direito um guarda roupa preto com duas portas, eu sigo até lá e abro, pego um conjunto de moletom que julguei quente e uma blusa de manga comprida, pego meias com estampa de picolés que parecem quentinhas e julgo se deveria pegar uma roupa íntima mas ele não disse aonde estavam então ignoro. Bato de leve na porta do banheiro e abro apenas uma fresta e coloco as coisas em cima da pia e logo me retiro do banheiro. Eu aumento mais o aquecedor e vou até a cozinha, a essa altura também estou com frio mas ignoro a roupa me incomodando.

Heartbreak WeatherOnde histórias criam vida. Descubra agora