Prólogo - Vinicius

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A vida era muito curta para seguirmos regras e padrões quando não estávamos sob o olhar do mundo. Entre quatro paredes e enquanto minhas atividades sórdidas estivessem ocultas, eu continuaria sendo o mais devasso de todos.

— Feliz aniversário, irmão.

— Feliz aniversário.

Batemos as taças uma na outra e tomamos um gole. A música estava baixa, para intensificar o clima. A batida sensual estava combinando com o ritmo da minha respiração.


"A ressaca veio para me levar

Guiada pelo sol escaldante.

Veja tudo ao nosso redor.

Veja tudo o que fizemos.

Por favor, alguém.

Não creio que eu consiga me salvar."

How To Destroy Angels – Too late, all gone


Em um dos meus barcos, em meio ao Oceano Atlântico, nós iríamos curtir o momento. O quarto foi organizado especialmente para a realização dos nossos desejos, não só meu e do meu irmão, mas daquela amarrada na cama, pronta para ser devorada – da melhor forma – pela Realeza.

Henrique colocou o joelho na cama e se curvou na direção da mulher que estava deitada. Tirou a faixa que cobria a sua boca e permitiu que ela falasse. Era o meu presente para ser degustado pelos dois.

Compartilhar mulheres era apenas uma das minhas fantasias sexuais realizadas.

— Qual o seu nome, garota?

— Luna, Vossa Alteza Real.

— Está pronta para se divertir com os Príncipes?

Ela balançou a cabeça fazendo que sim e as suas bochechas coraram.

Mantive minha postura observadora, deixando meu corpo reagir com a iniciativa do meu irmão gêmeo. Ele derramou o líquido da taça pela linha da sua coluna até os braços atados. Ela se contorceu com o líquido gelado e gemeu quando se curvou, Henrique lambeu do pescoço até a cintura. Puxou uma ponta do laço com a boca, desfazendo-o e libertando os braços daquele presente em forma de mulher.

Aproximei-me e ergui seu rosto, tocando suavemente seu queixo. Comecei a degustação dos seus lábios com o olhar, depois pela língua e uni nossas bocas. Mergulhei na sensação do promíscuo e proibido, o que poderia se tornar um escândalo, muito mais do que fora o noivado de mentira do meu irmão General.

Gostava da sensação que a adrenalina proporcionava, o coração acelerado e a minha ereção explodindo na boxer. O corpo curvilíneo se esfregou em mim cada vez mais que me aproximava. Ela interrompeu meu momento para olhar meu gêmeo, que já estava se despindo para consumar o ato.

— Me deixa te ajudar com isso, Alteza. — Luna ficou de joelhos na cama e engatinhou até a beirada para que pudesse desabotoar a camisa de Henrique.

Posicionei-me atrás dela, coloquei o cabelo preto e ondulado sobre o ombro direito, e inclinei a cabeça para mordiscar sua pele, subindo até o pescoço e fazendo com que ela revirasse os olhos e soltasse gemidos baixos.

Foquei em deixar sua pele arrepiada e cultuar seu corpo, mulheres gostavam de se sentirem desejadas. Quanto mais eu a beijasse e demonstrasse que precisava dela, como se fosse o ar para respirar, mais excitada ficaria.

Aprendi de várias maneiras a conhecer os anseios e desejos femininos. Nem todas eram iguais, mas era fácil descobrir o ritmo da parceira, de acordo com os movimentos que eu fazia. Ler o corpo feminino era um dom que eu não estava disposto a desperdiçar apenas com uma única parceira.

Salva Pelo Príncipe CEO - Família Real Fiori - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora