capítulo||29

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(...)

- Ei garota,por aqui!- um cara me chama abaixando o vidro da Ferrari.- Sou um Vanalha,pode confiar. Me mandaram te pegar, entra logo!

Andei ate o carro e hesitei um pouco ao tocar na maçaneta,  pensei em voltar atrás mas lembrei de tudo que  Kio havia me dito e antes que eu pudesse fazer qualquer besteira me joguei pra dentro do carro. Isso era melhor assim.

antes de fechar  totalmente a porta do carro um peso a puxa de volta a abrindo novamente.

- o que você ta fazendo?- Josh  pergunta baixo, e somente o olho. escuto o gatilho de sua pistola que logo estaria bem no meio da minha testa.

- Josh...- respondo no mesmo tom, baixo e frio.  ele trava mandíbula com um olhar cansado e logo abaixa arma. ele entendeu que eu não queria ir com ele, pois  com certeza eu seria levada ao Mattia e não é isso o que eu quero, não por agora. Quero respirar o ar de ser livre, mesmo não sendo totalmente mas com Menas culpa.

- eu vou te buscar.- ele gesticula  com os lábios quase inaudível e eu sorrio de volta fechando a porta.

pelos vidros vejo toda aquela gente correndo para seus carros ao longe, mas josh continuava ali parado sem mexer um único músculo. com a mão na maçaneta tento ter algum pensamento racional eu não tava com a cabeça no lugar. Sério mesmo Lorena? Você vai em um carro que você nem sabe aonde vai parar e mais, com com um estranho?  Sem ao menos   enfrentar suas dificuldades e bater de frente com tudo com que te incomoda e tentar resolver isso de forma madura? 

Sim!

apenas dei um toque no cara que estava dirigindo pra arrancar o carro dali antes que eu faça algo que me arrependa.

Ao longo da estrada minha mente vai se esvaziando e me sinto cansada com os olhos pesados e ao mesmo tempo agoniada por estar acompanhada de um cara que eu nunca tinha visto na vida mas não dava pra continuar  a lutar contra meu corpo e acabei apagando.

                   
(...)

que puta dor de cabeça!

meu corpo dói, minha cabeça tá explodindo, e minha vida não está uma das melhores. Tenho quase certeza que  essa não era  a "adolescência" perfeita que eu sonhei quando eu tinhas os meus nove anos, tudo isso  não estava no roteiro.

O meu grande sonho era viajar para França e ver a torre Eiffel. Quando eu era menor  via algumas fotos da minha mãe sorridente ao lado da grande torre, era isso que eu queria para mim. Queria estar nos mesmos lugares que ela, agir como ela, sorrir como ela. Minha mãe  era minha maior inspiração pra tudo!  Mas isso foi tirado de mim da forma mais trágica possível. eu já não quero mais ir a França, pois sei que não vou estar sorrindo igual minha mãe, aposto que estaria chorando e remoendo todas as mágoas não conseguindo me perdoar de todas as vezes em que falhei ou pensando em como tudo poderia ser diferente, como eu nunca consegueria ser igual a ela, sem medos e  arrependimentos. A maturidade e a forma que ela se impunha e tinha o que queria me encantava, o meu eu de nove anos ficaria decepcionada em quem me tornei hoje. Mas pensar em tudo isso só me deu mais dor de de cabeca e eu já sabia que iria ter um dia longo.

Vou abrindo os olhos  aos poucos, recebendo toda a claridade que me cegou  por alguns segundos. Estava em uma grande cama de casal com lençóis brancos assim como todo o quarto que tinha apenas um tapete preto no chão fazendo um contraste com uma escrivaninha no canto do cômodo, forço a vista para enxergar melhor analisando cada perímetro do quarto ate olhar a janela e ver hacker sentado numa poltrona me observando.

- Que susto! Voce ta parecendo um louco parado ai me olhando.- digo me sentando na cama, tirando alguns fios de cabelo que estavam grudados no meu rosto.

Rivals of Vallentes- Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora