Capítulo 8 - Quarto de Hóspedes

819 82 82
                                    

— E eu que não sei abrir porta, não é? — Tom falou, com as sobrancelhas arqueadas.

— A porta emperrou — Chloe disse, irritada.

Chloe forçou mais a porta. Tentou novamente abri-la, e não funcionou. Riddle jogou o urso na cama de casal ao lado, impaciente.

— Sai dai — ele empurrou Chloe, levemente.

Agora foi a vez dele de tentar abrir a porta. Riddle jogou a lateral de seu corpo na porta, com força.

— Para! Para! — Chloe falou depressa tentando faze-lo parar. — Vai acabar se quebrando todo! Minha mãe está em casa.

Chloe respirou fundo.

Oh mãeeee!

Ela gritou o máximo que pode e foi em direção a porta. Começou a despejar tapas e socos na porta, fazendo barulho por toda a casa, continuou gritando, na esperança de sua mãe escutar.

— Ei, ei, ei! Para! — berrou Tom puxando a loira para longe da porta. — Para de ser escandalosa!

— Escandalosa? Quer ficar preso aqui? Minha mãe é praticamente surda, não vai escutar se eu não fizer isso — falou Chloe, irritada, cruzando os braços na frente do corpo.

— Há jeitos melhores de abrir essa porta e não sair berrando para todos escutarem — diz Tom, furioso. Ele olhou para os lados.

— Alguma ideia melhor do chamar minha mãe para abrir a porta? — Chloe perguntou.

— Podemos chamar ela, mas não desse jeito que você chamou — respondeu ele. — Parecendo uma louca.

— Louca? Eu sou a louca? Você dividiu sua alma em sete!

— E você foi para uma outra realidade! Vai me dizer que isso não é loucura?

Ela não podia negar. Isso era loucura mesmo, mas não tanto quanto dividir a alma.

— Não interessa o que você diga — disse Chloe. — Vou dar o meu jeito de sair daqui.

A loira voltou para a porta e continuou a bater e gritar chamando sua mãe.

— Mãe! Mãe! Mãe! Mãe!

— Lufana! Para! — Tom gritou. — Por Merlin!

— Tem uma ideia melhor? — ela perguntou.

— Saia da frente.

Chloe saiu de perto da porta, o garoto foi no lugar e levou a mão na maçaneta e girou.

— É sério? — Chloe falou, entediada.

— Cala a boca.

— Não.

Tom olhou para Chloe com ódio nos olhos. Ela sentiu um arrepio passar por sua espinha.

— Vai ficar me olhando ou vai abrir essa porta? — Chloe exclamou, se sentando na cama.

Ela começou a escutar uma música. Estava baixo, mas ela conseguia escutar muito bem. Reconheceu-a imediatamente. Era seu celular tocando.

— Que música horrível é essa? — Tom perguntou, franzindo a testa.

— É meu celular... — Chloe respondeu, se levantando da cama. — E não é horrível.

A música estava vindo de seu quarto, que ficava não muito longe do quarto de hóspedes. Quem estava ligando para ela?

— Mamãe! — Chloe correu até a porta e deu algumas batidas, não tão fortes como antes.

Nada. Sua mãe não apareceu. Sra. Quinn estava na sala, não conseguiria escutar, a não ser que fosse para o segundo andar, ou pelo menos ficasse na cozinha.

𝑼𝒎𝒂 𝑵𝒐𝒗𝒂 𝑹𝒆𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 - 𝑻𝒐𝒎 𝑹𝒊𝒅𝒅𝒍𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora