Capítulo 27 - É? É.

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Cada um se retirou e foi para seus quartos. Alguns foram aos tropeços, como por exemplo Jacob. Ele disse que precisava preparar uma missão para Gabriely, que ela precisava ir resolver alguma coisa em não sei aonde. Ele estava criando uma história louca na cabeça dele. Como se Gaby fosse uma "agente secreta", algo assim. Ela o ajudou a voltar para o quarto.

— Cala essa boca e para de falar merda! — berrou Gabriely, já perdendo a paciência com o bêbado. Me admiro ela não estar no mesmo estado que ele, ou até pior.

Assim que chego ao meu quarto, tiro meus sapatos de salto e sinto um alívio ao pisar no chão de pés descalço. Que maravilha.

Retiro meu vestido e logo me lembro do que estava dentro do meu sutiã. Emma realmente achava que e usaria isso hoje?

Coloco meu pijama do Bob Esponja — ganhei ele de Gaby, quem diria que ela teria um pijama dele —, deixando a embalagem dentro de uma das gavetas do meu criado-mudo, me certifiquei de deixar bem escondido. Vou ao banheiro e retiro rapidamente a maquiagem, não usei muita coisa, então não demoro muito. Faço minhas higienes antes de ir me jogar na cama, me sentindo num paraíso. Meu Deus, como nunca percebi como esse colchão é maravilhoso?

Olhando para o teto, sinto meus olhos começarem a pesar. Quando escuto uma batida na porta, me fazendo abri-los na hora. Quem estaria batendo?

Me levanto e vou até a porta.

— Oi, Chloe — Tom diz. Ele já estava com seu pijama preto.

— Oi — digo. — Algum problema?

— Não, não — ele diz.

Fico em silêncio esperando Tom dizer o motivo para estar ali. Mas ambos ficamos sem falar nada.

— Quer entrar? — pergunto, abrindo mais a porta e dando espaço para ele.

Tom passa por mim e entra no quarto.

— Tenho uma coisa para você — ele diz. Depois percebo que suas mãos estavam para trás, ele estava segurando algo. — Você não chegou a ver os presentes, né? Decidi não deixar o meu lá. Queria te entregar pessoalmente.

Tom levou as mãos para frente, ele segurava uma caixinha média. Ele comprou um presente para mim.

— Ah, Tom, não precisava — digo, depressa.

— Não tem isso de não precisava — ele diz, rapidamente. — Eu queria comprar uma coisa para você. Toma.

Tom praticamente jogou a caixa para mim. Do tipo: "vai pegar esse presente sim! Eu comprei e agora você vai pegar ele!".

— Obrigada — falo, sentindo minhas bochechas ficarem rosadas.

Olho para a caixa nas minhas mãos. Ela era preta com alguns detalhes em prata. Respiro fundo e a abro.

Mesmo que tinha acabado de respirar fundo, fico sem ar. Era a coisa mais linda que já ganhei de alguém. Depois de todos esses tempo, não está mais estranho ver Tom Riddle sendo fofo.

Era um colar prata que tinha uma Lua Crescente cheia de detalhes lindos.

— Escolhi a da Lua porquê... mesmo depois de tudo o que você passou, você continua brilhando, tendo o seu brilho que só você tem — Tom explicou. Me deixando sem palavras. — Isso saiu um pouco brega...

— Não, não — falo, depressa. — Eu amei. Ele é lindo. Muito obrigada.

— Não tem de quê.

Começo a tirar o colar da caixa, com toda a calma, como se eu fizesse um movimento brusco ele fosse quebrar na minha mão.

𝑼𝒎𝒂 𝑵𝒐𝒗𝒂 𝑹𝒆𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 - 𝑻𝒐𝒎 𝑹𝒊𝒅𝒅𝒍𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora