Puro Chantaje

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OS VESTÍGIOS de uma noite fria ainda se faziam pouco presentes, a claridade do Sol expulsava aquele vislumbre escuro da noite levando com ela a Lua. O agudo e alto canto dos pássaros que estavam escondidos sobre densas folhagens das árvores, indicava as poucas pessoas já estavam acordadas que em alguns minutos os primeiros raios solares daquela manhã se revelavam para que agora, os amantes do sol, pudessem ter o privilégio de admirar todo sua beleza emitida por seus feixes luminosos.

Aquele som que pouco coincidia ao de metais se chocando uns contra os outros, tinha seu domínio por toda extremidade de seu quarto, a jovem que ainda se encontrava adormecida sob sua cama, em poucos, tinha seu sono interrompido graças ao despertador de seu celular.

Cada passo para ela ir até o banheiro de seu quarto era um tipo de batalha, seu corpo implorava para voltar a cama e retomar seu sono que ainda pairava sobre a garota, porém, ela precisava se arrumar, logo mais os portões de sua escola iriam se abrir e Catt era aquele tipo de estudante que não gostava de chegar atrasada.

As minúsculas pedras cristalinas líquidas que caíam sobre o corpo de Cattleya deslizando ao longo de sua pele encharcando cada detalhe de seu corpo.

O deslize de suas mãos por meio de sua estatura tinha em seu feitio a criação de espumas devido o sabão que estava em sua mão.

A leveza que sentia pós terminando seu banho era graciosa, sua pele parecia mais reluzente. Mais viva. Seu rosto sequer parecia que estava a dormir minutos atrás.

A bagunça por culpa de Alicia na manhã anterior ainda estava ali presente, a dificuldade de achar seu uniforme era grande, aquela sensação de angústia estava cada vez mais alta de uma maneira que acabava com sua paciência.

- Achei! - murmurou Cattleya.

A maciez do algodão de sua blusa azul egípcio encobria todo seu torso, a polo branca detalhada em uma tênue linha acizentada que dava somente a possibilidade de avistar metade do pescoço de Cattleya, tinha total harmonia com sua calça jeans preta e seu tênis bege.

7:00 horas da manhã, era esse o horário que seu celular indicava. Ainda estava dentro do horário. A mochila preta acompanhada de um casaco do mesmo tom suspenso por sua alça de apoio fora pego por ela. Só faltava tomar seu desjejum que era servido à mesa da cozinha.

- Bom dia - cumprimemtou a seus pais ao fazer singelos movimentos para se sentar e os acompanhá-los na mesa de café. - onde está Diego?

- Desde aquela hora que você saiu ele não dá notícias e o celular só dá desligado - disse Sr. Rodrigues. - sua mãe e eu sairemos hoje à noite, se seu irmão chegar até lá nos avise por mensagem.

Era bastante perceptível que o casal estava vestido para irem aos seus devidos trabalhos quando acabassem seus cafés. A mesa feita em mármore daquela cozinha, nunca era preenchida por diversos tipos de pratos ou jarras de bebidas, não havia necessidade para tal coisa, naquela casa apenas moravam quatro pessoas, somente uma jarra com de suco natural ou outra de café tendo por sua volta pequenos aperitivos que tinham sua variação de três sabores de queijo, um prato de peito de peru e outro de presunto ao lado de uma simples cesta de pães, vez ou outra se davam ao trabalho de terem um bolo de laranja ou de chocolate.

Aquela manhã de plena segunda-feira, tinha o sol que brilhava de forma humilde, acordando aos poucos aves que faziam qualquer um ouvir seu canto ou acordando pessoas para começarem seus dias. A luz natural que atravessava as janelas da cozinha, acendia a cor branca que predominava todo ambiente.

O mais simples som eletrônico que pode-se ouvir por toda casa, havia despertado a curiosidade de quem houvera tocado a campainha da casa.

- Juliana, tem como ver quem é, por favor? - pediu Celeste para sua única empregada que estava em frente a pia da cozinha terminando de retirar a louça suja do café.