Mais Tua que Minha

Me Perdoe

Bárbara Pov

Maca foi tomar banho e eu aproveitei para ligar a cafeteira e pedir comida chinesa. Tenho tanto medo... medo não, tenho pavor de que ela não me escute ou que não acredite em mim. Já foi tão difícil convencê-la a deixar eu à acompanhar.

Depois de alguns minutos, o interfone tocou, e era a comida. Autorizei a entrega e esperei, quando abri a porta peguei a comida e paguei a entrega.

Caminhei pela sala e parei diante do espelho para ver as fotos que tinham eu e Maca. Senti um aperto no meu peito, a primeira vez que estive na frente desse espelho, ela nem se quer era uma parte importante da minha vida e agora... eu to aparecendo em várias fotos. Nos ver assim sorrindo, me faz lembrar todos os lindos momentos que vivemos juntas. Sem dúvida eu sou uma tonta por tê-la deixado assim. 

Parei de olhar as fotos quando um nó se formou na minha garganta, dei a volta e me sentei na sala para esperar Maca, mas ela não apareceu.

Ela já demorou demais...

Me levantei e decidi ir até o seu quarto para ver se ela está bem, quando me aproximei vi que a porta estava entre aberta, então entrei.

Seu quarto tem todas as paredes brancas, com uma cama grande no centro e dois criados mudos, um de cada lado da cama. Sobre uma tem uma foto dela com a sua família, e na outra uma foto com três meninas, devem ser as suas amigas de infância de quem ela tanto fala. Notei que do lado esquerdo do seu quarto tem uma porta que deve levar para o banheiro, ao julgar pelo barulho da água ela deve estar ainda no banho.

-Maca? _perguntei me aproximando.
-Ta tudo bem?.

Não obtive resposta e comecei a me preocupar. Me aproximei um pouco mais e voltei a perguntar.

-Maca?!

Ela não respondeu, mas parei de escutar o barulho da água.

Maldita seja...

Dei meia volta e comecei a sair rápido do quarto antes que ela me visse, sua voz me fez parar.

-Bárbara?

Engoli a saliva.

Por favor que ela não fique brava...

Me virei lentamente para enfrenta-la e o que vi me deixou muda. Se nesse momento eu pudesse me ver no espelho tenho certeza que me veria de boca aberta.

A castanha estava ali parada, na minha frente com uma toalha que cobria apenas o essencial, os cabelos úmidos penteados para trás realçava suas feições, e as gotas de água sobre a sua pele à deixavam ainda mais bonita.

Como um ser humano pode ser tão perfeito e sexy?

-O que você está fazendo no meu quarto? _perguntou calma, apertando a toalha na altura dos seus seios.

-Ehhhhh... _respondi gaguejando, eu não conseguia conectar o meu cérebro com a minha capacidade de falar.

-Por que você está me olhando assim? Está tudo bem? Tem algo errado comigo? _se olhou de cima à baixo, avaliando o seu corpo.

Não estou bem.... pensei.

Fechei os olhos e dei meia volta.

-Eu vou te esperar na sala... _disse apressada e caminhei até a porta.

Justo quando eu ia chegar na porta, senti a sua mão molhada segurar o meu braço.

Isso não pode ser bom...

Ela me obrigou a dar meia volta e então soltou meu braço.

-O que tá acontecendo? _perguntou buscando o meu olhar.