Capítulo 30

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Alguns dias depois do que acontecera com Aurora, tirei alguns dias para ficar em casa, ainda me pegava acordando no meio da madrugada, assustado, e quando via que Aurora dormia ao meu lado e segura, meu coração voltava a bater num ritmo normal.

Pouco a pouco tentamos manter uma rotina, sentia que Aurora procurava não falar do Otávio, eu percebi sua mágoa e decepção, para ela era muito difícil tocar nesse assunto, no entanto, depois de algumas semanas Ezequiel decidiu nos visitar. Não tivemos como evitar, e nem queríamos que ele se afastasse, principalmente eu, que tinha a obrigação de me desculpar.

Num primeiro momento, pedi que Aurora me deixasse a sós com ele, não que eu quisesse esconder nada dela, mas fiz isso a fim de preservá-la, não tinha a intenção de provocar lembranças ruins a minha esposa.

Assim Ezequiel e eu nos reunimos no meu escritório de casa, fui franco com ele e contei por que todos aqueles anos eu o odiei.

Ezequiel ouviu tudo o que eu disse, calado, apenas acenando a cabeça. No fim, ele respirou fundo, se remexendo na cadeira.

— Noah, de tudo o que você contou eu só lamento por minha sobrinha. Ela não merecia passar por isso — comentou consternado. — Quanto a sua raiva ser dirigida a mim, não é nenhuma novidade. O Otávio fez negócios usando o meu nome enquanto eu estava fora. Cheguei a falar com ele, que fingiu estar surpreso e afirmou que haviam clonado meus documentos.

— Você nunca desconfiou de nada dele? — Não me conformava em como Otávio conseguiu enganar tantas pessoas por tanto tempo.

Ezequiel deu uma risada, sacudindo a cabeça.

— O Otávio sempre pareceu muito correto, além de ser um homem generoso. Ele nunca deixou transparecer seu lado diabólico. E eu era a ovelha negra da família, o mulherengo, aventureiro, entre outros adjetivos — contou rindo.

— Então por isso, era fácil acreditar que você era o que não prestava — completei indignado. Suspirei fundo, o encarando. — Eu contratei um detetive para te investigar e também o acidente dos pais da Aurora, na verdade eu desconfiava que a Luize e o João Donato tivessem alguma coisa a ver com o acidente.

Ele riu.

— Conheço a Luize há muitos anos, ela é interesseira e esnobe, mas não faria algo tão cruel, e o seu marido é apenas corrupto, eles não chegariam a esse extremo.

Ele até tinha razão.

— Você está certo, mas com tudo isso, não ponho minha mão no fogo por aqueles dois. Otávio, por exemplo, sempre fingiu ser correto e um homem de bem, e olha no que deu.

Ele acenou.

— Por isso mesmo. O meu irmão foi dissimulado, a imagem dele era seu álibi, já Luize e João Donato não tem o perfil astucioso do Otávio. Eles mostram quem são, embora tentem esconder — afirmou rindo.

Um CEO em meu destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora