— A versão que eu acordo todos os dias é apenas uma plágio.Minha vida é um jogo. Eu já passei por fases fáceis e boas, fases bônus, fases difíceis, e a que eu me encontro agora, a fase onde eu desisto do jogo. Sinto como se eu mesma tivesse desistido de mim, e eu realmente não me importo com isso. Não há muito o que fazer.
Tenho vinte e seis anos, e me pergunto quando vem a tal calmaria que todos falam que vem com o passar do tempo. A única coisa que veio até mim nós últimos cinco anos foi um vício eminente em álcool e nicotina. E, é claro, a merda da ansiedade, que nem tomando vários remédios eu não consigo controlar.
Não faço questão de me relacionar com pessoas novas, apenas as vezes, fisicamente, quase como uma obrigação que o organismo pede. Não ligo se eu acordo na cama de um desconhecido.
A minha vida é um jogo, um jogo de terror. Nesse jogo eu já morri tantas vezes, que deve haver um cemitério de versões minha em algum lugar.
É por isso que estou tranquila. Se eu morrer novamente, vai ser apenas uma morte qualquer...
Diante dos meus olhos entre os grandes prédios do centro de tóquio, o sol estava se pondo. Era como um quadro, as cores do céu tinham um brilho perfeito. Depois de passar o dia todo trancada no quarto, a única coisa que eu mais desejo nesse momento é um banho quente.
Caminhei para o banheiro, já parando em frente ao espelho. O reflexo não era um dos melhores. Meus cabelos estavam bagunçados, minhas orelhas já estavam visíveis, mas nada que um banho quente não possa resolver. Segui para o caminho do box, já dispindo-se da minha camisola de seda azul. Entrei no box, e liguei o chuveiro, na água mais quente. Era ótimo sentir a água levando a sensação pesada do meu corpo. Fiquei em baixo do chuveiro tempo suficiente para lembrar de uma reunião importante.
Fechei o chuveiro, e me enrolei na toalha. No closet eu desídia entre uma blusa social branca, ou um vestido social preto. Não sou muito boa em tomar decisões, então, vai na ordem alfabética.
Me olhei no espelho, vendo como estava. A blusa social branca estava dobrada até ó cotovelo. Os três primeiros botões estavam abertos, deixando a curvatura dos meus seios a mostra. Escolhi uma calça social, que ficou bem justa, de calçado um scarpin preto de salto fino. Meus cabelos estavam soltos. O vermelho do batom ganhou destaque em meus lábios.
Sai do quarto, já com a bolsa na mão seguindo até a sala de jantar. Chiyo com certeza vai me dar uma bronca por chegar tarde na noite passada.
— Por que a senhorita chegou tão tarde na noite passada? —ela nem esperou chegar na sala de jantar, e já me abordou. Parei na metade das escadas.
— Sai com Kakashi e o Iruka, nos fomos em ver um show ao vivo do outro lado da cidade, conversamos muito, e eu acabei perdendo a noção do tempo. Mais alguma pergunta? —inventei e falei a primeira coisa que veio na minha cabeça. Ela levantou uma das sobrancelhas, e eu tentei segurar a vontade de rir.
— Vou fingir que acredito nisso.—ela falou e saiu em direção da sala de jantar. Eu a seguir ainda segurando a risada.
Não era verdade sobre a noite passada, quer dizer, eu fui sim para o outro lado da cidade, mas não acompanhanda pelo Kakashi e o Iruka.
Não estava com Kakashi, estava sozinha.
Era só mais uma garrafa de saquê e um março de cigarro, em um barzinho localizado em um beco qualquer do outro lado de tóquio. Não queria luxo, eu só queria ficar anestesiada pelo álcool. Quando não era mais uma noite qualquer de sexo sem compromisso, era isso, ir para o outro lado da cidade, entrar em algum beco, e como sempre, achar um barzinho solitário. É lá, que eu sinto a verdade vibe de Tóquio.
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𝐘𝐎𝐔, Obirin
Fanfiction-"𝑃𝑜𝑢𝑐𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑖𝑠𝑎𝑠 𝑎𝑖𝑛𝑑𝑎 𝑚𝑒 𝑓𝑎𝑧𝑒𝑚 𝑓𝑒𝑙𝑖𝑧, 𝑒 𝑣𝑜𝑐𝑒̂, 𝑒́ 𝑢𝑚𝑎 𝑑𝑒𝑙𝑎𝑠." Rin é uma médica de muito potencial no hospital da família Uchiha, em Tóquio. Com seus vinte e seis anos, ela já havia conquistado quase tudo qu...