Capítulo 12

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Maratona 1/?

Joshua

Depois do nosso dia agitado, havíamos todos tomado um banho e após isso apagamos totalmente exaustos.

Mas durante a manhã do dia seguinte o desespero havia batido ao ver que Emmy não se encontrava em espaço nenhum da casa, e se ela foi embora para sempre?

Não... ela não pode ter nos deixado.

Erramos em não contar a ela? Sim, mas é ordem.

Encontre sua companheira, se ela for a pessoa certa, o leite começará a surgir e em breve carregará seus herdeiros em seu ventre.

Soubemos que ela era nossa mulher ao ver e saber que em breve ela estaria produzindo leite, mas falta nossos pequenos bebês.

Se contassemos a ela sobre o laço do companheirismo, ela poderia se ferir, nós seríamos punidos de maneira severa e poderíamos aceitar tudo... menos que ela fosse ferida.

***

Suspirei me sentando no amontoado de neve encarando o sol se pôr e a lua surgir com todo esplendor, escuto barulho de passos e pequenos pés surgem a minha frente.

       — Não vai comer Josh? — Emmy pergunta e sorrio pequeno negando.

      — Estou sem fome querida. — me levanto beijando sua testa. — Avise aos meus irmãos que irei na floresta, volto antes da lua atingir o pico.

Meus passos foram firmes até a entrada da floresta, sentia as botas afundando na neve a cada passo, mas pelas rajadas de vento, tudo indicava que amanhã o frio será mais intenso e preciso de lenha para manter a casa e Emmy aquecida.

Pego o grande machado que estava preso ao tronco e segui andando para o meio da enorme mata, avistei bons troncos e então começo a corta-los de maneira precisa. Após montar o primeiro fecho com troncos, os amarro e começo a cortar outros e assim fui seguindo até ter o bastante para que dure a semana.

O som de uivos é grunhidos me deixa em alerta, tão logo os ursos estão a  minha frente me ajudando a levar os troncos de volta para casa, estava ciente de que passava da meia noite, mas é necessário muito tronco para que dure esses dias intensos.

      — Obrigado garotos. — passo a mão na cabeça de cada um após guardar tudo na varanda de casa, abri a porta e logo me surpreendo ao sentir um pequeno corpo se chocar com o meu.

     — Onde estava? Por que demorou? — Emmy pergunta brava cruzando os braços sobre os seios fartos.

Já havia completado duas semanas desde o dia que ela esteve embreada na floresta e nessas duas semanas ela pode ser amorosa, carinhosa, mas estamos de castigo.

São duas semanas sem dormir ao seu lado, duas semanas sem tocar seu corpo e nunca provamos o leite que agora ela produz. Então para evitar estressar ela ou algo do tipo, estamos sempre trabalhando e por este motivo havia saído para buscar lenha.

     — Desculpe a demora cachinhos. — beijei sua testa. — Teremos dias intensos de muita neve, frio... peguei bastante lenha para te manter aquecida. — me expliquei e fui a varanda pegar as lenhas e levar para dentro.

Logo meus irmãos aparecem e me ajudam a guardar tudo enquanto ela nos observa em silêncio, meu olhar não passa despercebido da mão que ela deixou sobre o ventre o acariando de maneira involuntária e algo dentro de mim se aqueceu ao ter o pensamento de crianças correndo alegres pela casa, com cachinhos iguais ao dela e isso seria a cena mais perfeita.

Nossa Doce Menina (Saga Contos De Fadas)Onde histórias criam vida. Descubra agora