𝐨𝐩𝐞𝐫𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐜𝐮𝐩𝐢𝐝𝐨 ; kageyama tobio ✓

one.

𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐔𝐌
— 𝗸𝗮𝗴𝗲𝘆𝗮𝗺𝗮 𝗳𝗮𝗺𝗶𝗹𝘆

— Hayato. — A voz baixa da mulher soou sobre os ouvidos de seu primogênito, que apenas resmungou novamente se cobrindo. — Hayato, você tem aula daqui a pouco.

— Só mais uma hora, mãe. — Seus cabelos escuros novamente se afundaram contra o travesseiro mergulhado em um sono profundo. — Ainda é cedo.

— Você tem que tomar banho e se arrumar para a escola. — Com o lençol baixo, a moça de cabelos [C/C] afagou os fios escuros de seu filho mais velho. — Levante, tome seu banho e venha tomar café.

Saindo do quarto de Hayato, seus saltos caminharam sobre o corredor com algumas fotos e outras coisas que decoravam a casa, o quarto de seu segundo filho havia uma pequena placa com "área proibida para mães" e outra com seu nome, porém abrindo o cômodo, era apenas brinquedos espalhados pelo chão e uma mini versão de Kageyama deitado na caminha esparramado pelos lençóis.

— Taka-chan~ — Cantarolou vendo um pequeno sorrisinho brotar nos lábios do garotinho. — Mamãe pode entrar?

— Kageyama Taka está dormindo ainda, volte pela tarde, mamã... Opa! Moça! — O pequeno falou abafado ao falar contra o travesseiro.

Em um movimento rápido Taka foi retirado da cama pelos braços de sua mãe, deixando um gritinho fino sair de sua garganta. Já no chão, suas mãozinhas alcançaram os olhos, os coçando enquanto descia as escadas agarrado à saia de sua mãe, que por protocolo era obrigatório usar pelo menos em reuniões.

— Mãe, onde você deixou as caixinhas de leite que você comprou? — Hayato saiu da cozinha já com o uniforme em seu corpo, apenas com a escova na boca.

— Na parte de cima da geladeira, eu vi você e o Taka tomando elas de noite, não se faça de bobo. — Cerrou os olhos, recebendo um olhar assustado dos dois garotos. — Intuição de mãe.

— Ontem a gente teve uma coisa na escola, e eles falaram do papai. — Taka coçou os olhos ajeitando a roupinha já nova em seu corpo, o pequeno mesmo depois do banho estava caindo de sono. — Foi na TV, o papai fez "Boom" "pow" "Kabum!", foi tão rápido.

— Não seja tão barulhento, Idiota! — Hayato gritou para o mais novo que continuava a dançar atrás de sua mãe.

— Você falou a palavra feia! — Com as mãos minúsculas em uma espada de brinquedo, Taka rapidamente acertou sobre a cabeça de seu irmão mais velho. — Burro!

— Idiota.

— Cabeça de vento!

— Imbecil.

— MAMÃE!
— MÃE!

[Nome] assoprou a xícara de café e guiou o celular para os filhos mostrando a foto de seu pai, indicando que estava em uma ligação desde a pequena briga.

— Eles estão brigando, não acho que merecem ver seu treinamento hoje, Tobio. — Pronunciou com um sorriso de lado, vendo apenas o homem mais velho do outro lado da linha concordar com murmúrios.

— NÃO!!! DESCULPA, HAYATO-NII! DESCULPA! EU NÃO QUERIA FAZER ISSO! TAKA É MAU! — O garotinho pendurava-se contra a perna do moreno, sentindo seus olhos encherem de água pela vontade de novamente ver o treino de seu pai. — Papai...

— Sua mãe disse que vocês brigaram, como vou olhar vocês se vocês só brigam? — Tobio comentou entrando na pequena brincadeira de sua ex-esposa.

— Sugawara-san disse que você era pior com o seu antigo companheiro de equipe, pai. — Hayato sorriu vendo o silêncio do homem mais velho se fazer presente, em seguida apenas uma tosse forçada sair de sua garganta.

— Isso não é sobre mim!

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— Obedeçam seu pai na volta e por favor não deem trabalho. — [Nome] alertou para os dois garotos enquanto deixava cada um em suas escolas destinadas. — Não deixa seu pai dar muitos doces para seu irmão, Haya.

— Até segunda, mamãe! — O pequeno gritou movendo sua mão, recebendo um aceno do filho mais velho.

— Vamos. — Hayato sorriu para o carro indo embora, enquanto guiava o garoto mais novo para a escolinha um pouco próxima a sua escola.

Após anos de decisão, o rapaz resolveu fazer seu ensino médio na mesma escola que sua mãe e tio haviam estudado durante a mesma idade. Em todo tempo pensava em fazer um pouco mais longe já que haviam outras escolas, Nekoma por exemplo, mas apenas riscou essa oportunidade por lembrar de alguns acontecimentos antigos que seu pai havia contado. Falar que Hayato não era parecido com Tobio seria um totalmente exagero, já que o rapaz de dezesseis anos era quase a cópia de seu pai, assim como Taka.

Os cabelos pretos e olhos azuis eram características nítidas pelos dois irmãos Kageyama, porém suas personalidades eram totalmente diferentes dos seus pais, era uma mistura básica da mulher de cabelos [C/C] e do Jogador.

— Kageyama!! — Um garoto um pouco mais baixo que o Kageyama mais novo pulou em suas costas fazendo seu corpo quase vacilar ao chão. — Eu estava te procurando para treinar!

— Imbecil... Tome cuidado! — Cerrou os olhos apertando a máquina de bebida retirando duas caixas de leite e guardando uma delas em sua mochila. — Não posso hoje, meu pai vai me buscar quando as aulas acabarem.

— Oh! Seu pai? — Os pequenos olhos do líbero poderiam ser vistos como estrelas naquele momento. — Seu pai é incrível!

— Você está tão impressionado que nem parece que seu pai também joga. — Hayato se retirou começando a andar para a sala, com a mini bola de energia ao seu lado.

— Eu sei, eu sei! Oh, gente nova? OLÁ, EU SOU KOZUME ICHIRO! — Rapidamente saiu do campo de vista do moreno que suspirou pesado sentando em sua mesa.

Hayato negou com a cabeça começando a mexer em seu caderno notando um desenho no final passando os dedos e arrancando a página ao notar que era de Taka. Antes de dobrar, seus olhos focaram no pequeno rabisco onde se encontrava quatro pessoas e um grande coração em volta.

Seu pai com uma bola de vôlei em mãos, sua mãe segurando que parecia uma pasta que levava para o trabalho, Taka com as mãos para cima e Hayato com uma bola de vôlei fazendo um sinal de paz com os dedos, acima de suas cabeças era nomeado cada ponto principal, claro que não foi o pequeno que havia escrito, em algum momento pediu para alguém escrever para si naquela mistura de cores.

— Hayato-Niii melhor irmão. — Leu baixo guardando o desenho em seu bolso deixando o material sobre a mesa. — Eu sou seu único irmão, pirralho.