𝐨𝐩𝐞𝐫𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐜𝐮𝐩𝐢𝐝𝐨 ; kageyama tobio ✓

twenty seven

— Eu posso sair? — A mulher perguntou baixo, vendo os três cabelos da mesma cor fazendo um movimento lento com a cabeça. — Eu preciso arrumar minhas roupas.

Naquele momento, a chuva caia lá fora dando a expressão de que a hora estava lentamente mudando para a noite, [nome] se encontrava presa nos braços fortes do jogador de vôlei que permanência com seus olhos fechados e o rosto enterrado nos seios da mais nova. Taka se encontrava deitado nas costas de seu pai, com o polegar em seu dedo dormindo plenamente, apertando a camisa do jogador como se estivesse se segurando para não cair. Hayato estava deitado jogado ao lado de seu pai com os lábios entre abertos e um pequeno ronco saindo.

[nome] estava encurralada por Tobio e suas duas versões mais novas.

— Alô? — Sussurrou após atender o celular, ligando a TV por ser o único movimento que estará sendo "obrigada" a fazer.

— Onde você está? — A voz de Keiji ecoou do outro lado da linha, algumas vezes parando para interromper seu filho mais velho ou seu marido. — Estava esperando você para irmos fazer compras.

— Estou em uma situação meio... — Virou sua cabeça encarando os três meninos. — Complicada.

— Podemos ir mais tarde, ou marcar outro dia pra você vir. — O Akaashi mais velho sugeriu com sua voz calma. — Também estou ocupado com alg- KAZUO SOLTE ESSA MADEIRA.

Keiji rapidamente desligou o celular deixando sua irmã novamente na montanha de garotos a sua frente. Hayato lentamente piscou coçando seus olhos e levantando seu corpo estalando as costas.

— Onde vai?

O moreno mais novo arregalou os olhos ao olhar o celular, antes começar a arrumar seu cabelo e passando perfume até mesmo arrumando suas roupas no espelho.

— Mãe, estou saindo com Ichiro e Kazuo! Eu volto mais tarde. — Avisou correndo pela porta, tropeçando em seus próprios pés, antes de sair pela porta ainda ajeitando sua roupa. — TCHAU!

Tobio abriu os olhos pelo barulho da porta, antes de coçar seus olhos segurando Taka com um de seus braços, deixando o pequeno deitado na cama com cuidado.

— Onde ele foi? — Perguntou sonolento, antes de voltar a sua posição para dormir novamente.

— Sair com Kazuo e Ichiro. — [Nome] passou as mãos nos fios escuros do mais velho, que lentamente voltou para seu caminho a terra dos sonhos. — Ele acha que eu sou algum tipo de travesseiro?

[...]

Tobio carregava seu caçula em direção ao quarto, apenas ouvindo resmungos do pequeno com a reclamação de que seu pai estava o tirado do quentinho do colo de sua mãe.

Taka parou de tentar se mexer assim que deitou no colchão colocando novamente o polegar na boca e voltou para a terra dos sonos, o pestinha da família Kageyama havia ido em um festival com seu irmão mais velho para encontrar um amigo da creche e acabara por brincar com o garotinho junto com a espada, felizmente isso cansou o pequeno o fazendo dormir assim que sua mãe o pegou no colo.

— Só avisa se você precisar de alguma coisa. — A [c/c] falou antes de ouvir uma reclamação de seu filho mais velho. —... Fale com o seu pai.

Kageyama levantou uma das sobrancelhas, antes de caminhar em direção a mais nova segurando o celular em seu ouvido assim que foi entregue.

— Ha... Oi pai. — Hayato riu nervoso do outro linha, apenas ouvindo um "Oi" baixo de seu progenitor. — Eu pensei que você ou minha mãe... Poderiam comprar uma nova bola pra mim.

— Mas e aquela que eu comprei semana passada? — O moreno perguntou, antes de ver [Nome] começando a arrumar a cozinha para fazer ou tentar começar o almoço.

— Bokuto-san chutou pra uma cerca elétrica. — Ichiro falou também ao lado de Hayato, provavelmente o adolescente estava no viva-voz dando para escutar os gritos da Kazuo tentando tirar a bolsa da rede. — DESCULPE, KAGEYAMA-SAN!

Os olhos azuis de Tobio se encolheram pelo susto do grito do filho de seu antigo companheiro de clube. [Nome] soltou uma risada baixa vendo a carranca do mais velho, antes de caminhar até a mais baixa deixando a testa apoiada no ombro alheio.

— Como vocês chutaram a bola de vôlei?

— Kazuo tentou receber com o pé, além dele se machucar a bola foi eletrocutada e quebrou a cerca. — Continuou o Kageyama mais novo, antes de virar seu corpo em direção ao primo que vitoriosamente erguia a bola que conseguiu pegar. — O dono não está em casa então não viu quem fez isso.

— Além de estourar uma bola, vocês quebraram uma cerca? — O jogador perguntou agora começando a caminhar em direção a sala. — Depois conversamos, Hayato.

— Pai-

— Em casa conversamos, Hayato. — Desligou o celular entregando novamente para [nome], antes de pegar o seu olhando a lista de contatos. — Eles quebraram aquela cerca perto do parque.

— Aquela da empresa? — A mulher perguntou erguendo suas sobrancelhas surpresa pela força dos três adolescentes. — Alguém viu?

— Parece que o dono não estava. — Levou o celular até a orelha, fazendo um beicinho esperando ser atendida. — Mas se alguém viu ou não, é diferente.

Os dois adultos agora tinham uma pequena conversa com Akaashi e Kenma, que acabaram descobrindo o acontecimento através de Kageyama que estava até mesmo planejando um plano para que seus filhos pelo menos fugissem do local, o qual plano foi apoiado por Bokuto e Hinata que invadiram por alguns momentos a ligação.

[Nome] no momento estava novamente com Taka agora totalmente acordado em seu colo segurando a espada de brinquedo, olhando o caminho similar para chegar até a casa de seu tio. Na mesa estavam Hayato, Ichiro e Kazuo todos com a cabeça baixa e o Bokuto mais novo segurando a bola totalmente queimada com vestígios de sujeira em seus rostos.

— Acho que estamos ferrados? — Kazuo perguntou em um sussurro vendo os dois mais novos confirmarem com a cabeça. — Eu vejo vocês no céu.

— Eu queria agradecer a vida que meus pais estavam me dando até o devido momento, tio Kuroo obrigado por ser meu melhor tio. — Ichiro choramingava assim que viu Shoyo e Kenma também entrarem na casa. — Hayato, suas últimas palavras?

— A gente tá fudido. — Falou baixo ao notar também que o dono da cerca entrava com um semblante de ódio.