Donos da Noite

Cap 4.

- Improta on -

Era meio dia, um sol quente, ótimo para os arrombados nos jogarem no pátio e se queimar por inteira.
Eu estava numa sombra disputada por ali, conversando com uma colega, uma conversa um tanto quanto ruim.

???: como você veio para aqui? Tem cara de ser bem certinha.

- Longa história, mas resumindo. Eu era uma abridora de cofres, e no roubo de Nova Iorque, a minha gangue me deixou para trás, e isso me traz um ódio, mas também tristeza, porque considerava muito eles.

???: Caralho...

- Não vou perdoar eles tão cedo, talvez nunca. - Cruzei os braços e olhei para o muro com cara de nada.

- Narrador on -

Mário e Cecília ja haviam acordado, ambos com dor de cabeça, claramente, tomaram remédio e foram resolver o que tinham que resolver com Alicia e Alex.

- O que querem da gente? - Por coincidência Mário e Cecília falaram ao mesmo tempo, ambos de braços cruzados.

- Tão com a porra hoje mesmo. - Alicia falou ligada no computador, talvez estivesse resolvendo alguma coisa.

- Cecília, consegue planejar um resgate de Improta? - Alex perguntou a garota, que ficou em silêncio o encarando.

- Planejar posso até fazer, mas é ruim que Improta vai aceitar. - Como previsto, retrucou sobre.

- Ou ela vem com a gente ou ela fica lá mais 2 ou 5 anos. - Respondeu Alex em um tom meio debochado.

- E a gente entra em falência em menos de 2 meses. - Alicia complementou, deixando Alex sem argumentos.

- Tá, eu acho que consigo pensar em algo, Alicia me manda a planta do presídio. - Cecília sentou ao lado de Alicia e olhou para tela do notebook.

- Alex on -

Meu celular tocou, pedi licença e fui até um canto da sala, e infelizmente era a ligação que eu menos queria ouvir hoje.

Diretir: Bom dia, é o responsável de Irvine?

9:30

- Flashback on -

Intervalo, os alguns corriam pela quadra enquanto outros lanchavam, e  Irvine era do grupinho que estava lanchando, no mundo dela, quieta.

???: aí sua sem família, quem é q paga essa escola pra você?

Uma garota que implicava muito com irvine surgiu com seu grupinho, chamando a atenção de Irvine, que ignorou e continuo comendo.

A garota não satisfeita, deu um tapa na mão de Irvine, que sem querer acabou derrubando a comida no chão.

- O que você tanto quer comigo? Parece que quer dar pra mim. - Irvine botou a mão direita na lancheira, achando seu soco inglês, ideia de Mário, claro.

???: É porque eu odeio gente que foge de casa só porque não gosta de papai e mamãe.

- Você não sabe o que eles faziam comigo. - irvine levantou já com o soco inglês em mãos e prensou a menina parede, ameaçando um murro.

???: Isso que dá ser criada por trafic-

A mesma não conseguiu terminar a frase pois Irvine a interrompeu com um soco forte em seu rosto, seguido de muitos outros.

- Flashback off -

- Puta que me pariu - Falei em voz alta, chamando a atenção de todos na sala.

- O que foi dessa vez? - Mário falou encostado na parede com um palitinho de dente na boca.

- Irvine quebrou a cara de uma menina na escola, literalmente. - Desliguei a ligação e coloquei as duas mãos na cabeça.

- Que bom, e o que a gente tem haver?

- Vou ter que ir lá, e o Diretor não sabe que eu sou o responsável de irvine, quem matriculou ela foi a tia que morreu ano passado. - Falei andando de um lado para o outro.

- Usa sua identidade falsa, e acabou tudo - Alicia olhou pra mim com uma cara de "cu".

- Irvine vai ser expulsa, e quem vai pagar a porra do hospital da menina? - Fiz uma referência a nossa falta de dinheiro nos últimos tempos.

- Porra... A gente tem que adiantar o resgate de Improta, tudo parece estar dando errado pra gente. - Respondeu Cecilia, escrevendo alguma coisa no seu caderninho, provavelmente partes do plano.

- Mário, me da minha identidade falsa e uma .38, vou matar o diretor e partir fuga com Irvine.

- Perigoso demais Alex, ficou maluco? - Mário, com seu senso de ironia, pegou a .38 que deixava guardada no bolso e me entregou.

- Boa sorte, e não chame tanta "atenção" - Alicia falou com uma certa "raiva" sobre a situação.

- Irvine on -

Eu estava sentada na sala do diretor, recebendo uma bronca a meia hora, enquanto a garota lá, era levada pro hospital, me sentia vitoriosa, mas com medo por dentro.

- E COMO QUE VOCÊ FAZ UMA COISA DESSAS? SIM ELA FAZIA BULLYING MAS NÃO É PRA TANTO.

Eu já estava me estressando, é a milésima fez que o velho arrombado fala isso. Mas para minha salvação, Alex chegou, com um semblante sério, se sentando na cadeira que estava ao meu lado.

- Olá, diretor. Perdoe-me pelo comportamento de Irvine hoje. - O mesmo falou com a mão no bolso da jaqueta.

- Infelizmente Irvine terá que ser expulsa da escola, aqui estão os papéis. - O diretor colocou a papelada em cima da mesa juntamente de uma caneta, que Alex pegou e começou a assinar, em silêncio.

Estava um climão de merda naquela sala, isso me irritava cada vez mais.

- Prontinho, assinei. - Alex falou com um sorriso de lado, entregando os papéis para o diretor.

- Obrigado senhor Alex, tenha um bom di-

Foram ouvidos 3 disparos da pistola do mesmo, os três na cabeça, ele me pegou pelo braço e saiu correndo comigo, me jogando dentro do carro e entrando rapidamente no mesmo.

- Se segura. - Ele pisou no acelerador e saiu desviando dos carros na pista, na maior velocidade possível.

CONTINUA.....

(capítulo não revisado, perdoem-me qualquer erro).