cap 3.

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- Alex on -

Não conseguia pensar como a gente deixou ela para trás aquele dia, uma decisão que eu não sei como pude tomar, talvez estava sobre a influência de álcool, ou alguma droga parecida.

- Ela não vai aceitar ser da gente de novo, pelo menos eu não aceitaria, se estivesse no lugar dela. - cruzei meus braços e fiquei andando de um lado para o outro.

- Vamos organizar uma missão pra tirar ela de lá, acho que ela pegou 20 a 30 anos de prisão, não vai ser tão difícil. - Alicia sugeriu, levantando e indo buscar seu lap-top em seu quarto.

- Nós dois não vamos conseguir organizar tudo sozinhos, precisamos de Cecília e Mário aqui, mas eles devem chegar 5 da manhã, bêbados e totalmente drogados. - liguei a Tv e botei no jornal da madrugada que estava passando.

Tv: Tiroteio acontece em cassino, destruindo grande parte do estabelecimento. Duas pessoas envolidas fugiram com um carro aparentemente roubado, qualquer informação da polícia nos informamos.

- Ótimo jeito de chamar a atenção... filhos da puta. - falou Alicia voltando com o lap-top debaixo do braço.

- Mario on -

- CARALHO MARIO PORQUE VOCÊ FOI BRIGAR COM O CARA??? - Cecilia estava dirigindo em alta velocidade desviando de todos os carros para não causar um acidente.

- NÃO FOI CULPA MINHA, ELE ROUBOU! - Falei olhando o retrovisor, vendo as viaturas nos perseguindo.

- COISA QUE VOCÊ NUNCA FEZ NÉ? - Em um movimento brusco, ela deu um drift perigoso, entrando em um beco estreito e pegando um atalho.

- CALA BOCA. - peguei o saquinho de pó e cheirei, tentando me acalmar.

- NÃO É HORA PRA SE DROGAR MÁRIO. - Ela rapidamente pegou o saquinho da minha mão e jogou pela janela.

- A gente já despistou eles, eu acho. - Cruzei meus braços emburrado.

- Não vou parar de acelerar, esse atalho é bom, vou virar a esquerda e a gente vai dar de cara com eles.

E literalmente, a gente deu de cara. Assim que Cecília deu a curva, o carro se chocou com o portão da garagem, fazendo um barulho muito alto.

- Irvine on -

Acordei assustada com um barulho que veio da garagem, olhei o relógio do lado da cama, e marcava 5 da manhã. Hora que eu normalmente acordo pra ir para a escola 7 horas.

Levantei da cama meio atordoada, fui até a porta do quarto e abri, indo em direção a sala.

- O que foi isso? - disse com a voz rouca, me apoiando na parede.

Alicia e Alex apenas apontaram para Mário e Cecilia que entravam cambaleando em casa.

- Boas notícias! Sobrou 10 dólares aqui. - Mário falou aparentemente fora de si.

- Conseguiram acordar Irvine, meus parabéns. - Alex bateu 3 breves palmas em um tom irônico.

- Com Cecília assim nós não vamos conseguir nada.. - Alicia abriu seu lap-top e começou a escrever algumas coisas.

- Espera até amanhã, que eu já fico de boa. - Ela coçou os olhos, talvez estaria com sono depois de tudo isso.

- Já é cinco da manhã Cecília, se formos planejar algo tem que ser logo, pelo ótimo jeito que vocês chamaram a atenção, a polícia local já deve saber que estamos na cidade, e aumentar mais a guarda noturna. - Alicia falou com uma certa "raiva" clicando nas teclas.

- E Irvine, vai tomar seu café e tomar banho, se não vai se atrasar pra escola. - Alex complementou.

- Sério que depois de tudo isso vocês tão pensando na minha escola? Ah vai pra puta que te pariu vai. - virei as costas e fui até a cozinha preparar meu café.

- Narrador on -

Horas se passaram, o dia amanheceu, Irvine foi a escola sendo obrigada, Mário e Cecília cairam no sono a umas 3 horas atrás, Alex e Alicia quebravam a cabeça tentando construir um plano concreto.
Na casa só era possivel ouvir as teclas do laptop de Alicia sendo clicadas, e as paranóias malucas de Alex...

- Improta on -

E mais um dia começa. Levantei da minha cama e olhei a vista que eu olhava a 2 anos seguidos, olhei através das grades da minha cela e suspirei entediada. A única coisa boa era que eu não dividia cela e pelo meu bom comportamento eles vão diminuir minha pena, não seria capaz de perdoar os filhos da puta que me botaram aqui dentro.

???: Aí, café da manhã servido. - O guarda deixou um prato com uma comida desprezível no chão, e como sempre, eu não vou comer, e sim esperar a hora do banho de sol, devida hora do almoço.

- Não vou querer, parem de insistir, puta que pariu. - Cruzei os braços e balancei a cabeça em sinal de negação.

Como tinham instalado uma tv a pouco tempo na minha cela, decidi ligar e ver o que estava passando, e era algo que eu nem sonhava em acontecer.

Tv: Em Las Vegas ocorreu uma troca de tiro em um cassino envolvendo dois membros da gangue Dead or Alive, que assaltou o banco mais famoso da nossa cidade.
O presidente afirmou que enviou reforços para a cidade, para ajudar na segurança dos turistas.

- Aí tem coisa... e tomara que eu não esteja envolvida. - faleise braços cruzados com uma feição séria.

Continua....

Donos da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora