cap 2.

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- Mário on - 

Estava no banco do passageiro olhando pela janela aquela bela cidade que em plenas duas e meia da manhã nem pensava em dormir, os vários cassinos 24 horas abertos davam vida a cidade, os parques de diversões mesmo fechados, emitiam luzes chamativas, e isso me animava muito. 

Não demorou muito para a gente chegar no tal cassino, então eu desci do carro e estralei os dedos.

- Não acho tão provável Alex estar aqui, nunca vi ele apostando. - falei andando até o elevador da garagem, que nos levava até o salão principal.

- Nunca se sabe, ele deve estar caçando putas por ai, ou já achou sua presa. - Cecilia clicou no botão, chamando o elevador.

- Até que aqui tem umas musiquinhas boa pra fuder. - disse da boca pra fora, vendo o elevador abrir suas portas, assim entrei no mesmo.

- Mas a nossa intenção aqui é apenas achar Alex, mandar ele pra casa sozinho, e depois a gente fica aqui se drogando até o dinheiro acabar. - Ela se encostou no espelho do elevador e ficou esperando nós chegarmos no salão.

Se passaram exatos 5 minutos procurando Alex, até que enfim desistimos e decidimos perguntar pra pessoas que estavam apostando no poker. 

- Err.. eai, vocês por acaso viram um cara alto de cabelo meio curto que se chama Alex? - perguntei pros apostadores em minha frente.

??? - Eu vi! A uns 10 minutos atrás ele tava ficando com uma menina aí, mas depois daí eles entraram em uma suíte que eu não lembro o nome.

- Fudeu... - Imaginei eu e cecilia abrindo todas as portas dos quartos que tinham no andar de cima e tendo que ver cenas indesejadas.

- Par ou impar pra ver quem não vai abrir! - Ela me deu uma cotovelada pra chamar minha atenção.

- Par. 

- Impar.

- 3 minutos depois.. - 

Lá estava eu, abrindo as portas enquanto Cecilia ficava atrás de mim, estava tentando me segurar pra não jogar ela escada abaixo. 


- Alex on -

Finalmente eu consegui um desconto para ficar com essa garota, era o melhor dia da minha vida, e eu não queria ser interrompido por nada... Mas minha felicidade durou bem pouco.

A porta que eu tinha me esquecido de trancar foi aberta, e pro meu azar, era Cecilia e Mário que estavam quase vomitando tendo que olhar a visão do ato que estava fazendo.

- MAS QUE DESGRAÇA É ESSA ALEX?? - Gritou Mário morto de vergonha.

- Eu já deveria estar preparada.. - Cecilia deu as costas pra evitar olhar pra mim.

- Me deem só 1 minuto, e eu já saio pra espancar voc-

Fui interrompido por Mário batendo a porta com força.


- Cecilia on - 

- Depois dessa eu só quero mandar ele pra casa e não explicar porra nenhuma. - Falei olhando as unhas tentando esquecer o que tinha visto.

- Pra evitar brigas, a gente explica brevemente que Alicia quer falar com ele, e depois vamos pra farra entendeu? - Mário respondeu pegando seu celular e abrindo um jogo.

- Par ou impar pra ver quem explica? - Sugeri a forma mais justa de decidir quem vai.

- 2 minutos e meio depois... -

Alex tinha finalmente saído do quarto, e lá vai Mário explicar, morrendo de raiva por ter perdido de novo.

- Era só isso? E o que ela quer falar comigo? Puta que me pariu ein, vocês são uns empata foda do caralho. - Alex falava com voz de morto.

- Ela não falou o que iria conversar com você, e a culpa não é nossa se você troca a gangue por miseras prostitutas, que só querem dinheiro e não tem sentimento nenhum na porra da transa.

- Nunca pensei que iria falar isso, mas Mário tá certo - Pensando bem, o chifre de pimenta tava realmente certo sobre o que tinha falado.

- Sim, eu sei, eu to errado, mas eu também preciso me divertir.

- Todo dia? - perguntei levantando uma sobrancelha.

- Então tá, isso também vai valer pra vocês, eu dou mais atenção pro grupo e a gente vai poder sair os finais de semana, vocês pra se drogar e eu pra me divertir com as coisas que eu quiser. - Um ótimo argumento, poderia ser facilmente fechado.

- Tá bom, tá bom já entendemos, agora vai pra casa e se resolve com Alicia. - Mário falou empurrando Alex pro elevador que levava para a garagem - vê se não briga tão alto, Irvine tem escola amanhã, a gente não quer uma analfabeta na gangue.

Assim que Alex entrou no elevador, Mário se virou com uma expressão de alivio e falou:

- Baralho primeiro, sem heroína hoje, quase infartei semana passada.

- fechô. - corri pra escada junto com ele, rumo salão principal.


- Alicia on -

O relógio já batia três da manhã e nada de eu ter um pequeno descanso, levantei da cama sem paciência e fui até a sala, e assim me deparo com um Alex meio tonto sentado no sofá em silencio.

- Finalmente, filho da puta. - Sentei no outro sofá e fiquei de frente pra ele. - Tenho que conversar seriamente com você.

- O que você quer? - Ele me olhou provavelmente nervoso.  

- Mário e Cecilia, só esse mês foram mais de 20 MIL dólares que eles gastaram em drogas e em apostas, eu olhei as estatísticas e se continuarem desse jeito, a gente vai falir.

- E eu com isso? - Dei um soco na cara dele, pra descontar minha raiva.

- Acorda caralho, você é a porra do líder disso daqui e o que você ta fazendo? NADA. Nós precisamos de um assalto, Alex. Literalmente de um assalto, não lembra de onde a gente tirou esse dinheiro todo?

- Flashback on -

Nova Iorque, 2019. os Dead or alive estavam no auge dos roubos. No fim da tarde daquele mesmo dia, eles tinham acabado de roubar o banco mais famoso da cidade, com a ex arrombadora de cofres  da gangue. Naquele dia, a van de fuga tinha sido inteiramente metralhada pelos policiais, Mário com sua mira derrubou 15 policiais, dando a chance do grupo fugir de vez daquela cidade, rumo a tal Las Vegas, onde os mesmos iriam ficar por um bom tempo....

 - flashback off -

- Improta.. Alex. A gente precisa dela. - Olhei pro chão relembrando tudo que tinha acontecido.

- VOCÊ NÃO LEMBRA DO QUE ACONTECEU? A GENTE DEIXOU ELA ALICIA. A GENTE DEIXOU ELA SER PRESA, ALICIA. - Ele se levantou do sofá revoltado da má lembrança recebida.


CONTINUA.......

Donos da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora