Imagem da mídia para como a Lauren foi pra escola no primeiro dia:
P.O.V Lauren J.
Começo de ano. Escola nova, novas pessoas, novos costumes, enfim... Tudo novo!
Muitos diriam que é animador, eu digo que é uma droga completa!
Nunca tive amigos, sofria bullying, tanto verbal quanto físico.
Com um histórico desses, não tem quem se anime.
Já chego na escola observando tudo ao meu redor, tentando decifrar quem seria uma pessoa ruim e quem seria péssimo. Pessimista eu sei.
Assim que encontrei minha sala, entrei fui direto na carteira do fundo, a mais afastada de qualquer adolescente padrão. Sei o que deve estar pensando, que sou uma adolescente chata falando mal de outros adolescentes chatos. Sim, eu sou!
Aproveitei que tinha chegado mais cedo e fiquei observando quem entrava e saia da sala.
Estava indo tudo bem, até uma menina entrar na sala e vir na minha direção. Meu único pensamento foi:
"Não se atreva a sentar do meu lado!"
Como você deve ter imaginado, ela se sentou EXATAMENTE do meu lado.
E o pior, veio logo puxando assunto:
- Aluna nova?
Sem a mínima vontade, respondi um simples:
-Sim.
Vi que ela ficou meio sem graça, e decidi ser educada perguntando o mesmo.
-Sim! Escola nova é um saco né?
Nessa hora, ela me chamou a atenção. Finalmente alguém que pensava como eu ali dentro!
-Rosalía. – Disse ela estendendo sua mão em forma de cumprimento.
-Lauren – Respondi apertando sua mão.
A partir daquele momento, iniciamos uma conversa sobre pessoas extremamente superficiais que são exatamente aquilo que parecem ser.
E se você parar pra pensar, as vezes pode ser bem fácil decifrar as pessoas. Por exemplo:
Eu estava sentada na última carteira, que fica encostada na parede, lado contrario a porta, e na fileira que fica ao meu lado, lá nas carteiras da frente, tinha uma menina loira e baixinha.
Pela forma que ela agia e o modo que se vestia, com toda certeza era menina de igreja. Não que ela usasse aquelas saias, era uma calça comum e uma blusa estilo Polo, e sapatilha nos pés.
Não aquelas chatas, que querem impor sua religião em cima dos outro, e sim daquelas que te aceitam acima de tudo e te respeitam, sabe?
Passamos um bom tempo falando sobre isso, até eu ver uma menina entrar na sala. Tentei a todo custo não ficar encarando, mas parecia impossível! Ela tinha os cabelos longos. Os olhos me chamaram a atenção, mesmo que do outro lado da sala. Seu rosto bem delicado, e o nariz completamente proporcional ao rosto. Tudo parecia estar em seu devido lugar.
Não sei dizer exatamente o que eu estava sentindo, nunca tinha sentido isso na vida! Nem mesmo pelos meus ex's, e nem fazia muito tempo que tinha terminado com um deles.
Ok! Não foi exatamente um término, uma vez que nunca conversamos sobre isso.
Final de ano letivo, 9º ano, nos despedimos só com um toque de mão e fomos cada um pra um lado.
Eu estava com 14 anos (e ainda estou, porque tudo aconteceu no fim do ano passado), e nunca tinha pensado que pra se ter um relacionamento, teria que ter sentimentos. Só sabia que pessoas faziam essas coisas, e eu queria fazer também!
Você pode estar pensando que isso é bem ingênuo pra alguém com 14 anos, mas para pra pensar:
Eu nunca tive amigos (só uma, que foi bem importante mas não vem ao caso agora), ninguém nunca me explicou nada sobre relacionamentos, nem mesmo meus pais! Então, pra mim aquilo era super normal. Inclusive, o que ele fez comigo pouco antes das aulas acabarem, mas isso é assunto pra oura hora.
As minhas mãos suavam frio, meu coração estava muito acelerado e minha boca estava completamente seca. Me senti ficar ansiosa, não só por sua presença, mas também pra falar com ela. E pode ter certeza, de que eu não vou fazer isso nem tão cedo!
Aquele dia, foi como um sopro pra mim. Não prestei atenção na aula, nem nos assuntos que Rosalía tentava puxar. Passei praticamente a aula toda prestando atenção naquela menina. Não me lembro nem mesmo do intervalo. Só me lembro de chegar em casa, ajudar minha mãe no jantar e dormi. É eu sei! Nem mesmo um banho eu tomei. Não me julgue!
...^-^...^-^...
Acordei com o barulho de notificação do meu celular, fui ver o horário, e faltava 5 minutos pro alarme tocar. Aproveitei pra já ir me arrumando, as vezes pode ser bom chegar um pouco mais cedo. Só pra guardar meu lugar, né? Né!
Acabei me enrolando no caminho, e cheguei em cima da hora.
Assim que entrei na sala, ela já estava sentada na carteira dela, e na mesma hora olhou em minha direção. E eu? Bom, eu travei! Dei um leve sorriso e continuei andando até a minha carteia. Assim que me virei pra sentar, ela estava atrás de mim. Na hora tomei um leve susto e acabei soltando o ar que nem sabia que estava segurando.
- Oi! – Eu disse extremamente tímida.
-Você é bonita! – Disse ela puxando uma cadeira e se sentando ao meu lado.
- É... e-eu... vo-vo-você tamb...
- Qual seu nome? – Perguntou ela me cortando.
-La-lauren, e-e o seu? – Perguntei também.
-Não importa. Aluna nova, não é? Não me lembro de ter te visto por aqui antes.
Naquele momento fiquei meio assustada com o jeito que ela estava falando comigo. Mas mesmo assim respondi:
-Sim, eu sou! – E até que enfim, uma frase completa sem gaguejar!
Ela estava serena, me encarando sem parar.
Então ouvi o sinal. Que por um acaso, parecia bastante com o barulho do meu despertador.
- Ah não! – Eu disse e ela apenas sorriu labialmente, enquanto negava com a cabeça baixa.
Acordei suando frio. Respiração acelerada. Olhei no relógio, estava quase na hora de ir pra escola. Levantei de pressa e fui tomar um banho rápido. Vesti a primeira roupa que encontrei, e fui correndo pra escola. Eu esqueci completamente, que minha mãe trabalhava hoje e acabei não colocando o celular pra despertar mais cedo. Nos dias que minha trabalha, eu tenho que ir andando, por não morar tão longe da escola. Nada de mais, só uma caminhada de uns 30 minutinhos.
Quando cheguei, estava nervosa por causa do sonho. O que será que iria acontecer?
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Friendship with benefits
FanfictionComeço de ano. Escola nova, novas pessoas, novos costumes, enfim... Tudo novo! Muitos diriam que é animador, eu digo que é uma droga completa! Nunca tive amigos, sofria bullying, tanto verbal quanto físico. Com um histórico desses, não tem quem se a...