é uma declaração?:

0 0 0
                                    

Terça já começou agitada, acordei atrasada de novo pois eu demorei a ouvir o despertador, só o ouvi depois que Duda me chaqualhou e falou que já estava despertando a horas, né troquei com calma mas não tive tempo pra mais nada.

Sai correndo e nem tive tempo de abrir o envelope de novo.

Já estamos na penúltima aula que é de informática e finalmente o Ryan apareceu, será que ele estava me evitando? O olhei e ele abaixou a cabeça imediatamente, ele tinha me pego olhando.

Segui a aula olhando pra frente e fingi que ele não estava ali, se não eu ficaria preocupada, ele tá chateado tanto assim? Ele realmente gosta tanto assim de mim? Mas que droga Deus, porquê não sinto o mesmo!?

Pare de pensar nisso e concentra, ainda temos outra aula depois dessa e não podemos ficar pensando em outras coisas se não na matéria, se não vou me dar mal nas provas.

[...]

Cheguei no quarto louca por um banho, ah não queria nem saber, corri logo pra água quentinha, eu estava tão cansada que vesti uma roupa fresquinha, já velha e acabei dormindo.

Acordei com a Duda entrando no quarto desesperada:

- Perdi meu brinco, me ajuda a achar Hugo.

- Para de gritar menina, ala acordou ela. - Hugo me olhou.

- O que está acontecendo? - ainda tava meio sonolenta e meu olho mal tinha aberto.

- Enquanto você dormia eu dei uns beijos na sua amiga e a besta perdeu o brinco. - Hugo riu.

- Que nojo, vocês se pegaram e eu podia ter acordado e visto toda a cena. - puis o dedo em direção da garganta.

- Que nada meu amorzinho, foi só beijo mesmo, tá achando que somos loucos? Umas mãozinhas bobas trocadas talvez, mas nada além. - Ela riu.

- Ah bom. - a empurrei para eu entrar no banheiro e lavar o rosto pra ver se acordava.

Agora não era uma boa hora para ver o envelope, eu queria estar sozinha para ler. Mas parecia que ele não devia ser lido, de tanto que o universo evitou.

Decidi sair do quarto e deixar os dois a sós, já que eu mesma não podia.

Fui até o campus, sentei em um dos bancos e olhei o por do sol, eu tinha trago o envelope comigo e quando o abri de lá saiu uma rosa murcha, e uma folha de caderno.

Comecei a ler:

Querida lua,

Me dói o peito saber que a única forma de expor todo meu sentimento é por meio de uma folha simples de papel, desculpa ter sumido mas não consigo te encarar agora, não quero me afastar de vez, mas não sei quando vai poder ler essa carta

[...]

- Ei, tá fazendo o que aqui sozinha? - Valen e Paulo se aproximou.

- Sofrendo. - sorri.

- o que escondeu aí? - Valen pegou o papel da minha mão.

- É uma declaração? - Ela leu as três primeiras linhas e né encarou.

- Talvez. - olhei para o chão.

- Particular de mais pra mim continuar lendo. - ela sorriu e pois no banco.

A última frase que li na carta fazia total sentido, nem eu sei quando vou conseguir ler toda, acho que ele tava fugindo de mim por não saber se eu já tinha lido e o que eu ia pensar e como ia reagir, por medo de como eu ia reagir.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Mar 27, 2022 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

A menina na bibliotecaOnde histórias criam vida. Descubra agora