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"'Cause after the storm's when the flowers bloom" ~ After The Storm - Kali Uchis feat. Tyler, The Creator & Bootsy Collins

capítulo 1
s/n

Eu gosto de ficar pensando em coisas que nunca vão acontecer comigo.

sabe? ficar imaginando coisas impossíveis.

as vezes quando eu estava lendo um dos meus livros, eu me distraia e ficava observando qualquer coisa e imaginando como a minha vida seria se eu fizesse parte da história que eu estava lendo.

Eu gosto de livros de terror e me imaginar como a protagonista do livro. Faz eu me sentir bem.

Mas a maioria das protagonistas de filme ou livros de terror são burras. Isso é um fato.

Mas talvez eu não seria aquela protagonista burra que só sabe gritar e correr e não faz absolutamente porra nenhuma a história inteira e no final ainda paga uma de fodona.

Beleza, nem todas elas são assim.

Mas sei lá, eu tenho uma imaginação fértil.

Meu pai sempre dizia que eu falo tudo o que vem na minha cabeça e que eu deveria tomar cuidado com as minhas palavras porque eu poderia ferir os sentimentos de alguém.

Isso já aconteceu uma vez...

Foi quando eu estava no sétimo ano, minha amiga Luna tinha me perguntando o que eu achava da roupa dela, e ela tinha me dito pra ser sincera

Eu disse que tava horrível - e realmente tava - ai ela saiu correndo e nunca mas falou comigo.

Eu não entendi, ela tinha pedido pra ser sincera não é?

A última vez que eu falei com ela foi no velório do meu pai, depois disso eu nunca mais vi ela. Kate disse que ela e sua família tinham se mudado pro Texas.

O que tem de legal no Texas?

Quando meu pai morreu, meu mundo desabou.

Minha vida não tinha sentido sem ele, e ainda não tem.

Kate, minha tia mais próxima, me disse pra eu tentar superar tudo isso e viver a minha vida

Eu tentei, mas não deu certo

Namorei com um garoto que eu achava que me amava, mas no final era tudo mentira e isso só fudeu mais com o meu psicológico.

A morte do meu pai e logo em seguida uma decepção amorosa.

Meu único refúgio foram os livros. Ler me fazia bem.

Muito bem.

então, era mais um dia normal.

As gotas de chuva rolando pelo vidro da janela embaçada me trazia paz mas ao mesmo tempo me deixava triste porque não podia sair de casa se não podia pegar um resfriado.

Eu estava sozinha em casa porque Kate estava no trabalho. Estava na sala deitada no sofá lendo um dos meus livros

Era sempre assim, Kate saia para trabalhar bem cedo e só chegava as 4 da tarde. Ela sempre deixava comida na geladeira para mim e a noite nós jantava-mos juntas ou as vezes ela me levava em algum restaurante quando não estava tão cansada.

Morar com ela não era tão ruim, ela era legal e gostava de mim. Ela era como uma mãe pra mim

A mãe que eu realmente nunca tive.

Enquanto eu estava destraida lendo o meu precioso livro ao som das gotas de chuva caindo lá fora, me assusto com Kate entrando toda animada pela porta.

─ Tia, que susto! Quer me matar do coração? ─ coloco a mão no peito assustada e olho para Kate.

Ela larga o guarda-chuva num quanto qualquer e senta ao meu lado com um sorriso de orelha a orelha e diz: ─ Boas notícias!

─ o que? ─ me sento no sofá e olho para a mesma a minha frente.

─ Consegui um novo emprego! ─ ela diz empolgada batendo palminhas.

─ Uau, que incrível tia! ─ abraço a mesma. ─ é o que?

─ Vou dar aulas pra uma menina de oito anos, o nome dela é Flora e eles pagam super bem. ─ ela sorri.

─ e quando você começa?

─ bom, sobre isso... O emprego exige que eu more lá.

─ Como assim "morar" lá? ─ pergunto confusa.

─ É porque a menina perdeu os pais a algum tempo e ela não pode sair da propriedade. Então eu precisarei morar lá.

─ não sei se vou me adaptar a isso, mas se você ta feliz eu também estou! ─ sorri. ─ Quando você se muda? Eu vou poder ir junto? E o que vai acontecer com essa casa?

─ você vai comigo, eu já conversei com a governanta da casa pelo telefone e ela disse que estava tudo bem, nós vamos nos mudar depois de amanhã e a respeito dessa casa, eu deixarei ela com uma amiga minha, qualquer coisa a gente volta pra cá. Não precisa se preocupar. ─ ela sorri e passa sua mão delicadamente pela minha bochecha. ─ agora vai fazer suas malas! ─ ela da tapinhas na minha coxa e levanta animada indo em direção ao seu quarto.

Me levanto logo depois indo em direção ao meu quarto e começando a arrumar minhas coisas.

Talvez seja fácil me adaptar a uma nova experiência.

É... Vai ser fácil.

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é a minha primeira fanfic que eu publico e eu to meia insegura

desculpa qualquer erro

Até.

Greyhound • Miles Fairchild + YouOnde histórias criam vida. Descubra agora