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"god only knows"
~ Heaven - Niall Horan

Capítulo 32
Miles

Enquanto eu trazia aquele telefone de fio até a minha orelha, respirava fundo antes de dizer qualquer palavra se quer.

─ Como... Você está? ─ perguntei para a garota do outro lado da linha.

Eu estava em um dos quartos da casa antiga que s/n morava com Kate. Estava sentado na beira da cama com um telefone de fio enquanto Flora dormia no outro lado da cama.

─ Se eu falasse que estou bem, eu estaria mentindo. ─ ela solta uma risada. ─ Porque você está me ligando? Eu tô no quarto ao lado.

─ Não quero te encomodar mesmo eu estando fazendo isso agora... ─ suspirei.

─ Você não está me encomodando, você não me encomoda, amor. ─ um sorriso bobo se forma em meu rosto.

─ Quero ir ai com você, mas não quero deixar Flora sozinha aqui, vai que ele aparece...

─ Flora disse que ele está preso naquela casa, ele não vai vim aqui encher o nosso saco. ─ ela faz uma pausa. ─ Mas de qualquer forma, você tem que cuidar da sua irmã e eu sou a sua menor prioridade agora.

─ Não fala isso.

─ De qualquer forma, já são quatro da manhã e você tem que dormir. A gente ficou naquela delegacia por muito tempo e mais tarde a gente vai ter que voltar pra mansão pra pegar as nossas coisas e pra mostrar para os policiais como tudo aconteceu... ─ ela suspira. ─ Dorme bem.

─ Vou tentar dormir. Dorme bem, ta? Qualquer coisa você grita, corre aqui pro quarto ou só liga, vou estar aqui por você e pra você. ─ sorri. ─ Eu te amo.

─ Eu te amo, Miles. ─ ela encerra a ligação.

Eu coloco o telefone encima da escrivaninha ao lado da cama e me deito.

Depois que a gente saiu da mansão, fomos primeiro pegar as chaves da casa com a amiga de Kate, depois fomos no hospital fazer um curativo no meu braço e logo em seguida seguimos para a delegacia. Obviamente a gente não contou que vimos fantasma mas contamos que Kate tinha ficado louca e que ela tentou nos matar.

Infelizmente a coisa fedeu pro lado de s/n pois a mesma contou que passou com o carro por cima de Kate, mas o policial disse que foi legítima defesa então não vai acontecer uma coisa tão grande, mesmo ela tendo matado a própria tia.

Ficamos cerca de 3 horas na delegacia prestando depoimento e depois nós fomos direto para a casa de s/n. Ela decidiu que ia dormir no seu quarto antigo e Flora e eu dormimos no quarto de hóspedes pois eu me recusei a dormir no quarto de Kate.

A casa era média, tinha três quartos, uma cozinha, uma pequena sala de jantar e a sala principal. Era aconchegante.

Na área externa, tinha uma cerca e algumas flores logo na entrada, uma varanda com um balanço. Na parte de trás tinha uma lavandeira e um espaço de uns 2 metros para churrasco.

Na manhã seguinte, eu acordei por volta das 10:00 da manhã, levantei da cama e tomei um banho no banheiro que tinha dentro do quarto. Vesti uma roupa reserva que s/n tinha deixado para mim e sai do quarto.

─ Dia. ─ disse assim que cheguei na cozinha me deparando com Flora e s/n fazendo café da manhã - ou tentando.

─ Dia! ─ responderam em uníssono. ─ Grose me mimou tanto que esqueci como fazer panquecas! ─ s/n tentava desgrudar a massa da frigideira.

─ Você nem se quer colocou uma manteiga ai nessa frigideira pra não grudar! ─ Flora falou enquanto estava em pé em um banquinho em frente da ilha de mármore tentando passar o café do bule para a garrafa térmica.

Greyhound • Miles Fairchild + YouOnde histórias criam vida. Descubra agora