Eleanor abriu os olhos e tentou se acostumar com a claridade da enfermaria. Se sentou na cama e olhou para Cyborg, que dormia tranquilamente em uma das cadeiras que não estavam destruídas. Aquele caos todo tinha sido culpa dela? Com um suspiro, colocou os pés no chão e começou a sair da cama.
- Nem pense nisso. – Cyborg disse, olhando para ela. – Você pode estar curada, mas ainda precisa descansar.
- Tio Cyb! – Eleanor exclamou sem graça. – Pensei que você estivesse dormindo.
- Pensou errado, mocinha. Agora volte para a cama.
- Mas eu não estou mais com sono.
- Eleanor, por favor. – ele fez beicinho, levando-a de volta para a cama e deitando ao seu lado. – Vamos dormir só mais um pouquinho.
A menina revirou os olhos e riu baixinho, abraçando Cyborg.
- Tá bom, mas antes... Tenho algumas perguntas.
- Pode falar.
- Eu quebrei todas essas coisas? – Eleanor perguntou, olhando ao redor.
- Sim, mas não foi culpa sua. – Cyborg deu de ombros. – E não se preocupe, posso consertar isso em, no máximo, três dias.
- Mas os seus computadores...
- Não tem problema, eu juro.
- Então... O que foi que aconteceu?
- Bom... Acho que o seu pai vai querer te contar isso...
- Não quero falar com o meu pai.
- Els, ele passou os últimos três dias enfiado dentro do quarto. Só saía para ficar aqui com você. Não o trate assim porque, no final das contas, ele é o seu pai e só quer o seu bem. Tem noção de como ele ficou desesperado quando pensou que te perderia? Foi assustador. Nunca vi o meu amigo assim.
- Eu sinto muito, tio Cyb. Não queria que nada disso tivesse acontecido.
- Eu sei. Não foi culpa sua.
- Como vocês fizeram para me curar? – Eleanor arqueou uma sobrancelha. Estava se sentindo ótima, renovada. Não se sentia assim há muito tempo, e podia jurar que alguma coisa dentro dela tinha mudado. Como se, finalmente, seu corpo aceitasse completamente seus poderes. Além disso, sentia-se mais controlada e completa. Podia sentir que tinha criado ou renovado um vínculo muito forte com alguém... Mas quem seria essa pessoa? – Aposto que o meu pai ficou em cima de você para achar um antídoto para os meus poderes.
Cyborg riu e concordou com a cabeça, olhando para Eleanor enquanto pensava em uma história convincente que não envolvesse a boa ação de Ravena.
- Sim, ele ficou. Foram os três dias mais longos de toda a minha vida. Consegui fazer com que você se curasse sozinha.
- Eu me curei so-sozinha?
- Você é mais forte do que pensa. – ele disse, culpado. – Conseguiu fazer o seu corpo aceitar completamente a junção dos genes dos seus pais, e eu estou muito orgulhoso de você.
- Eu posso me curar sozinha! Meu Deus! – Eleanor tampou a boca com as mãos. – Isso é incrível! De quem eu puxei isso, tio? Porque eu sei que o meu pai consegue se curar mais rápido do que as pessoas normais por causa do metabolismo dele, mas...
- Sua mãe.
Eleanor piscou algumas vezes, tentando disfarçar a emoção que estava sentindo.
- Ela também fazia isso?
- O tempo todo. – Cyborg sorriu, puxando-a para um abraço. – Uma vez, ela entrou na mente do Dick para ajudá-lo, acredita?
- E funcionou?
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For The Love of a Daughter
FanfictionQuando Mutano e Ravena pensaram que ficariam juntos para sempre, uma notícia veio para acabar com todos os planos que eles tinham. Abalados e com uma nova vida em suas mãos, problemas começam a surgir e Ravena é a primeira a abandonar a vida que el...