For The Love of a Daughter

Sympathy For The Devil

Quando a noite caiu, os Titãs pensaram que tudo já estava perdido. Tinham passado o dia todo procurando por Eleanor no tal estúdio abandonado, mas o lugar inteiro parecia... Abandonado demais para ser o lugar certo. Depois de muitas discussões e acusações por parte de Abelha, Ravena resolveu usar seus poderes para tentar sentir a presença de Eleanor. Bingo! Ela estava lá. Estava em um dos vários andares subterrâneos, e não estava sozinha.

- Nós precisamos entrar – Asa Noturna disse, olhando ao redor. Estava calmo demais. – Ravena, você pode quebrar essas madeiras sem fazer barulho? Não quero que saibam que nós já estamos aqui.

- Posso – Ravena respondeu, lançando sua energia negra para a madeira velha que fechava a entrada do lugar. – Isso está fácil demais, vocês não acham?

- Fácil? – Abelha perguntou, incrédula. – A Eleanor está desaparecida e você fala que está sendo fácil? Sinceramente...

- Karen! – Cyborg a interrompeu. – Chega! Que bicho te mordeu? Por que você está tratando a Rae e o Mutano desse jeito? Acha que eles não estão preocupados? É a filha deles que está desaparecida! Se eu não te conhecesse, diria que você está se sentindo culpada por tudo que está acontecendo.

Abelha bufou e cruzou os braços, entrando no estúdio de gravação. Cyborg olhou para Ravena e Mutano como se pedisse desculpa pelo comportamento da namorada, e deu de ombros.

- Vocês estão prontos? – Damian perguntou, animado.

- Ahn... Damian, é melhor você ficar aqui fora – Asa Noturna disse, sem graça. – Você já roubou o jatinho do Bruce, se acontecer alguma coisa lá dentro... Não quero que você se machuque.

- Ah, Dick. Você é um ótimo irmão mais velho, mas nada que você fale vai me impedir de entrar nesse estúdio. Nós estamos falando da Eleanor. Ela é a minha melhor amiga! Sempre tentou ver o meu lado bom mesmo quando eu era um idiota com ela. Eu gosto dela. Se eu tivesse chegado à tempo, esse Scott não teria conseguido...

- Não foi culpa sua, Damian – Mutano colocou a mão no ombro dele. – Eu sou o responsável por tudo isso. Não contei a verdade para ela quando tive chance e agora todos nós estamos sendo obrigados a passar por isso.

- Senhor Logan...

- Tá tudo bem. Deixa ele ir, Dick. Vou ficar de olho nele.

Asa Noturna concordou com a cabeça e pegou a mão de Estelar, entrando no estúdio. Mutano tentou sorrir para Damian e olhou para Ravena.

- Você não vem? – ele perguntou.

- Eu... Eu não sei. – Ravena respondeu, colocando o capuz de sua capa.

- Qual é o problema, Rae? – Cyborg perguntou, aproximando-se dela.

- É a equipe de vocês. Eu sei que não sou bem-vinda aqui – ela olhou para Mutano. – Não quero atrapalhar. Quer dizer, não luto desde que fiquei sabendo que estava grávida. Não tenho mais aquela energia e estratégia rápida.

- Você é parte da equipe, Ravena – Cyborg sorriu. – Nunca deixou de ser. Nós confiamos em você.

- Eu...

- Vamos logo, Rae – Mutano falou, segurando a mão dela. – Não precisa se preocupar.

Ravena concordou com a cabeça e puxou a mão da dele, suspirando. Deu uma última olhada do lado de fora do estúdio e entrou, sendo seguida por Cyborg, Damian e Mutano.

- Eu tenho um mau pressentimento sobre isso. – ela murmurou.

O cheiro de mofo dentro do primeiro andar do estúdio deixou Ravena com vontade de espirrar. Graças aos cenários e equipamentos abandonados, eles chegaram à conclusão de que um filme de faroeste tinha sido gravado ali. Julgando pela qualidade do cenário, tinha sido um filme feito para imitar o estilo dos mais antigos.