2-Dré

28 5 7
                                    

"Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma"

O pacto foi selado com uma lágrima de cada Dragão num pequeno ramo cortado da árvore da vida.

Quantas vezes já vimos animais inteligentes pedirem para ser encarcerados?

Como é possível errar tanto com tão pouca liberdade?

Tanto os Homens como os Dragões deram um passo atrás na evolução e seriam precisos centenas de anos para restabelecer o equilíbrio.
Esforços, sacrifícios e entreajuda seriam moedas de troca para saldar dívidas acumuladas.

Dragania transformou-se num Biji uma pequena ave voadora parente próxima do Kiwi e foi viver com Almira.

Geração após geração, Dragania permaneceu protegida na família, bem como o ramo que selou o pacto.

Tinha chegado a minha hora de saber a verdade e com ela a responsabilidade de escrever mais um capítulo.

O ritual guardião da varinha habilitava a compreensão de todas as línguas existentes no planeta.
Já conhecia Dragania, mas nunca a tinha percebido falar como se fosse um humano, o que por si já era incrível e como se não bastasse o seu portador adquiria o controlo sobre a matéria.

Minha avó Levira alertou para os perigos de tamanha responsabilidade.
A varinha sempre foi usada discretamente para proteger a vida na Terra e assim devia continuar.
Contou inúmeras situações em que foi usada em catástrofes naturais, secas, curas...
A sua saúde já não era a melhor, mas foi bastante clara quanto à sua utilização, falar sempre e apenas com Dragania e nunca usar para benefício próprio.

Amanhã Acordo O AdultoOnde histórias criam vida. Descubra agora