1-Almira

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Esta história foi confiada pela minha avó, que por sua vez, assegurou o que tem sido feito há muitas gerações.

Há muitas centenas de anos, quando os Dragões povoavam os céus, houve uma guerra que quase os levou à extinção.

Cavaleiros de vários reinos, cegos pela ambição desmesurada de possuir o que não compreendiam, partiram numa cruzada selvagem,
em nome de um ideal primitivo.

Num momento crítico, foi realizado um conselho Draconiano para assegurar a continuidade da espécie.
Também ali, o orgulho era a nota dominante.
Ânimos exaltados, falta de consenso, sentimentos destrutivos, foi quando Dragania, expelindo um pouco da sua força, captou a atenção dos restantes.

Talvez houvesse outra solução e conhecia a pessoa certa. Aquelas palavras semearam uma tempestade, como poderiam aceitar ajuda de um humano, se era contra eles que estavam em guerra.
Dragania não quis saber, acima de tudo, era uma amiga, em dois sopros foi a Lusitânia e regressou com Almira uma feiticeira poderosa que em nada fazia parecer.

Nada tinha mudado, o caminho permanecia sombrio, guerra, violência, morte e parecia terem arranjado mais uma vítima não fosse a ligação entre Dragania e Almira ser demasiado forte.

Havia apenas uma chance. Almira falou aos corações de cada um dos presentes, a sua voz era um bálsamo, quando serenaram, explicou-lhes que se abdicassem do elemento dominante, poderia usar esse poder para moldar formas diferentes, uns deixariam de voar, outros de viver debaixo de água, alguns não poderiam tocar na terra... quanto ao fogo continuaria a alimentar as suas vidas pelos séculos vindouros, mas os corpos teriam que ficar consideravelmente mais pequenos.

Restavam poucos, Almira não podia decidir por eles.
A maior parte aceitou os termos do acordo.




Amanhã Acordo O AdultoOnde histórias criam vida. Descubra agora