Confesso que foi uma luta escrever esse capítulo kkkkk
Reescrevi milhares de vezes e acho que agora gostei do resultado, enfim, espero que gostem.
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As oito horas da manhã volto para meu apartamento ainda me perguntando como Hana me convenceu a trazer uma samambaia para casa. Ela me pediu para que cuidasse da maldita planta enquanto a floricultura passava pelos ajustes necessários para reabrir. Aparentemente não havia mais espaço na casa dela e Hana não queria que a planta ficasse sozinha, já que minha amiga costuma conversar com ela todos os dias.
Hana é maluca.
Agora tem uma planta em cima do balcão da cozinha que eu tenho que manter viva por pelo menos sete dias. Existe um motivo pelo qual eu não tenho um gato ou um cachorro.
Eu não sou capaz de manter qualquer coisa segura ou viva, e isso me inclui. Como ela acha que eu não vou matar a maldita samambaia?
Eu já matei um cacto porque me esqueci de regar. Veja bem, um cacto!
Uma planta capaz de sobreviver ao deserto com o mínimo de água, e eu consegui fazê-lo morrer de sede! O que a coitada da samambaia que precisa de muito mais frufrus vai passar sobre minha supervisão?
- Eu não sabia que você gostava de plantas?
Me assustei ao ouvir a voz de Hawks atrás de mim. Virei-me rapidamente e o encontrei com o ombro apoiado na parede que dividia a sala do corredor, ele ainda parecia sonolento, embora bem mais descansado.
- Não é minha. Eu só preciso cuidar dela por uns dias. – digo enquanto aponto para o emaranhado de folhas verdes. – Você não deveria dormir mais?
Afinal, se muito ele dormiu foram quatro horas.
- O que? Não! Dormi demais até. – ele disse para meu total espanto.
Em que mundo ele vive, onde quatro horas de sono poderia ser considerado como dormi demais?
- Obrigado, Miwa. Você me salvou de cair mortinho de sono em um beco aleatório. – ele disse enquanto se aproximava de mim, mas seus olhos correram para o lugar onde a planta estava, mais especificamente para o local onde bati a cabeça. – Ei, você arredondou a ponta.
Hawks passou por mim e correu os dedos pelo mármore que agora formava um semicírculo suave onde antes havia uma ponta assassina. Depois do último episódio eu finalmente decidi que era hora de chamar alguém para deixar o balcão mais seguro para mim.
- Agora não tenho mais riscos de abrir a cabeça de novo! – comentei fingindo uma animação.
Agora, se eu escorregasse e batesse a cabeça de novo, eu teria uma dor de cabeça e talvez um corte.
Ele riu brevemente da minha encenação e então voltou os olhos para mim.
- Então... – ele murmurou passando a mão pelo cabelo.
