Já em Los Angeles desde o dia anterior, Alice está arrumando suas coisas para se mudar para a mansão de Chris. Eles decidiram morar no campo enquanto o filho deles é uma criança, para se livrarem de todo o tumulto da cidade e ter um pouco de paz. A campainha toca e Alice vai até a porta, quando olha pelo olho mágico se assusta, mas ainda sim abre a porta e fica paralisada:
-Quem te deixou subir? - pergunta ela
-Uma boa quantia e "uma surpresa pra filha que não vejo a muito tempo". - responde Roberto
-"Filha" é um pouco demais!
-Você é, querendo ou não.
-Pai é quem cria! Já te falaram isso?
-Eu quero falar com você, por favor me deixe entrar?!
-Pra eu ao menos considerar falar com você, vai ter que dispensar seu guarda-costas.
-Que guarda-costas?
-Aquele ali ó! - Alice aponta e Roberto vê que seu segurança está na porta do elevador e o dispensa, virando novamente para a filha
-Pronto? - ele pergunta e Alice abre a passagem para ele entrar - Então...
-O que você fez? - pergunta Alice atraindo o olhar de Roberto
Nesse momento, Roberto ficou a boca seca a medida que o silêncio percorria o apartamento. Alice parada na frente da porta ficou observando o pai de longe até que ele ergueu o olhar a ela, e então ela entendeu e seus olhos começaram a encher de lágrimas:
-Entendi. - diz Alice tentando conter as lágrimas
-Você não sabe de nada ainda. - diz Roberto
-Não claro que eu não sei de nada... como o fato de você ter mandado aquele homem matar minha família, por ter me tirado as únicas pessoas que me importava e que eu ainda tinha na vida... mas óbvio que eu não sei de nada. - diz Alice indo a cozinha mas para assim que Roberto fala:
-A Bruna é sua mãe! - diz ele e Alice o encara em choque - Ela era sua mãe, era a mulher que eu amava... você...
-Começa pelo inicio de tudo, agora! - disse Alice sem piscar
Roberto suspira e vai até o sofá se sentando lá, apoia seus braços nas pernas e começa:
-Seu avô é dono da Interprise Technologies, ele espalhou o negócio por todo território nacional, foi assim que eu e sua mãe nós vimos pela primeira vez. Eles se mudaram para São Paulo, Bruna e eu nos conhecemos na adolescência, com a mesma idade que você chegou a 6 série, nos apaixonamos, mas seu avô era egoísta, era um homem sujo, ele se aproveitava da Bruna e da sua tia... - Alice suspira e se segura no balcão da cozinha - Ele a estuprava, até o dia em que ela descobriu a doença. Ela ficou comigo na minha casa com meus pais até seu avô descobrir e nos ameaçar, a Bruna com muito medo não deixou eu ver ela nunca mais. Até que um dia, eu abri a porta de casa e tinha uma cesta com um bebê dentro e uma carta dizendo que esses era o meu filho e que tinha mais uma que foi deixada com a irmã dela. A sua tia, com medo do seu avô, te levou pra criar em outro lugar, mas com o passar do tempo ele foi ficando velho e até chamou sua mãe e sua irmã pra conversar e pagou terapia, respondeu na policia, assumiu tudo e foi ai que você pode conhecê-lo. Comigo ao contrário, não foi muito bom, me revoltei com ela, fui até a empresa que, depois de seu avô assumir o que fez, passou pra ela, e disse que não iria assumir você, que ela me entregou só o menino então vai ser só o menino que assumiria, conheci você quando tinha 6 anos e fiquei até os seus 10, depois...
-Depois você sumiu... - interrompe Alice
-Isso... depois me caiu a ficha e fui até Bruna de novo, disse que iria assumir você, ela ficou feliz mas seu avô não e me expulsou da casa. Me revoltei e seu irmão, acho que vendo que eu estava me importando mais com você, foi até sua casa e matou sua tia, sua avó e seu avô, ele só não imaginava que você chegaria lá. Depois você sumiu, e foi morar com sua "tia", e levei seu irmão ao psicólogo, psiquiatra, tudo que você pode imaginar, e ele foi constatado com um gene psicopata. Ele foi internado e hoje já está melhor...
-Não tá não... - disse Alice olhando para Roberto - Ele tentou me matar, é só você olhar em volta, tudo queimado, ele tirou a torneira do gás, e ficou na minha área de serviço enquanto jogava um fósforo aceso pra dentro e descia o prédio como o Homem-Aranha...
-Eu não sabia disso...
-Esse é seu problema, você não sabe de nada, você não sabe de nada...Quando eu vi aquele cara com uma faca na mão todo ensanguentado eu não corri pra casa da minha tia... da minha mãe, eu nem sei mais. Eu corri sem rumo, eu dormi na rua... eu fui abusada por quem eu confiava, só ai...e só ai, eu fui pra casa da Bruna e sofri junto com ela enquanto ela morria com aquela doença, eu sofri, você não, essa sua carinha de homem culpado, de papai arrependido não me engana. Mas sabe que eu nem me importo mais... - Alice ri com as lágrimas nos olhos - Eu tô feliz agora...eu tenho um marido que me ama, eu vou ser mãe, eu tenho amigos, eu tenho uma casa, eu tenho sonhos que eu vou realizar ao lado do homem que eu amo...e isso tudo eu devo a Bruna. - disse ela se lembrando de todos os momentos que passaram juntas, dos sorrisos, dos abraços, do apoio que Bruna dava a ela e de como a considerava, não como tia, mas como mãe.
-Eu só quero o perdão de vocês, do seu irmão Diego, o seu... o da Bruna... - disse Roberto se levantando e ficando frente a frente com a filha
-Tarde demais... vocês já destruíram essa família, você, a Bruna, o meu avô, todos vocês. Os únicos que se salvam são eu e o Diego, e ele nem tanto... - diz Alice - Roberto, quer perdão... você também foi vítima em parte, mas isso não diminui tua culpa de não me assumir, mas eu não preciso de você agora, se fosse anos atrás você teria meu perdão, mas agora eu cresci e enxerguei tudo, não sou mais uma menininha assustada, eu sou uma mulher agora. Quer meu perdão, não vai conseguir...sinto muito - Alice diz e abre a porta para Roberto
-Mesmo assim... - diz Roberto chorando também - Desculpa filha, por não ter te tirado dessa situação enquanto podia...eu sinto muito.
Roberto sai e Alice fecha a porta, assim que cai a ficha de tudo que ele acabou de falar, Alice lembra de cada detalhe que ele falou e desaba em chorar, com a mão na barriga ela se senta no chão e chora sentindo falta de Bruna, mas sorrir ao lembrar que ela era sua mãe, mas ainda sim não entendia o porque dela nunca ter contado nada, foi então que lembrou da última conversa que teve com Bruna
Alguns anos atrás:
Alice estava no hospital segurando as mãos de Bruna, os médicos disseram que ela já não tinha mais chance, que a doença já estava a consumindo pouco a pouco:
-A doença está a consumindo a cada minuto, ela está sofrendo, a melhor opção que ela tem agora é desligar as máquinas e deixa-la ir, ela não sentiria nada, a daríamos um sedativo. - disse o médico
-Doutor...por favor, me dê um momento com ela. - pediu Bruna com a voz baixa se esforçando para ficar acordada, o médico saiu e Bruna aperta mais a mão de Alice chamando sua atenção - Alice me escuta, eu já tô indo, mas você precisa me escutar... tem uma caixa no meu quarto na última prateleira do closet...é sua, eu que fiz, porque tem...coisas que você precisa saber para se manter em segurança, e se manter ciente de tudo o que aconteceu... - ela começa a tossir
-Tá bom, tá, eu pego essa caixa, mas descansa por favor, você pode melhorar é só uma questão de se cuidar...
-Alice! - chama Bruna - Eu te amo, tá?
-Tá. - ela sussurra
-Desligas a máquinas, por favor...por favor. - pede Bruna, ela fecha os olhos mas abri novamente - Toma cuidado, vive tua vida, cuida de si, estuda, vai à festa... ame, tenha uma família...é a melhor coisa do mundo, faz isso, seja feliz por mim. - diz Bruna com a mão na bochecha de Alice fazendo carinho
-Tá bom! - diz Alice
Alice chama o médico e ele faz o desejado, aplica o sedativo em Bruna e ela se despede, depois de uns 5 minutos ele desligou as máquinas e Bruna faleceu.
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Apareceu a margarida!!!!
Voltei, quer vocês queiram, quer não, gostou tá gostado, não gostou problema é de vocês, que ir embora pode ir embora.
Sem ENEM, tô de volta!!!!!!!!!!!!!
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bjs e até o próximo capítulo😘😘😘
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Uma História Para Recordar
FanficChris Evans um ator mundialmente conhecido terminou seu namoro, pois estava cansado de ver que as pessoas se aproximavam por interesse, ele resolveu então ligar para seu melhor amigo Johnatan, com qual falou que não acreditava mais no amor, mas o qu...